Publicada na edição de 19 a 25 de setembro de 2014 do
Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.
Especialistas
indicam como agir quando um amigo se torna seu chefe ou seu subordinado na
empresa
Indicações de profissionais
para o processo seletivo costumam ser bem-vindas dentro das organizações.
Assim, é comum que amigos trabalhem juntos – muitas vezes no mesmo setor. Conciliar
a amizade com relacionamento profissional, porém, pode não ser tarefa fácil,
principalmente quando um se torna o chefe do outro. Segundo especialistas, a
situação exige maturidade.
“No horário e local
de trabalho, as obrigações profissionais devem vir em primeiro lugar. Portanto,
é aconselhável que as pessoas tenham amigos maduros o suficiente para
compreender essa situação. Quem usa a amizade para ser negligente, não cumprir
prazos ou fazer um serviço de má qualidade tem a índole duvidosa e deve ser
evitado”, adverte o especialista em carreiras Sílvio Celestino.
Saiba como agir para
que a amizade não atrapalhe a relação profissional – e vice-versa.
Evitando fofocas
Mesmo que tenha
começado fora da empresa, a amizade entre chefe e subordinado pode ser mal
vista pelos demais funcionários. Portanto, para evitar mal-entendidos, “é
imprescindível que cada funcionário deixe claro que trata a todos ali de
maneira igualitária, sem favoritismos”, aponta Celestino. “Assim, ficará evidente
que o profissional é justo e que não deixa as amizades interferirem em suas
ações”, completa.
Evitar expor detalhes
do relacionamento, bem como não usar o tempo e os recursos da empresa para
tratar assuntos pessoais, é importante, pois preservar a postura de
comprometimento e seriedade é crucial para obter bons resultados na vida
profissional, segundo especialistas.
Bem conversados
A fim de evitar
atritos, os amigos podem conversar e estabelecer os limites entre amizade e trabalho,
visando às atitudes que trarão melhores resultados para ambos. É importante
esclarecer, intimamente e entre si, que as atitudes profissionais independem da
amizade.
“Antes de elogiar,
criticar, pedir um aumento ou demitir, estabeleça critérios sólidos, que sejam
utilizados também com outros funcionários. Na dúvida, não aja e repense as suas
ações”, aconselha Sílvio Celestino.
Na opinião de Laerte
Leite Cordeiro, consultor em Recursos Humanos, o chefe é quem mais deve se
preocupar em estabelecer o “tom” da relação. “Sua carreira pode ser prejudicada
se alguém achar que ele não está sendo um bom líder”, afirma.
Fora da empresa
Os especialistas são
categóricos em dizer que os assuntos da empresa não devem ser discutidos fora
dela. No futebol, no barzinho ou em qualquer outra situação informal e social, a
amizade tende a se solidificar longe dos limites impostos pela relação entre
chefe e subordinado. Logo, não vale a pena discutir assuntos relativos ao
trabalho.
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