sexta-feira, 14 de junho de 2013

E se eu não quiser me maquiar?

Publicada na edição de 14 a 20 de junho de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.



Esse “acessório” deve ser encarado de maneira divertida. Afinal, nenhuma mulher tem obrigação de usar maquiagem


“Nem no trabalho nem na faculdade eu uso maquiagem, principalmente por conta da correria do dia a dia. Deixo pros finais de semana, pra sair com os amigos ou com o namorado, quando tenho mais tempo para me arrumar”, conta Bianca Dias, 23 anos. Assim como ela, muitas brasileiras não têm o hábito de se maquiar diariamente.
O consultor de moda Luis Araújo afirma que ao longo do tempo a maquiagem já teve diversas funções, mas manteve a sua essência: a intenção de evidenciar a identidade de cada um. A consultora de beleza Renata Monteiro acredita que atualmente as pessoas procuram o bem estar e a saúde física e mental. “Neste cenário a imagem pessoal é muito importante. Quando uma mulher se olha no espelho e gosta do que vê instantaneamente fica mais feliz, mais leve, mais produtiva e se relaciona melhor”, alega.
Conheça a opinião das adeptas e não adeptas, além do parecer de especialistas em moda e beleza.

A sociedade impõe?
O consultor de moda Luis explica que para ser aceito em sociedade o ser humano precisa agir, falar, se vestir e ter um comportamento parecido com o daqueles com quem convive. “Usar maquiagem é uma opção, mas a maioria das pessoas já incorporou essa atitude como uma característica do seu comportamento. Ao agir diferente de um comportamento generalizado na sociedade em que vive você começa a fazer parte de uma minoria e existe um olhar diferente para todas as minorias”, afirma o consultor.
Joyce de La Bandeira, 36 anos, acredita que ninguém deve se sentir mal por não usar maquiagem. “É a escolha de cada um. Mas acho sim que todas precisam se permitir a experiência de utilizá-la e perceber os resultados, que em minha opinião são espetaculares”, diz.

Divirta-se
A editora de beleza da revista Vogue, Victoria Ceridono, acredita que a maquiagem pode e deve ser encarada com uma coisa divertida. “Primeiro por que ela é uma aliada. Não da pra negar, a gente fica melhor com uma correção aqui, outra ali. Segundo por que mesmo sem fazer grandes ousadias da para variar o visual do dia-a-dia variando a cor dos batons, das sombras, lápis, blushs etc”.
Joyce acredita que ao se maquiar a mulher se sente mais bonita e isso influencia no bom desempenho daquilo que faz. Bianca concorda, em partes. “As pessoas precisam apresentar uma boa imagem sim, mas acredito que isso se dá pelo conjunto: roupas, cabelo, comportamento, postura. Pra ser bonita a mulher não precisa necessariamente estar maquiada”, afirma a jovem.

Cada vez melhor
A consultora de beleza Renata Monteiro acredita que a maquiagem já se tornou algo do cotidiano das mulheres e aquelas que não têm o domínio procuram inclusive fazer cursos para aprender. Renata ministra aulas de automaquiagem e afirma que a sua agenda está sempre lotada. “As mulheres querem melhorar a sua imagem justamente por acreditar que ela está ligada ao seu desempenho. Não é á toa que as academias estão cada vez mais movimentadas”. Assim como a consultora, Joyce considera a maquiagem um algo a mais na sua apresentação, em qualquer ambiente que seja.
O consultor de moda Luis Araújo explica que usar maquiagem induz as mulheres a se cuidarem, pois as mantém preocupadas com a saúde da pele. “Inclusive hoje em dia a maquiagem de boa qualidade hidrata e nutre. Um bom batom, por exemplo, tem a função de proteger e hidratar os lábios, principalmente nos dias de frios”, conta o consultor de moda.

Sempre saudável
Os cuidados com a pele devem existir com ou sem a maquiagem. “Me preocupo com a saúde da minha pele, uso protetor solar e hidratante todos os dias”, conta Bianca.
Victoria Ceridono, editora de beleza da revista Vogue, acredita que quanto mais bem cuidada e bonita estiver a pele, menos ela precisa ser coberta por base, corretivo e pó. “Esses produtos são aliados que realçam os pontos fortes do rosto com naturalidade”. Victoria indica, e não abre mão, da rotina básica de limpar, tonificar e hidratar a pele diariamente.





