sexta-feira, 31 de maio de 2013

A questionável qualidade da água mineral

Publicada na edição de 31 de maio a 6 de junho de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.


Pesquisa da Unesp indicou contaminação em água mineral natural vendida em garrafas

Pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da UNESP (Universidade Estadual de São Paulo) em Araraquara avaliaram a qualidade da água mineral das garrafas de meio litro, de um litro e meio e de vinte litros na intenção de gerar dados para ajudar a melhorar a qualidade do produto. Foram detectadas contaminações antes mesmo do vencimento do prazo de validade.

Resultados
Realizada pela pós-doutoranda Maria Fernanda Falcone Dias, com a coautoria do professor Adalberto Farache Filho, a pesquisa encontrou em grande parte das amostras analisadas níveis de bactérias heterotróficas (que se alimentam de restos de organismos mortos) em quantidades significativas. O professor Adalberto nos explica que a água mineral não passa por nenhum tipo de tratamento justamente para não perder suas características originais, sais e micróbios considerados benéficos à saúde. “Isso é determinado por lei. Se ela passar por tratamento deixa de ser classificada como água mineral natural”.
Mas será que vale a pena ter os sais e micróbios benéficos, se considerarmos os níveis de contaminação encontrados? “Não podemos afirmar que as amostras pesquisadas estavam impróprias para consumo, pois não temos padrão determinado para isso. Inclusive algumas das bactérias estão presentes na água de maneira natural, pois fazem parte dos seus componentes”, afirma Adalberto.

Os galões de 20 litros
Os resultados da pesquisa demonstraram que entre todas as analises os que mais apresentaram problemas em relação a bactérias heterotróficas foram os galões de 20 litros. Em dois terços dos garrafões analisados o nível de contaminação observado foi mais de mil vezes acima do limite aceitável adotado na pesquisa e recomendado para as águas dos sistemas públicos. “Observamos índices elevados, mas essas bactérias podem se multiplicar e depois se reduzirem. Quanto a isso, não chegamos a uma conclusão definitiva”, conta o professor.
A pesquisa apontou que na água de dois dos sessenta galões obervados foram detectadas a bactéria P. aeruginosa, que pode agravar o estado de saúde de quem tiver o sistema imunológico comprometido, e também bactérias do grupo enterococos, que costumam ser usadas como indicadores de contaminação por fezes de seres humanos ou animais. Adalberto alega que “essas bactérias podem estar presentes na própria fonte e no ambiente, principalmente no solo” e que os registros aconteceram em “níveis insuficientes para determinar se a água mineral pode causar danos à saúde”.

Água da torneira
Enquanto a mineral não passa por tratamento, a água da torneira, que vem do abastecimento público, passa por tratamento químico e físico e tem a sua qualidade verificada obrigatoriamente antes de ser distribuída. “É opção de cada consumidor beber água mineral ou água do sistema público, desde que considere a qualidade e a confiança que tem em cada um dos fornecedores. Também é decisão de cada família optar por usar filtros domésticos. Acredito que tudo depende da qualidade da água que ela tem acesso pelo sistema de abastecimento público”, explica Adalberto.
Se colocar na ponta do lápis o quanto gastam mensalmente com água mineral engarrafada, é possível que algumas famílias percebam que vale a pena adquirir um filtro. Portanto é interessante conhecer os principais tipos disponíveis no mercado.

Tipos de filtros
O sistema de filtragem com mineiras é o presente nos filtros de barro. Ele elimina impurezas, o que ajuda a evitar doenças, e neutraliza o sabor da água. Um filtro de barro simples pode custar aproximadamente R$ 80,00.
Já o sistema de filtragem com carvão ativado é capaz de absorver parte do cloro presente na água, neutralizando o sabor. Renato Oliveira, consultor da Casa dos Bebedouros, explica que esse tipo de filtro também remove impurezas que podem vir do encanamento da casa ou do prédio. O custo aproximado de um purificador simples com esse sistema é de R$ 100,00.






Seu sofá merece cuidados

Publicada na edição de 31 de maio a 6 de junho de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.



