quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Consócio possibilita compra de carro ou casa

Publicada na edição de 31 de outubro a 06 de novembro de 2014 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.


Investimento é aconselhável para aqueles que não têm pressa em adquirir um bem – seja veículo ou imóvel

Faz parte do planejamento de vida de muitas pessoas adquirir um carro ou uma casa própria. Aos que não têm dinheiro para comprar a vista, mas desejam ter acesso aos bens o mais rápido possível, o método mais indicado é o financiamento. Aos que não têm pressa, porém, o consórcio é o melhor negócio, principalmente por ser mais leve para o bolso.
Conheça as principais características da modalidade.

Como funciona
Bancos e concessionárias unem pessoas em grupos de consórcio. Mês a mês, todos pagam determinada quantia e o dinheiro arrecadado beneficia a um dos participantes, através de sorteio.
Ao ser sorteado, o participante recebe uma carta de crédito e pode comprar o bem desejado e segue pagando as suas parcelas no consócio. No mês seguinte, outra pessoa será contemplada, e assim sucessivamente, até que todos os envolvidos comprem o bem desejado.
Os participantes também podem dar lances, oferecendo uma quantia de dinheiro em troca de ter acesso rápido à carta. A cada mês, quem fizer o lance mais alto leva a carta de crédito (ou seja, pode comprar o bem) e segue pagando o consórcio. O lance dado diminui o saldo devedor.

Tempo do consórcio
Consórcios de carros podem ter duração de 24 a 120 meses (2 a 10 anos) e de imóveis, até 200 meses (16 anos). O cliente deve buscar um consórcio com prazos e parcelas adequadas ao seu bolso, considerando que é possível entrar em grupos de consórcios novos e também em grupos que já estão em andamento. Nos dois casos, o valor total a ser pago tende a ser o mesmo, porém em grupos já em andamento as parcelas tendem a serem maiores, uma vez que o prazo para pagamento é menor. O benefício de entrar em um grupo em andamento é a probabilidade de obter a carta de crédito com mais rapidez.

Usando a carta
O banco ou concessionária disponibiliza ao cliente contemplado uma carta de crédito que pode ser usada para adquirir bem novos ou usados. Segundo o gerente bancário Robistais Barros, os bens usados devem atender a alguns requisitos, como não ser muito antigo, por exemplo.
Para ele, entrar em um consórcio em bancos ou em concessionárias é uma escolha que decorre das necessidades do cliente. “Se quiser fazer um consórcio de um carro de uma marca específica, por exemplo, ele pode fazê-lo diretamente com a concessionária. Caso esteja na dúvida sobre o modelo ou a marca, pode fazer o consórcio em um banco, que permitirá a utilização da carta de crédito em qualquer loja de carro”, diz Robistais.

Pagamentos
As taxas cobradas por bancos para administrar os grupos de consórcio estão entre 12% a 20% do valor do total do bem. Pesquisar pelo consórcio com taxas mais baratas tende a gerar grande economia, considerando que 12% de 200 mil reais é 24 mil reais, enquanto 20% sobre o mesmo valor é R$ 40 mil reais.
A parcela paga mensalmente no consórcio pode sofrer variações proporcionais à valorização ou a desvalorização do bem no mercado.
Se ocorrer o atraso no pagamento das parcelas, pode haver incidência de juros e multas. Se o cliente ‘desistir’ do consórcio, ele pode ser obrigado a pagar uma multa e terá de esperar até ser contemplado para retirar o dinheiro investido – com exceção do que for referente ao pagamento das taxas de administração. Antes de entrar em no negocio, é imprescindível ler o contrato e ter conhecimento sobre as taxas e variáveis.
Se o cliente deixar de pagar o consórcio após a contemplação e o uso da carta de crédito, passa a ser considerado inadimplente e o banco ou concessionária pode apreender o bem, considerando que ele fica no nome da pessoa, porém alienado ao consórcio até o seu final.

Saiba como economizar combustível

Publicada na edição de 31 de outubro a 06 de novembro de 2014 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.


Carro desalinhado, pneus murchos e peso desnecessário exigem esforço extra do motor e demandam gasolina

Segundo avaliação do Inmetro, os carros mais econômicos vendidos no Brasil chegam a rodar 14 quilômetros por litro de gasolina. Carros populares, como o Renault Clio, Fiat Novo Uno e Fiat Palio fazem em média 12 quilômetros por litro.
Considerando os preços médios da gasolina e do álcool atualmente (R$ 2,70 e R$ 1,70, respectivamente) , os gastos mensais de cada condutor variam de acordo com o modelo do veículo, os quilômetros que costumam ser rodados diariamente e as características de uso – hábitos particulares do motorista.
Saiba o que pode ser mudado ou melhorado em sua rotina para economizar combustível.