A importância de uma boa calibragem

Publicada na edição de 14 a 20 de junho de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.



Pressão incorreta compromete o desempenho do veículo, o consumo de combustível e o conforto dos passageiros

Especialistas indicam que os pneus sejam verificados e calibrados semanalmente ou no máximo a cada 15 dias. É necessário dar uma atenção ao estepe, pois ele também perde a pressão com o passar do tempo e precisa estar adequado para exercer a sua função, quando necessário.
Saiba a melhor maneira de calibrar os seus pneus.

A pressão ideal
Para conhecer o nível de calibragem adequado busque no manual do automóvel o capítulo que trata sobre os pneus. Lá haverá a informação ou a indicação de onde ela se encontra no veículo – comumente em etiquetas nas portas, no capô ou próximo à abertura para o abastecimento. No pneu há apenas a informação sobre o nível máximo de pressão a qual ele pode ser submetido.
Carlos César, gerente da Pneumat Auto Center, alerta que ao andar com pneus murchos o condutor desgasta as suas laterais, enquanto a pressão maior do que a recomendada gera desgaste da parte central do pneu, sendo ambas prejudiciais ao alinhamento do automóvel.

Com pneus frios
Para que haja uma calibragem “honesta” é importante fazê-la com os pneus ainda frios, ou seja, com poucos quilômetros rodados. O ar comprimido utilizado nas calibragens possui níveis de umidade que evaporam com o calor, gerando alterações no volume e aumento na pressão do pneu.
Em contraponto ao ar comprimido há a tecnologia de calibragem com nitrogênio, gás que não expande com facilidade, se mantém frio e retarda a expansão do pneu.

De olho no calibrador
O borracheiro Rubens Bezerra esclarece que não há diferença entre calibrar em postos de gasolina ou em lojas especializadas de pneus, desde que o condutor se preocupe em fazê-la sempre no mesmo lugar. “As máquinas não são padronizadas e às vezes se desregulam, o que faz com que o mesmo pneu possa apresentar 27 libras em uma máquina e 28 em outra”, explica o borracheiro.

Na mesma medida
Rubens indica que a pressão não seja alternada (diminuída ou aumentada) caso o veículo vá transitar na cidade, no campo ou em estradas por muitas horas. “É importante manter o nível de pressão o qual o pneu está acostumado, sendo ele confortável e eficiente ao condutor”, afirma.
O borracheiro esclarece que muitas pessoas acreditam que ao transportar uma carga maior do que o veículo está acostumado deve diminuir a calibragem, mas o indicado é justamente o contrário. “Se possível, calibre uma ou duas libras a mais considerando que o sobrepeso fará com que a pressão se perca facilmente”, explica Rubens.

Trocando as rodas
Caso as rodas originais sejam trocadas, Rubens indica que continue sendo seguida a indicação de calibragem fornecida pelo manual do automóvel, que é a mais assertiva por levar em conta um importante fator: o peso do carro. O borracheiro ressalta ainda que utilizar pneus de marcas ou tamanhos diferentes pode comprometer o desempenho do veículo e gerar um desalinhamento.

Rodízio de pneus
É indicado que a cada 10 mil quilômetros rodados seja feito o rodízio de posições entre os pneus. Rubens esclarece que o motorista deve se certificar de que eles girem no mesmo sentido que giravam na posição anterior. “É interessante cruzar os pneus, para desgastar todas as partes por igual. Acredito que o estepe não deva entrar no rodízio e ser utilizado apenas em caso de emergência. Mas isso fica a critério de cada motorista”, finaliza o borracheiro.





sexta-feira, 7 de junho de 2013

Onde está a minha cara metade?

Publicada na edição de 7 a 13 de junho de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.



Homens e mulheres reclamam que faltam pessoas do sexo oposto para se relacionar. Afinal, o que está acontecendo?


