quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Consócio possibilita compra de carro ou casa

Publicada na edição de 31 de outubro a 06 de novembro de 2014 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.


Investimento é aconselhável para aqueles que não têm pressa em adquirir um bem – seja veículo ou imóvel

Faz parte do planejamento de vida de muitas pessoas adquirir um carro ou uma casa própria. Aos que não têm dinheiro para comprar a vista, mas desejam ter acesso aos bens o mais rápido possível, o método mais indicado é o financiamento. Aos que não têm pressa, porém, o consórcio é o melhor negócio, principalmente por ser mais leve para o bolso.
Conheça as principais características da modalidade.

Como funciona
Bancos e concessionárias unem pessoas em grupos de consórcio. Mês a mês, todos pagam determinada quantia e o dinheiro arrecadado beneficia a um dos participantes, através de sorteio.
Ao ser sorteado, o participante recebe uma carta de crédito e pode comprar o bem desejado e segue pagando as suas parcelas no consócio. No mês seguinte, outra pessoa será contemplada, e assim sucessivamente, até que todos os envolvidos comprem o bem desejado.
Os participantes também podem dar lances, oferecendo uma quantia de dinheiro em troca de ter acesso rápido à carta. A cada mês, quem fizer o lance mais alto leva a carta de crédito (ou seja, pode comprar o bem) e segue pagando o consórcio. O lance dado diminui o saldo devedor.

Tempo do consórcio
Consórcios de carros podem ter duração de 24 a 120 meses (2 a 10 anos) e de imóveis, até 200 meses (16 anos). O cliente deve buscar um consórcio com prazos e parcelas adequadas ao seu bolso, considerando que é possível entrar em grupos de consórcios novos e também em grupos que já estão em andamento. Nos dois casos, o valor total a ser pago tende a ser o mesmo, porém em grupos já em andamento as parcelas tendem a serem maiores, uma vez que o prazo para pagamento é menor. O benefício de entrar em um grupo em andamento é a probabilidade de obter a carta de crédito com mais rapidez.

Usando a carta
O banco ou concessionária disponibiliza ao cliente contemplado uma carta de crédito que pode ser usada para adquirir bem novos ou usados. Segundo o gerente bancário Robistais Barros, os bens usados devem atender a alguns requisitos, como não ser muito antigo, por exemplo.
Para ele, entrar em um consórcio em bancos ou em concessionárias é uma escolha que decorre das necessidades do cliente. “Se quiser fazer um consórcio de um carro de uma marca específica, por exemplo, ele pode fazê-lo diretamente com a concessionária. Caso esteja na dúvida sobre o modelo ou a marca, pode fazer o consórcio em um banco, que permitirá a utilização da carta de crédito em qualquer loja de carro”, diz Robistais.

Pagamentos
As taxas cobradas por bancos para administrar os grupos de consórcio estão entre 12% a 20% do valor do total do bem. Pesquisar pelo consórcio com taxas mais baratas tende a gerar grande economia, considerando que 12% de 200 mil reais é 24 mil reais, enquanto 20% sobre o mesmo valor é R$ 40 mil reais.
A parcela paga mensalmente no consórcio pode sofrer variações proporcionais à valorização ou a desvalorização do bem no mercado.
Se ocorrer o atraso no pagamento das parcelas, pode haver incidência de juros e multas. Se o cliente ‘desistir’ do consórcio, ele pode ser obrigado a pagar uma multa e terá de esperar até ser contemplado para retirar o dinheiro investido – com exceção do que for referente ao pagamento das taxas de administração. Antes de entrar em no negocio, é imprescindível ler o contrato e ter conhecimento sobre as taxas e variáveis.
Se o cliente deixar de pagar o consórcio após a contemplação e o uso da carta de crédito, passa a ser considerado inadimplente e o banco ou concessionária pode apreender o bem, considerando que ele fica no nome da pessoa, porém alienado ao consórcio até o seu final.

Nenhum comentário:

Postar um comentário