Saúde do carro
Quando a atenção aos detalhes é pequena, as despesas com combustível e manutenção podem ser grandes. Um caso comum é a não calibração dos pneus. “O consumo de combustível aumenta bastante com a falta de pressão nos pneus porque murchos ele criam ainda mais atrito com o chão, não ‘desliza’ na pista”, explica o mecânico João Almeida. Se o motor se esforça mais para garantir a aceleração, com certeza mais combustível é consumido.
Esquecer de manter o carro alinhado também é um fator que prejudica o funcionamento do veículo e eleva a despesa com combustível. “Um carro se desalinha quando passa constantemente por buracos. É importante verificar o alinhamento a cada 10 mil quilômetros”, indica João.
Segundo o mecânico, para entender como o desalinhamento exige mais do motor basta reparar na força feita ao empurrar um carrinho de mercado que está com as rodas tortas.
Fazer do porta-malas um segundo depósito tende a acelerar o consumo de gasolina, pois é necessário maior esforço para que o carro se movimente. O mesmo se aplica a deixar itens em cima do carro, nos bagageiros suspensos ou nas travas de fixação, e a circular todos os dias com muitos passageiros.

Direção correta
Para João de Almeida, um dos principais erros cometidos por motoristas é não utilizar a marcha adequada para cada momento, o que força o motor. “É só decorar: a segunda marcha vai bem até atingir 30 km/h. Daí até 50 km/h, a terceira marcha é a ideal. Disso até 60 km/h é bom usar a quarta marcha. Se ficar nessa velocidade por bastante tempo ou correr mais, use a quinta”, explica o mecânico. O importante, segundo ele, é não ‘abusar’ da marcha, exigindo velocidade até o seu limite.
João Almeida indica que o motorista sempre prefira vias retas àquelas com muitas curvas, pois o motor se esforça mais na segunda situação, e acaba gastando mais gasolina. Ao parar o veículo, seja para conversar com alguém ou ficar estacionado por certo tempo, o melhor é desligar o carro.
Aos mais afoitos no volante, João avisa que frear e acelerar com frequência é “prejuízo para o bolso”. “Quem tem o pé ‘pesado’ gasta mais com gasolina”, diz o mecânico.

Abastecimento responsável
“Coitado de quem acha que está fazendo bom negócio ao colocar a gasolina mais barata”, brinca João Almeida. Segundo ele, não vale a pena correr o risco de alimentar o carro com gasolina adulterada, pois ela pode causar diversas falhas no carro. “Você sabe que a gasolina é boa quando ela tem cheiro forte”, acredita o mecânico.
Andar com o tanque na reserva também não é recomendável, pois isso pode danificar a bomba de combustível.
João explica que sempre que a luz de injeção estiver acessa é importante procurar um mecânico com urgência, pois ela indica que algum problema está acontecendo e que o próprio sistema irá ‘disfarçar’ a crise por certo tempo. Para isso, ele consumirá bastante combustível.

A abstenção do voto não muda o país

Publicada na edição de 24 a 30 de outubro de 2014 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.

Votar branco ou nulo é um direito eleitoral, porém não muda o fato de que Dilma ou Aécio governará o país


Candidatos derrotados na disputa pela Presidência da República se dividiram no segundo turno, alguns manifestando apoio a Dilma Rousseff ou a Aécio Neves e outros aconselhando os seus eleitores a votarem em branco ou nulo.
“Em geral, os partidos derrotados tendem a ‘puxar’ votos de acordo com as recomendações que fazem àqueles que compartilham de suas ideologias”, explica o cientista político Lúcio Flávio de Almeida.
Porém, aos eleitores que não pretendem votar segundo o posicionamento do partido ou candidato que votou no primeiro turno, é indicada a análise dos candidatos que estão na disputa.
“Como o voto é obrigatório, a atitude ideal seria escolher um dos candidatos, levando em conta o que se espera do governo para os próximos quatro anos. Quem vê pouca ou nenhuma diferença entre eles pode comparar as propostas e entender suas distintas formas de governo”, opina o cientista Hilton Fernandes.
Votar branco ou nulo, porém, é um direito do eleitor. “Se a pessoa está bem informada sobre os dois candidatos e deseja protestar ou manifestar o seu conformismo com as eleições, ela tende a votar em branco. Se, por outro lado, ela está mal informada ou deixou para decidir na última hora e não conseguiu, ela também tende a recorrer a esse tipo de voto”, explica Lúcio Flávio.

Brancos e nulos
Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), os votos brancos e nulos não são considerados nas eleições. Eles são divulgados apenas como dados estatísticos. “Na prática, não transmitem nenhuma mensagem, independente das intenções do eleitor”, acredita Hilton Fernandes.
O TSE esclarece que o voto em branco representa que o eleitor não tem preferência por nenhum dos candidatos e transmite uma ideia de conformismo. Já o nulo corresponde à anulação do voto, o que pode ser considerado um protesto.
Segundo o ultimo índice Datafolha, Dilma tem 52% das intenções de voto e Aécio, 48%, uma diferença relativamente pequena, o que torna ainda mais importante a decisão de alguém que a principio pretenda anular o voto ou votar em branco. “Esse grupo pode decidir a eleição”, acredita Lúcio Flávio.