A psicóloga e especialista em relacionamentos, doutora Ana Beatriz Cintra acredita que cada vez mais as pessoas estão críticas em relação aos defeitos dos outros e não toleram as diferenças. “Acredito que o imediatismo e a cultura do descartável colaboram para esse comportamento. As pessoas querem as coisas prontas, de imediato. Se esquecem de que em qualquer relacionamento é preciso haver investimento e que ele será construído dia a dia, ação por ação”, afirma.
Entenda o que acontece e saiba no que você pode melhorar para se abrir a novas relações.

Falta de comprometimento
“Parece que hoje em dia os homens não querem ficar com uma pessoa só, eles perdem o interesse muito rápido”, conta Agnes Gomes, de 36 anos. A especialista concorda com ela. “Hoje em dia tudo é muito fácil, sem compromissos. As pessoas não querem se prender por algo que podem ter sem responsabilidades”, diz.
Fábio Coloda, de 23 anos, revela que vê mais mulheres que querem curtir a noite em baladas com as amigas, beber e dançar, do que buscando algo sério com alguém. E enquanto os homens reclamam de um lado, as mulheres reclamam do outro. "99% dos caras que eu tenho me envolvido querem curtir e aproveitar, sem assumir nenhum compromisso", conta Vanessa Gomes, de 21 anos.

Quero do meu jeito
“Atualmente as pessoas se sentem mais a vontade para manifestar seus desejos e pensamentos. Opiniões e atitudes antes veladas, hoje são escancaradas. Isso pode parecer negativo, mas transparecer as preferências facilita a identificação de valores. Só se engana quem quer” afirma a especialista.
“Meu amigos dizem que sou muito exigente, que fico esperando a mulher perfeita para namorar. Eu concordo, um pouco. Sou bastante exigente, mas também tenho consciência e o coração aberto para deixar rolar”, conta Fábio.
A especialista acredita que as pessoas procuram alguém para completá-la, mas acabam tentando transformar o outro em uma cópia de si mesmo. “Percebo é que a tolerância aos defeitos é algo cada vez menos praticado”.

Á procura da pessoa perfeita
Antes de descartar um relacionamento com alguém, é interessante tentar entender porque as coisas o incomodam. “Quase sempre aquilo com o que nos irritamos no outro é algo que devemos melhorar em nós mesmos. O que vemos como defeito muitas vezes é o que nos falta”, conta a especialista.
Alan Casare, de 21 anos, acredita que até o momento não encontrou uma namorada ideal justamente por esperar que ela siga a risca todos os preceitos que estabelece. Vanessa admite que talvez não tenha tido paciência com homens confusos. A verdade é que ninguém se sente atraído por defeitos. “Se alguém lhe chamou a atenção com certeza tem qualidades, então as valorize. Não pense em mudar o outro. Cada um deve mudar pelo próprio reconhecimento. Quem quer transformar o outro não o ama, ama a si próprio”.

Esse defeito eu não aguento
"Acho complicado tolerar a falsidade, pois interfere diretamente no ponto crucial de um relacionamento, que é a confiança. Sem confiança não existe a menor possibilidade de dar certo", conta Fábio. Já Agnes não suporta grosserias ou falta de educação. "Quero um homem responsável que respeite a mim e ao meu filho", diz. A psicóloga indica que as pessoas estejam atentas. “Se o que você chama de defeito é falta de caráter ou valores muito diferentes dos seus, é melhor procurar alguém mais compatível”.

Vale a pena tentar?
“Faça um check-list. Anote em um papel o que você valoriza e cheque com as qualidades da pessoa, você pode se surpreender. E ao se deparar com algum ‘defeito’, coloque-o na balança. As qualidades somadas podem fazer valer a pena”, diz a psicóloga.
Antes de estabelecer as características da pessoa que você procura é preciso se conhecer, saber quais são as suas necessidades e anseios. “Procuro alguém que me transforme no melhor que eu possa ser e desejo fazer o mesmo por ela. Relacionamento é ter um porto seguro em outra pessoa", diz Fábio.

Seja verdadeiro
A especialista indica que durante um encontro as pessoas sejam sinceras e não criem personagens para si mesmos, para que haja uma identificação verdadeira. “Aquele velho papo de ‘estamos nos conhecendo’ ainda é a melhor maneira de perceber se a outra parte está interessada em algo sério”, conta Alan.

