Publicada na edição de 31 de outubro a 06 de novembro de
2014 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.
Investimento é aconselhável para aqueles
que não têm pressa em adquirir um bem – seja veículo ou imóvel
Faz parte do planejamento de vida de
muitas pessoas adquirir um carro ou uma casa própria. Aos que não têm dinheiro
para comprar a vista, mas desejam ter acesso aos bens o mais rápido possível, o
método mais indicado é o financiamento. Aos que não têm pressa, porém, o
consórcio é o melhor negócio, principalmente por ser mais leve para o bolso.
Conheça as principais características da
modalidade.
Como
funciona
Bancos e concessionárias unem pessoas
em grupos de consórcio. Mês a mês, todos pagam determinada quantia e o dinheiro
arrecadado beneficia a um dos participantes, através de sorteio.
Ao ser sorteado, o participante recebe
uma carta de crédito e pode comprar o bem desejado e segue pagando as suas
parcelas no consócio. No mês seguinte, outra pessoa será contemplada, e assim
sucessivamente, até que todos os envolvidos comprem o bem desejado.
Os participantes também podem dar
lances, oferecendo uma quantia de dinheiro em troca de ter acesso rápido à
carta. A cada mês, quem fizer o lance mais alto leva a carta de crédito (ou
seja, pode comprar o bem) e segue pagando o consórcio. O lance dado diminui o
saldo devedor.
Tempo
do consórcio
Consórcios de carros podem ter duração
de 24 a 120 meses (2 a 10 anos) e de imóveis, até 200 meses (16 anos). O
cliente deve buscar um consórcio com prazos e parcelas adequadas ao seu bolso,
considerando que é possível entrar em grupos de consórcios novos e também em
grupos que já estão em andamento. Nos dois casos, o valor total a ser pago
tende a ser o mesmo, porém em grupos já em andamento as parcelas tendem a serem
maiores, uma vez que o prazo para pagamento é menor. O benefício de entrar em
um grupo em andamento é a probabilidade de obter a carta de crédito com mais
rapidez.
Usando
a carta
O banco ou concessionária disponibiliza
ao cliente contemplado uma carta de crédito que pode ser usada para adquirir
bem novos ou usados. Segundo o gerente bancário Robistais Barros, os bens
usados devem atender a alguns requisitos, como não ser muito antigo, por
exemplo.
Para ele, entrar em um consórcio em
bancos ou em concessionárias é uma escolha que decorre das necessidades do
cliente. “Se quiser fazer um consórcio de um carro de uma marca específica, por
exemplo, ele pode fazê-lo diretamente com a concessionária. Caso esteja na dúvida
sobre o modelo ou a marca, pode fazer o consórcio em um banco, que permitirá a
utilização da carta de crédito em qualquer loja de carro”, diz Robistais.
Pagamentos
As taxas cobradas por bancos para
administrar os grupos de consórcio estão entre 12% a 20% do valor do total do
bem. Pesquisar pelo consórcio com taxas mais baratas tende a gerar grande
economia, considerando que 12% de 200 mil reais é 24 mil reais, enquanto 20%
sobre o mesmo valor é R$ 40 mil reais.
A parcela paga mensalmente no consórcio
pode sofrer variações proporcionais à valorização ou a desvalorização do bem no
mercado.
Se ocorrer o atraso no pagamento das
parcelas, pode haver incidência de juros e multas. Se o cliente ‘desistir’ do
consórcio, ele pode ser obrigado a pagar uma multa e terá de esperar até ser
contemplado para retirar o dinheiro investido – com exceção do que for
referente ao pagamento das taxas de administração. Antes de entrar em no
negocio, é imprescindível ler o contrato e ter conhecimento sobre as taxas e
variáveis.
Se o cliente deixar de pagar o
consórcio após a contemplação e o uso da carta de crédito, passa a ser
considerado inadimplente e o banco ou concessionária pode apreender o bem,
considerando que ele fica no nome da pessoa, porém alienado ao consórcio até o
seu final.