Na hora de escolher
De forma mais facilitada do que no primeiro turno, o eleitor pode agora confrontar as propostas dos dois candidatos e refletir sobre qual deles representa, mesmo que de forma pequena, a defesa de seus interesses e anseios sociais.
Para a cientista política Maria do Socorro Braga, a orientação àqueles que não desejam votar anular o voto ou votar em branco é votar no candidato que considera “menos pior”, considerando que um deles governará o país pelos próximos quatro anos.
Hilton Fernandes lembra que o candidato eleito terá “obrigações e responsabilidades perante todos os brasileiros”, mesmo com aqueles que anularam o voto, votaram em branco ou no candidato derrotado.
Cabe aos eleitores acompanhar essa próxima gestão.

Na opinião de Maria do Socorro, aqueles que não fiscalizarem e cobrarem resultados da gestão do candidato eleito “terão menor chance de ter os seus interesses atendidos”.



São Paulo ‘afunda’ na falta d’água

Publicada na edição de 17 a 23 de outubro de 2014 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.

A ausência de informações, o racionamento velado e o descompromisso refletem-se no dia a dia da população

A retomada da saúde do Cantareira depende do trabalho da natureza e do homem. De um lado, não há previsão de chuvas constantes ou volumosas até o final de outubro – espera-se que as precipitações de novembro e dezembro renovem o fôlego do Cantareira para o próximo ano. Do outro lado, está a ação humana: a administração exercida pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), que é questionável.
Transita na Câmara Municipal de São Paulo uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que apura as ações tomadas pela Sabesp, e a Justiça determinou que órgãos reguladores acompanhem o processo de retirada de água das represas, a fim de garantir o fornecimento à população.
O racionamento, que ocorre em diversos pontos do estado, é negado pela Sabesp. De falta de informações e de péssima perspectiva para o futuro é que vivem os paulistas.

Em benefício próprio
Há anos, a Sabesp acompanha o esvaziamento do Cantareira. Em 2011, assumiu em relatórios que retirava do sistema mais água do que podia, segundo informações do vereador paulistano Nabil Bonduki.
Por ser uma empresa semiprivatizada, a Companhia ganha com a venda, e não com o cosumo consciente. Apenas no ano passado, seu lucro foi de 1,9 bilhão – valor distribuído entre acionistas, gestores e funcionários.
Apesar de fornecimento de água ser um dos serviços de saneamento básico garantidos em constituição, a vendedora Andrea Lima, que mora no município de Osasco, Grande São Paulo, é uma das diversas pessoas que se vê sem o recurso. “A água vinha sendo cortada todas as noites, agora fico sem durante as tardes também. Já comecei a estocar em baldes e panelas”, confessa. “Enquanto o problema não se resolve, quem paga é a população”.

Racionamento velado
Há cerca de um ano, a população convive com o agravamento da crise hídrica e com a Sabesp negando a possibilidade de um racionamento. No último dia 8, em depoimento na CPI da Sabesp, a presidenta da companhia, Dilma Pena, negou o racionamento, mas admitiu a redução da pressão do bombeamento. “A falta de água depende do reservatório (caixa d’água). Se ele for adequado, a família não ficará sem água”, afirmou.
“Dilma Pena usa de um eufemismo”, aponta o ambientalista e coordenador da rede De Olho nos Mananciais, Mauro Scarpinatti. “Ela pode escolher as palavras que quiser para explicar o que está acontecendo, mas se trata de um racionamento – que está sendo negado em função dos interesses eleitorais do segundo turno”.
Segundo a Sabesp, “as elevadas temperaturas dos últimos dias provocaram aumento do consumo que, associado às medidas operacionais para levar água de outros sistemas a bairros originalmente atendidos pelo Cantareira, prejudicou o abastecimento em alguns pontos altos e distantes”.
Para a estudante Carolina Soares, fingir que não há racionamento é “zombar da inteligência” das pessoas. “O racionamento oficial deve acontecer o quanto antes. Cortar a água de madrugada, achando que ninguém vai perceber, é jogar sujo e querer manter a população desinformada sobre a gravidade do problema”.

Futuro incerto
Enxergando o fim da água disponível no sistema – cerca de 4% de sua capacidade total – a Sabesp solicitou à Justiça autorização para explorar a segunda cota do volume morto do Cantareira, e teve o pedido negado. A intenção dos Ministérios Públicos Estadual e Federal é pressionar a companhia para que o volume atual dure pelo menos até 30 de novembro.
“Com a nova captação, a transferência de áreas antes atendidas pelo Cantareira para outros sistemas, o combate às perdas e a economia da população, o abastecimento de água estará garantido até março de 2015”, afirmou a Sabesp para o Jornal do Trem & Folha do Ônibus.
Para o ambientalista Mauro Scarpinatti, tratar a questão como se obras de emergência resolvessem o problema “denota irresponsabilidade, má gestão e descaso”.

