Publicada na edição de 31 de outubro a 06 de novembro de
2014 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.
Carro desalinhado, pneus murchos e peso
desnecessário exigem esforço extra do motor e demandam gasolina
Segundo avaliação do Inmetro, os carros
mais econômicos vendidos no Brasil chegam a rodar 14 quilômetros por litro de
gasolina. Carros populares, como o Renault Clio, Fiat Novo Uno e Fiat Palio
fazem em média 12 quilômetros por litro.
Considerando os preços médios da
gasolina e do álcool atualmente (R$ 2,70 e R$ 1,70, respectivamente) , os
gastos mensais de cada condutor variam de acordo com o modelo do veículo, os
quilômetros que costumam ser rodados diariamente e as características de uso –
hábitos particulares do motorista.
Saiba o que pode ser mudado ou
melhorado em sua rotina para economizar combustível.
Saúde
do carro
Quando a atenção aos detalhes é pequena,
as despesas com combustível e manutenção podem ser grandes. Um caso comum é a
não calibração dos pneus. “O consumo de combustível aumenta bastante com a
falta de pressão nos pneus porque murchos ele criam ainda mais atrito com o
chão, não ‘desliza’ na pista”, explica o mecânico João Almeida. Se o motor se
esforça mais para garantir a aceleração, com certeza mais combustível é
consumido.
Esquecer de manter o carro alinhado
também é um fator que prejudica o funcionamento do veículo e eleva a despesa com
combustível. “Um carro se desalinha quando passa constantemente por buracos. É
importante verificar o alinhamento a cada 10 mil quilômetros”, indica João.
Segundo o mecânico, para entender como o
desalinhamento exige mais do motor basta reparar na força feita ao empurrar um
carrinho de mercado que está com as rodas tortas.
Fazer do porta-malas um segundo
depósito tende a acelerar o consumo de gasolina, pois é necessário maior
esforço para que o carro se movimente. O mesmo se aplica a deixar itens em cima
do carro, nos bagageiros suspensos ou nas travas de fixação, e a circular todos
os dias com muitos passageiros.
Direção
correta
Para João de Almeida, um dos principais
erros cometidos por motoristas é não utilizar a marcha adequada para cada
momento, o que força o motor. “É só decorar: a segunda marcha vai bem até
atingir 30 km/h. Daí até 50 km/h, a terceira marcha é a ideal. Disso até 60
km/h é bom usar a quarta marcha. Se ficar nessa velocidade por bastante tempo
ou correr mais, use a quinta”, explica o mecânico. O importante, segundo ele, é
não ‘abusar’ da marcha, exigindo velocidade até o seu limite.
João Almeida indica que o motorista
sempre prefira vias retas àquelas com muitas curvas, pois o motor se esforça
mais na segunda situação, e acaba gastando mais gasolina. Ao parar o veículo,
seja para conversar com alguém ou ficar estacionado por certo tempo, o melhor é
desligar o carro.
Aos mais afoitos no volante, João avisa
que frear e acelerar com frequência é “prejuízo para o bolso”. “Quem tem o pé
‘pesado’ gasta mais com gasolina”, diz o mecânico.
Abastecimento
responsável
“Coitado de quem acha que está fazendo
bom negócio ao colocar a gasolina mais barata”, brinca João Almeida. Segundo
ele, não vale a pena correr o risco de alimentar o carro com gasolina
adulterada, pois ela pode causar diversas falhas no carro. “Você sabe que a
gasolina é boa quando ela tem cheiro forte”, acredita o mecânico.
Andar com o tanque na reserva também
não é recomendável, pois isso pode danificar a bomba de combustível.
João explica que sempre que a luz de injeção
estiver acessa é importante procurar um mecânico com urgência, pois ela indica
que algum problema está acontecendo e que o próprio sistema irá ‘disfarçar’ a
crise por certo tempo. Para isso, ele consumirá bastante combustível.
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