Será que eu fico sozinho?
Vanessa, Alan e Fábio acreditam que estar sozinho representa uma felicidade incompleta, diferente de Agnes. “Estou solteira há um tempo e se não encontrar alguém que se encaixe no que eu quero, acredito que é melhor ficar só”, conta.
A especialista indica que nestes casos as pessoas refinem e aprimorem a sua procura, sem necessariamente esperar por alguém perfeito. “Amar é enxergar os defeitos e ainda assim acreditar que vale a pena. Até por que quem não vê defeitos é um apaixonado e a paixão é passageira. Todos são livres para fazer as suas escolhas, sejam elas quais forem, inclusive a de não se relacionar com ninguém. O importante é ser feliz”.









Como a inflação afeta o seu dia-a-dia?

Publicada na edição de 7 a 13 de junho de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.



Se os preços dos produtos sobem e o seu salário continua o mesmo você é diretamente atingido por ela

Leandro Cordeiro, membro da CF Brasil Consultoria Financeira, explica que a inflação é o que faz com o trabalhador, que recebe todo mês o mesmo salário, tenha menos poder de compra com o passar do tempo. Exemplo: Em um país com inflação a 10% ao mês, uma pessoa compra 2kg de feijão por R$ 10,00. No mês seguinte, para comprar a mesma quantidade, precisará de R$ 11,00.
“Quem geralmente perde com a alta da inflação são os trabalhadores mais pobres, com pouco dinheiro no bolso e com um orçamento familiar comprometido, que tem pouca flexibilidade financeira para possíveis variações nos preços dos produtos que consome. Como o seu salário não é reajustado mensalmente, seu poder de compra só vai diminuindo”, diz.
Reinaldo Domingos, presidente da DSOP Educação Financeira, explica que “a inflação interfere diretamente no dia a dia do brasileiro, pois pode subir cerca de 12% ao ano enquanto o salário do trabalhador aumenta, em média, 6% ao ano”.

O que causa a inflação?
Especialistas afirmam que vários fatores podem causar a inflação, mas o principal deles é a relação entre oferta e demanda. “Quando muitas pessoas compram determinado produto, as empresas tendem a aumentar os preços. Foi o que aconteceu com o tomate nos últimos meses. A demanda esteve maior que a oferta. O inverso acontece quando os produtos não vendem, os preços caem e a inflação retrai”, explica Reinaldo.
Atualmente a população está consumindo mais e menos produtos estão disponíveis, o que gera o aumento nos preços. “Tudo está integrado. O mercado de trabalho vem passando por melhorias, os índices de desemprego estão reduzidos e o trabalhador passou a ser mais consumista”, relata Leandro.
Reinaldo esclarece que o aumento no valor de determinados produtos tende a puxar os outros e que a inflação é medida em partes separadas, como alimentação, vestuário, eletrônicos etc. “Cada família sente o aumento de um jeito, por que consome coisas diferentes”, afirma.

O caso do tomate
“O tomate sofreu um aumento de preço exorbitante nos últimos meses. Além dos fatores que normalmente alteram os índices inflacionários, a seca no nordeste e as chuvas na Região Sul influenciaram na alta do valor cobrado pelo alimento. Querendo ou não, neste momento foi testado até quanto o consumidor é capaz de pagar pelo tomate”, explica Leandro.
A dica de Reinaldo é que cada família tenha o seu próprio controle. “Busque perceber a inflação na sua casa, pelos itens que você consome. Se R$ 100,00 hoje não compram a mesma quantidade de produtos do que há alguns anos significa que a família deve se adaptar, e não esperar que o governo controle a inflação. Sei que isso é algo difícil de praticar, por que todos querem continuar com os mesmo benefícios ou, se possível, melhorar. Mas o importante é não perder o equilibro financeiro ou se endividar. Não se preocupe com o índice oficial da inflação. Quando a informação chega, você já está vivendo uma nova realidade nos preços há muito tempo”.

Como o governo controla
O principal instrumento de combate à inflação é taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), fixada pelo Banco Central. Ela é a responsável por aumentar ou diminuir os juros, tornando mais caro ou mais barato o crédito, o que consequentemente incentiva ou freia o consumo da população. “O governo dificulta o uso do credito para desacelerar o consumo, fazendo com que os preços voltem a subir. É uma balança”, explica Leandro.