População economiza
Segundo dados da Sabesp, cerca de 70% dos consumidores da Grande São Paulo reduziram o consumo de água.
Para Scarpinatti, um agravante no processo é o desperdício de aproximadamente 30% da água por conta de vazamentos. “Esse índice é inadmissível, corresponde a jogar fora uma represa do Guarapiranga”.
Em relação às perdas, a Sabesp declara que não há especificações para os vazamentos, por conta da variação na milimetragem das tubulações e dos danos.


Sentimentos ruins podem causar doenças

Publicada na edição de 17 a 23 de outubro de 2014 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.

A saúde do corpo depende também da qualidade das emoções vivenciadas no dia a dia

Em parceria com Maiara Ribeiro

Elas são chamadas de doenças psicossomáticas: que não têm causas exclusivamente orgânicas, mas também mentais. A gastrite, por exemplo, pode ser desenvolvida por conta de hábitos alimentares ruins ou por conta de estresse e ansiedade. Apesar de terem fundo emocional, as doenças atacam efetivamente a saúde física.
Mas como saber a causa? “Na medida em que as hipóteses clínicas são descartadas, e não justificam o desconforto sentido, partimos para as possíveis razões emocionais”, explica Juliana Fazolaro Gomes, psicóloga do Hospital São Camilo.
“Quando não desenvolvemos meios em nosso dia a dia que funcionem como ‘válvula de escape’ ou ‘canal’ de alívio, receberemos no corpo a sobrecarga de emoções indesejáveis. Elas surgem de diferentes formas, seja pela dor, pressão alterada, suor, diarreia, paralisia, entre outras”, explica a especialista.
Conheça os sentimentos perigosos para a saúde, as doenças que eles podem causar e meios de se manter longe dessas possibilidades.

Pensamentos negativos
Medo, mágoa, rancor, estresse, ansiedade e angustia são alguns dos sentimentos ‘perigosos’ à saúde, quando vivenciados constante e intensamente.
Segundo a psicóloga Cláudia Sarti, para perceber quando um sentimento faz mal, é preciso simplesmente observar o estado interno enquanto eles soa vivenciados, além das ideias e pensamentos que a ele se associam. “Normalmente, são sentimentos como rejeição, exclusão, incapacidade e impossibilidade – nada que nos coloque rumo ao desenvolvimento e ao crescimento pessoal”, explica.
Juliana afirma que a própria pessoa é o seu melhor termômetro. “Somos capazes de sentir quando algum mal-estar se aproxima, nos afeta, e quando nos prejudica de alguma forma – especialmente se eles repetem”.

Atitudes positivas
Para evitar o desenvolvimento de tais doenças, a indicação é minimizar o sentimento negativo, através da prática de exercícios físicos, atividades voltadas ao lazer e conversas com pessoas que podem estar causando indisposições.
“Caminhadas para redução dos níveis de stress, a prática de artes marciais ou até mesmo o aprendizado de um instrumento musical são positivas para o bem-estar”, aponta Cláudia. Segundo a especialista, o tratamento varia de paciente para paciente, mas consiste em procurar o caminho contrário ao que levou a doença.
Procurar manter uma alimentação saudável, beber moderadamente, fazer passeios culturais, manter contato com a natureza, organizar objetos pessoais, viajar, alimentar relações de afeto, saber dizer não, entre outras atitudes, fomentam a qualidade de vida, de acordo com a psicóloga Juliana Fazolaro.

Somatização (título diferenciado)
Enquanto as doenças psicossomáticas são reconhecidas através de exames clínicos, as somatizações não são. Quem passa por um ataque de pânico ou sofre de depressão, por exemplo, pode ter o corpo bastante saudável. Nestes casos, o tratamento é ditado exclusivamente por um psicólogo.

“A expressão ‘o corpo fala’ é real e adequada quando nos referimos ao verbo somatizar - ato ou efeito de transferir para o corpo um problema de ordem psicológica”, esclarece Juliana. 

O G4 está concorrido

Publicada na edição de 17 a 23 de outubro de 2014 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.

São Paulo briga para se manter no G4 do Brasileirão, enquanto Corinthians e Santos tentam subir

O São Paulo é o clube paulista melhor colocado no Brasileirão, com 49 pontos – sete atrás do líder Cruzeiro e apenas um atrás do vice-líder, o Internacional. Se ganhar o jogo de amanhã, 18, contra o Bahia, o tricolor paulista tem grandes chances de ultrapassar o Colorado.
Perto do São Paulo está o Corinthians, com 46 pontos. O Timão enfrentará o Inter no domingo, 19, sob tensão, considerando sua recente e amarga eliminação da Copa do Brasil.
Um pouco mais abaixo na tabela, com 42 pontos, figura o Santos. O time da Vila Belmiro jogará contra o Palmeiras no domingo, às 19 horas. Enquanto o Peixe luta para alcançar o G4, o Verdão tenta manter o histórico de vitórias consecutivas no Campeonato.

