quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Qual é o financiamento mais indicado para você?

Publicada na edição de 10 a 16 de outubro de 2014 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.


Idosos e pessoas jurídicas pagam juros elevados e têm prazos mais apertados do que as pessoas físicas

Rayane Santos

Para muitos especialistas, o melhor método para comprar um bem é pagando à vista. Afinal, fazer uma aquisição sem dever juros ou dinheiro a ninguém é um excelente cenário. “Porém, poucas pessoas guardam dinheiro com meses ou anos de antecedência antes de fazer uma compra”, opina o consultor financeiro Augusto Sabóia. Se a intenção é adquirir o bem com rapidez, o financiamento é o método mais indicado.
“Participar de negócios no mercado financeiro exige conhecimento quanto às ‘regras do jogo’. Quem busca um financiamento quer comprar um bem com o dinheiro dos outros, portanto paga juros – muitas vezes bastante altos”, explica Sabóia.
Conheça os tipos de financiamentos existentes e quais são os mais indicados para você.

Veículos
O principal modelo de financiamento utilizado na compra de veículos é o CDC (Crédito Direto ao Consumidor), no qual o banco ou a financiadora empresta o valor total e o cliente compra o bem em seu nome – com o compromisso de pagar parcelas acrescidas com juros. As concessionárias costumam financiar os carros com taxas de juros menores.
Outro método - também bastante utilizado, apesar de não ser considerando um financiamento - é o leasing. Através dele, o cliente paga parcelas mais acessíveis, considerando a não incidência do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), porém não tem o bem registrado em seu nome, e sim em nome do banco ou financeira até o fim do pagamento das parcelas e nova negociação. Nesta modalidade, o cliente usa o veículo, porém não pode vendê-lo ou negociá-lo com outras pessoas.

Imóveis
O financiamento de imóveis consiste na liberação de crédito para pagamento de 70% a 80% do valor do bem desejado, seja ele um terreno ou um imóvel novo ou usado. As taxas de juros partem de 6,5% ao ano em alguns bancos, como a Caixa Econômica Federal, e as dívidas costumam ser quitadas em até 35 anos.
Cada consumidor adquire um limite de crédito e taxas específicas no banco ou financeira, que variam conforme seu histórico bancário, idade, bens que possui, entre outros fatores. Às pessoas jurídicas costumam ser destinados os prazos mais curtos para pagamento e juros mais altos ao financiar imóveis.
Um empecilho para os idosos é que a idade somada ao prazo de financiamento não pode ultrapassar 80 anos.

Empresas
O consultor financeiro Augusto Sabóia indica que antes de iniciar um negócio, o empreendedor tenha uma poupança com aproximadamente seis meses de capital de giro da empresa e com economias para pagar as contas domésticas durante o mesmo período. “Aquele que fez cursos, se preparou para ser um empresário, e tem um bom planejamento estratégico deve evidenciá-lo aos bancos e buscar a redução de juros no financiamento, apontando que o seu negócio é bom e será rentável”, indica o consultor.
As condições (juros, prazos, etc.) tendem a variar de banco para banco, por isso é válido fazer diversas cotações.
Iniciativas públicas, como o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) e o PROGER (Programas de Geração de Emprego e Renda) oferecem apoio financeiro às micro, pequenas e médias empresas. “Para conseguir tais financiamentos é preciso ter um belíssimo negócio ou projeto em mãos”, aponta Augusto Sabóia.

No banco ou na financeira? 
“O cliente faz o melhor negócio se procurar financiamentos em bancos, com certeza”, diz Sabóia. Segundo o consultor, as financeiras correm o risco de emprestar dinheiro para clientes sem se aprofundar em seu histórico bancário. Por isso, aplicam juros maiores. 

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