De olho na Libertadores
Para garantir vaga na Libertadores é necessário ganhar a Copa do Brasil ou estar no G4, grupo dos quatro melhores times, do Brasileirão. Até o fechamento desta edição, o único clube paulista que estava na disputa pela Copa do Brasil era o Santos. Para os demais, a opção é dar duro para figurar o G4.
O goleiro Rogério Ceni, que anunciou que a sua carreira no São Paulo terminará no final desta temporada, lamentou a oscilação do clube na tabela e pediu que o time “desse a vida” em campo. Ainda não se sabe se Alexandre Pato fará a partida contra o Bahia, pois ele sentiu fisgadas na coxa no jogo da última quarta-feira pela Copa Sul-Americana.
Já o técnico do Santos, Enderson, anunciou que o foco do clube é estar no G4 – mesmo sabendo que tem pela frente embates com times fortes, como Internacional, Corinthians, São Paulo e Fluminense.


Qual é o financiamento mais indicado para você?

Publicada na edição de 10 a 16 de outubro de 2014 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.


Idosos e pessoas jurídicas pagam juros elevados e têm prazos mais apertados do que as pessoas físicas

Rayane Santos

Para muitos especialistas, o melhor método para comprar um bem é pagando à vista. Afinal, fazer uma aquisição sem dever juros ou dinheiro a ninguém é um excelente cenário. “Porém, poucas pessoas guardam dinheiro com meses ou anos de antecedência antes de fazer uma compra”, opina o consultor financeiro Augusto Sabóia. Se a intenção é adquirir o bem com rapidez, o financiamento é o método mais indicado.
“Participar de negócios no mercado financeiro exige conhecimento quanto às ‘regras do jogo’. Quem busca um financiamento quer comprar um bem com o dinheiro dos outros, portanto paga juros – muitas vezes bastante altos”, explica Sabóia.
Conheça os tipos de financiamentos existentes e quais são os mais indicados para você.

Veículos
O principal modelo de financiamento utilizado na compra de veículos é o CDC (Crédito Direto ao Consumidor), no qual o banco ou a financiadora empresta o valor total e o cliente compra o bem em seu nome – com o compromisso de pagar parcelas acrescidas com juros. As concessionárias costumam financiar os carros com taxas de juros menores.
Outro método - também bastante utilizado, apesar de não ser considerando um financiamento - é o leasing. Através dele, o cliente paga parcelas mais acessíveis, considerando a não incidência do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), porém não tem o bem registrado em seu nome, e sim em nome do banco ou financeira até o fim do pagamento das parcelas e nova negociação. Nesta modalidade, o cliente usa o veículo, porém não pode vendê-lo ou negociá-lo com outras pessoas.

Imóveis
O financiamento de imóveis consiste na liberação de crédito para pagamento de 70% a 80% do valor do bem desejado, seja ele um terreno ou um imóvel novo ou usado. As taxas de juros partem de 6,5% ao ano em alguns bancos, como a Caixa Econômica Federal, e as dívidas costumam ser quitadas em até 35 anos.
Cada consumidor adquire um limite de crédito e taxas específicas no banco ou financeira, que variam conforme seu histórico bancário, idade, bens que possui, entre outros fatores. Às pessoas jurídicas costumam ser destinados os prazos mais curtos para pagamento e juros mais altos ao financiar imóveis.
Um empecilho para os idosos é que a idade somada ao prazo de financiamento não pode ultrapassar 80 anos.

Empresas
O consultor financeiro Augusto Sabóia indica que antes de iniciar um negócio, o empreendedor tenha uma poupança com aproximadamente seis meses de capital de giro da empresa e com economias para pagar as contas domésticas durante o mesmo período. “Aquele que fez cursos, se preparou para ser um empresário, e tem um bom planejamento estratégico deve evidenciá-lo aos bancos e buscar a redução de juros no financiamento, apontando que o seu negócio é bom e será rentável”, indica o consultor.
As condições (juros, prazos, etc.) tendem a variar de banco para banco, por isso é válido fazer diversas cotações.
Iniciativas públicas, como o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) e o PROGER (Programas de Geração de Emprego e Renda) oferecem apoio financeiro às micro, pequenas e médias empresas. “Para conseguir tais financiamentos é preciso ter um belíssimo negócio ou projeto em mãos”, aponta Augusto Sabóia.

No banco ou na financeira? 
“O cliente faz o melhor negócio se procurar financiamentos em bancos, com certeza”, diz Sabóia. Segundo o consultor, as financeiras correm o risco de emprestar dinheiro para clientes sem se aprofundar em seu histórico bancário. Por isso, aplicam juros maiores. 

Músico: profissão árdua e prazerosa

Quando a música torna-se o ‘ganha pão’

Conheça dicas de produtores e depoimentos de artistas para lançar-se e manter-se no ramo com segurança

Segundo dados do Ministério da Cultura, há bandas musicais em mais da metade dos municípios brasileiros. Na capital paulista, porém, apenas 4,6% da população tem o hábito de sair de casa para assistir a shows pagos. Portanto, para conseguir uma renda boa e fixa, e sucesso profissional no ramo da musica é necessário ter dedicação, flexibilidade e persistência, segundo especialistas.
“Mesmo com as dificuldades, afirmo que vale a pena correr atrás de um sonho”, diz o vocalista da banda Vinho Vinil, Sãozinho. Após 13 anos de estrada, a banda, que mistura rock e MPB, está prestes a lançar seu primeiro DVD. “Olhando para trás, vemos que passar por algumas dificuldades foi um privilégio. Assim, aprendemos o valor das nossas conquistas”, analisa.

Desenvolvimento
Segundo o produtor musical Marco Santos, buscar o aperfeiçoamento técnico e aprimorar a musicalidade é o mínimo que o artista deve fazer. “É preciso saber cantar ou tocar de verdade, ter presença de palco e domínio sobre o que faz – e tudo isso se adquire com a prática”, aponta.
Manter uma poupança é a segunda indicação do produtor. “É interessante que o músico tenha uma reserva de dinheiro que o permita se manter por até um ano, caso passe por uma fase ruim”, orienta. E, por último, Marco Santos acredita que é interessante que o profissional atue de maneira diversificada. O músico Rafael Alegre, 28, por exemplo, toca e canta em bares, ministra aulas de canto e violão, e faz preparação vocal para companhias de teatro.
“Cresci ouvindo pessoas dizerem que o músico passa fome, e eu não queria isso pra mim. Graduei-me em publicidade, admirando a coragem daqueles que se lançavam na carreira musical. Demorei, mas desde que comecei, jamais pensei em voltar atrás. Todo o esforço vale a pena quando se faz aquilo que ama”, conta Rafael.

Persistência
As principais dificuldades costumam surgir logo no início na carreira. A banda mineira Vinho Vinil colocou o pé na estrada e se estabeleceu em São Paulo “aos trancos e barrancos”. A história do grupo tem direito a calote, sequestro e assalto. “Chegamos a nos apresentar em troca de pizza para garantir a sobrevivência na capital paulista”, revela Sãozinho.
Todo o primeiro álbum da banda, “O homem que sabia voar”, foi gravado em casa. No início da faixa Cipó, por exemplo, é possível ouvir um arranjo gravado com a água caindo do chuveiro. “Fiquei horas buscando um ritmo, mas não consegui. Então decidi tomar banho, e percebi que o som do chuveiro era o que eu queria. Mais doido que eu, só o Léo (guitarrista), que curtiu e gravou na hora”, lembra o vocalista.
Para o produtor Marco Santos, a garra e o empreendedorismo são cruciais. “Minha dica é: produza o seu disco com a melhor qualidade possível e caia na estrada por conta própria, com a intenção de conquistar o seu público – afinal, sem ele, nem adianta conseguir uma gravadora”, comenta.

Comprometimento
“Aquele que só quer ficar famoso ou ‘tirar uma onda’ de cantor vai se decepcionar nessa área”, alerta o produtor musical Mario Bastos. “Quem quer viver de música tem que ter a certeza de que esse é o seu caminho”, fala.
Com aperfeiçoamento, diversificação e relações sólidas com fãs e parceiros, a carreira tende a deslanchar. “Assim como em qualquer outra área, ter bons relacionamentos pode abrir portas”, indica Mario Bastos.

Mais do que parceiros, Sãozinho, da Vinho Vinil, trata como “anjos” aqueles que ajudaram a banda – amigos, fãs e investidores. “Muitas vezes pensamos em desistir, mas algum ‘anjo’ vinha com uma oportunidade, uma ajuda. Ninguém faz nada sozinho”, reflete o vocalista.

Duelo de titãs

Publicada na edição de 03 a 09 de outubro de 2014 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.
  
Sábado os melhores times do brasileirão se enfrentam. Mesmo se ganhar, Internacional não passa Cruzeiro

De um lado, o time mineiro que se mantém na liderança desde a sexta rodada, com histórico de 16 vitórias, 4 derrotas e 5 empates. Do outro, o time gaúcho que vem ascendendo posições desde a décima rodada, com histórico de 14 vitórias, 6 derrotas e também 5 empates.
Com 47 pontos, o Internacional é o time que está mais próximo do líder Cruzeiro, que tem 53. Mas, no melhor cenário, o Inter só alcança a Raposa daqui há duas rodadas, se três situações se concretizarem: se ele vencê-la no jogo deste sábado, 4; se o Cruzeiro perder para o Corinthians na próxima quarta, 8; e se o Inter vencer também o Chapecoense, na próxima quinta, 9.

Inter sem Sasha
Nos últimos seis jogos, o Internacional ganhou quatro vezes, mas empatou com o Sport e perdeu para o Vitória. Apesar da boa fase, o time perdeu um importante jogador, o meia atacante Eduardo Sasha, que marcou quatro gols nos últimos cinco jogos, mas sofreu uma fratura no tornozelo.
Sem Sasha, seria positivo para o Inter contar com a participação de Nilmar, considerando que o atacante já possui condições legais para atuar no Brasileirão. Resta saber se haverá tempo hábil para o jogador treinar com o elenco e estrear neste sábado. No lugar de Sasha, o técnico Abel Braga dispõe de Valdívia e Leandro para assessorar Rafael Moura.

Cruzeiro em casa
Das últimas seis partidas pelo Brasileirão, o Cruzeiro ganhou três, mas perdeu para o São Paulo e para o Atlético-MG e empatou com o Sport. Vencer o Inter é crucial para abrir vantagem de nove pontos e respirar tranquilo na liderança.
A fim de poupar forças para enfrentar o vice-líder neste sábado, o Celeste não contou com sete titulares na primeira partida das quartas de finais da Copa do Brasil.

O duelo será no Mineirão, às 18:30, e a Raposa venceu dez dos doze jogos que ali disputou.

O passo a passo da renegociação de juros

Publicada na edição de 26 de setembro a 02 de outubro de 2014 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.
  
Para especialistas, obter a redução da taxa em financiamentos é difícil, mas não impossível. Portabilidade é uma alternativa

Financiamentos de veículos e imóveis levam anos para serem quitados. Enquanto o tempo passa, a economia se modifica e o mercado pode passar a praticar taxas de juros maiores ou menores do que as praticadas nos anos anteriores.
Segundo o advogado Luiz Marcos Guedes, a revisão dos juros de financiamentos de veículos e a tentativa de renegociação são aconselháveis para aqueles que fecharam negócio há três anos ou mais, pois as taxas praticadas atualmente são menores. “Essas pessoas podem estar pagando juros excessivos”, aponta.
Caso o diálogo seja complicado com o banco ou financiadora, o consumidor pode entrar na Justiça e pedir a revisão contratual a qualquer momento, segundo Guedes. Mas, há certa dor de cabeça. “O processo pode demorar cerca de dois anos para ser finalizado e os advogados costumam cobrar de 10 a 20% do valor da causa”, esclarece.
Para o especialista em finanças Marcelo Segredo, renegociar juros é uma tarefa “impossível”, considerando que contraria os interesses de qualquer banco. “Não existe lei que obrigue as instituições a praticar juros menores e muitos contratos não permitem a revisão dos valores”, esclarece Segredo.
Conheça dicas para renegociar juros de financiamentos.

Negociação
Segundo especialistas, a negociação exige persuasão, paciência e algum conhecimento financeiro. O primeiro passo é solicitar ao banco uma versão atualizada do financiamento e buscar novas propostas em outras instituições. Com a possibilidade de um negócio mais vantajoso em mãos, o cliente deve tentar a renegociação junto ao seu banco – considerando o interesse deste em não perder o financiamento.
Caso não consiga a renegociação dos juros, o consumidor pode buscar um auxílio jurídico e verificar se há a possibilidade de entrar com um processo judicial, ou transferir o financiamento para outro banco ou financiadora, processo conhecido como portabilidade.

Portabilidade
Apesar de possível, a portabilidade pode ser algo complicado para o consumidor menos esclarecido quando o assunto é finanças. Por isso, há uma “zona de conforto” envolvendo os bancos, segundo Marcelo Segredo. “No Brasil há poucas instituições bancárias e elas são consolidadas, têm uma grande massa de clientes. Por isso, a portabilidade não os assusta e quase não funciona no país”.
Aos que optam por essa negociação, o especialista em finanças indica atenção durante todo o processo, para não perder dinheiro no final das contas. “O banco que compra a dívida pode realmente oferecer um juros menor no contrato, porém para fazê-lo obriga o consumidor a abrir uma nova conta corrente, cobra tarifas de manutenção e insiste em vendas casadas. Se bobear, o consumidor sai no prejuízo sem perceber”, adverte Segredo.

O ar poluído no interior dos automóveis

Publicada na edição de 26 de setembro a 02 de outubro de 2014 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.


É impossível evitar que a contaminação presente nas ruas e avenidas acesse o veículo, mas é possível minimizá-la

Estar no carro com os vidros fechados e com o ar condicionado ligado não afasta a possibilidade de estar respirando o mesmo ar poluído presente do lado de fora. “A poluição pode não entrar no carro a princípio, se as janelas estiverem fechadas e o sistema de circulação de ar e o ar condicionado estiverem desligados. Mas, como nenhum carro é completamente vedado, a poluição vai entrando aos poucos”, esclarece Ubiratan de Paula Santos, pneumologista do Incor (Instituto do Coração) do Hospital das Clínicas.
Segundo o médico, quando o assunto é poluição, há uma certeza: o acúmulo é rápido e a dispersão é lenta. Portanto, conheça dicas para amenizar o contato com a poluição dentro do seu veículo.

Ventilação x ar condicionado
O sistema de ventilação interno, que existe na maioria dos carros, transfere o ar do lado de fora para o lado de dentro, sem realizar nenhum tipo de filtragem de poluentes. O ar condicionado, por sua vez, tem a função de resfriar ou aquecer o ar em um processo no qual ele remove diversas partículas de sujeira.
Para garantir o bom funcionamento do ar condicionado, o filtro do aparelho deve estar o mais limpo possível. Para isso, ele deve ser higienizado ou trocado periodicamente, de acordo com as indicações do fabricante.
“Quando o filtro do ar condicionado não está limpo, a concentração de sujeira dentro do carro fica muito parecida com a do lado de fora”, explica o pneumologista, que aponta a possibilidade de usar um filtro de ar que, além de barrar a entrada de partículas, inibe a proliferação de gases poluentes. “Esses filtros costumam ser usados em hospitais, centro cirúrgicos e em UTI’s (unidades de terapia intensiva)”, ilustra Ubiratan.

Como minimizar?
Considerando a dificuldade de manter o ar de dentro do carro livre de poluição, há algumas medidas que podem ser tomadas para evitar o contato direto e contínuo com gases que podem ser prejudiciais a saúde. Segundo Ubiratan, a principal delas é alternar o modo de ventilação.
“O ar de dentro do carro precisa ser renovado de 20 em 20 minutos. Se está sendo usado o ar condicionado, desligue-o e abra as janelas. Depois, use o sistema de ventilação interno. O importante é não respirar sempre o mesmo ar dentro de um ambiente fechado. Se houver muitas pessoas no veículo, isso deve ser feito com uma frequência ainda maior, pois passar horas em um ambiente com pouco oxigênio e muito gás carbônico pode causar irritação nas vias respiratórias, dores de cabeça. Uma exposição contínua a esse cenário pode causar até complicações cardiovasculares e respiratórias”, adverte o pneumologista.

Agressão às vias respiratórias 
Quem já esteve em um carro novo sabe que o cheiro é único. Isso acontece porque assim que as peças saem da fábrica, até então não sofreram nenhum desgaste, passam a sofrer reações químicas. “Nos primeiros meses de uso de um carro, substâncias voláteis, como tintas e colas, vão evaporando, o que gera o cheiro ‘de carro novo’. O contato frequente com essas substâncias pode causar irritação nas vias aéreas e dor de cabeça”, explica o especialista.

Quando a amizade passa pela subordinação

Publicada na edição de 19 a 25 de setembro de 2014 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.


Especialistas indicam como agir quando um amigo se torna seu chefe ou seu subordinado na empresa

Indicações de profissionais para o processo seletivo costumam ser bem-vindas dentro das organizações. Assim, é comum que amigos trabalhem juntos – muitas vezes no mesmo setor. Conciliar a amizade com relacionamento profissional, porém, pode não ser tarefa fácil, principalmente quando um se torna o chefe do outro. Segundo especialistas, a situação exige maturidade.
“No horário e local de trabalho, as obrigações profissionais devem vir em primeiro lugar. Portanto, é aconselhável que as pessoas tenham amigos maduros o suficiente para compreender essa situação. Quem usa a amizade para ser negligente, não cumprir prazos ou fazer um serviço de má qualidade tem a índole duvidosa e deve ser evitado”, adverte o especialista em carreiras Sílvio Celestino.
Saiba como agir para que a amizade não atrapalhe a relação profissional – e vice-versa.

Evitando fofocas
Mesmo que tenha começado fora da empresa, a amizade entre chefe e subordinado pode ser mal vista pelos demais funcionários. Portanto, para evitar mal-entendidos, “é imprescindível que cada funcionário deixe claro que trata a todos ali de maneira igualitária, sem favoritismos”, aponta Celestino. “Assim, ficará evidente que o profissional é justo e que não deixa as amizades interferirem em suas ações”, completa.
Evitar expor detalhes do relacionamento, bem como não usar o tempo e os recursos da empresa para tratar assuntos pessoais, é importante, pois preservar a postura de comprometimento e seriedade é crucial para obter bons resultados na vida profissional, segundo especialistas.

Bem conversados
A fim de evitar atritos, os amigos podem conversar e estabelecer os limites entre amizade e trabalho, visando às atitudes que trarão melhores resultados para ambos. É importante esclarecer, intimamente e entre si, que as atitudes profissionais independem da amizade.
“Antes de elogiar, criticar, pedir um aumento ou demitir, estabeleça critérios sólidos, que sejam utilizados também com outros funcionários. Na dúvida, não aja e repense as suas ações”, aconselha Sílvio Celestino.
Na opinião de Laerte Leite Cordeiro, consultor em Recursos Humanos, o chefe é quem mais deve se preocupar em estabelecer o “tom” da relação. “Sua carreira pode ser prejudicada se alguém achar que ele não está sendo um bom líder”, afirma.

Fora da empresa
Os especialistas são categóricos em dizer que os assuntos da empresa não devem ser discutidos fora dela. No futebol, no barzinho ou em qualquer outra situação informal e social, a amizade tende a se solidificar longe dos limites impostos pela relação entre chefe e subordinado. Logo, não vale a pena discutir assuntos relativos ao trabalho.
“Fazer isso pode até ‘embaraçar’ a vida dos dois, pois quando um funcionário recebe do chefe informações às quais outros colaboradores não têm acesso, podem surgir complicações para ambos”, instrui Laerte Leite Cordeiro.