Para o bem estar e o conforto de todos da família é preciso manter o móvel limpo e livre de bactérias

Quem nunca chegou da rua, com o corpo e as roupas sujas, e se jogou no sofá para relaxar? Quem nunca jantou na frente da TV e deixou cair um pouco de comida ou bebida no móvel? Não há uma dona de casa que não reclame de como os sofás sofre nas mãos dos membros da família. Algumas até colocam forros de tecido ou de plástico por cima, para conservar. “Pode ser que fique um pouco mais feio, mas pelo menos não acaba com o meu sofá”, desabafa Célia Bezerra. A profissional de limpeza Roseli Pereira também usa forro no seu móvel, em casa. “Eu tenho dois diferentes. Quando preciso tirar um para lavar, coloco o outro. É mais fácil lavar o forro, do que limpar o sofá inteiro. É só colocar na máquina de lavar”.
Vanda Freire da VS Organizar alega que “os sofás podem ser considerados peças nobres em qualquer casa, pois são pontos de encontro e de convívio da família e dos amigos, às vezes até o local do cochilo de adultos e crianças, mas infelizmente são esquecidos na rotina de limpeza semanal. Sempre que passamos o aspirador na sala, deveríamos também aspirar a sujeira sofá. Sempre que tiramos o pó dos móveis da sala, deveríamos passar um produto apropriado ao material que é constituído o sofá”.

Não tem pra onde correr
“Como o sofá acumula a gordura dos alimentos, das bebidas e até o suor do corpo é importante limpar pelo menos uma vez por semana. Ele é lugar para estar com a família, ver filmes, descansar. Ninguém merece descansar na sujeira”, conta Célia.
“Pelo menos uma vez por semana é preciso dar uma limpada, para eliminar o pó e os ácaros, causadores de alergias”, afirma Ana Afonso, consultora de organização pessoal, doméstica e empresarial. Ela nos conta o método ideal de limpeza e alega que quando cair sujeira no sofá é importante limpar imediatamente.
“Para a limpeza semanal indico que prepare uma solução com um litro de água e uma xícara de vinagre branco. Aplique no móvel com a esponja, parte a parte, e depois passe um pano seco. No dia a dia, se cair alguma sujeira, use um papel toalha para absorver a gordura e uma escovinha macia para retirar o resíduo mais grosso. Use a solução água e vinagre para finalizar”.
Sofia Rodrigues da VS Organizar explica que, como medida de prevenção, “um bom arejamento diário do espaço é essencial para manter a sua sala e os sofás mais saudáveis. Se tiver almofadas ou cobertas, deverá ter o cuidado para além de lavá-los com frequência, de os expor ao ar e a luz do sol”.

Cada caso é um caso
Para sofás revestidos por tecidos sintéticos e naturais, como o couro, Ana Afonso indica a limpeza com uma esponja embebida da mistura: detergente neutro diluído em água. “Após ter aplicado em todo o móvel, utilize um pano para remover os resíduos”, diz.
Célia Bezerra dá a dica: “Nos mercados há produtos específicos para a limpeza do couro, que facilitam a remoção de manchas”.
No caso de manchas em móveis revestidos por algodão, linho ou seda Vanda Freire indica que se aplique uma gota de shampoo para tapetes nas manchas e esfregue com uma escova macia. Depois passe um pano molhado e deixe secar.
“No sofá de camurça e eu passo o aspirador de pó e depois limpo com a mistura: água, amaciante e álcool. Enquanto o álcool mata as bactérias, o amaciante dá um cheirinho agradável. Feito isso, passo um pano seco para finalizar. Dá trabalho, mas vale a pena”, conta Célia.
Já para a limpeza das peças de vime é indicado uso do aspirador de pó para remover a poeira que se acumula nos vãos e em seguida o uso de algum produto que nutra e hidrate o material.

E as capas das almofadas?
A profissional de limpeza Roseli Pereira está na área há 15 anos e aconselha que as capas das almofadas sejam trocadas de 15 em 15 dias. Já Célia Bezerra acredita que é ideal trocar semanalmente, assim como as fronhas e os lençóis dos quartos.

Terceirizando o serviço
“Assim como colchões e tapetes, os sofás são os locais prediletos de ácaros e outros microrganismos responsáveis por doenças como alergias, bronquites, asma, rinites e eczemas. Uma higienização mais profunda deve ser feita no mínimo duas vezes por ano” explica Sofia Rodrigues. O custo para terceirizar a limpeza varia de R$ 80 a R$ 230,00, dependendo do modelo do sofá e da empresa escolhida.





sexta-feira, 24 de maio de 2013

Quero investir R$ 100,00 por mês


Publicada na edição de 24 a 30 de maio de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.


Reconhecer o melhor tipo de fundo para guardar essa quantia depende do seu objetivo e do seu perfil

Se a escolha é investir R$ 100,00 mensais, trouxemos as opções de fundos mais adequados para você. Mas antes é preciso conhecer os seus objetivos e o seu perfil: você é conservador, moderado ou agressivo?

Não há o perfil “certo”
O consultor financeiro Gabriel Martins explica que não existe perfil mais adequado de investidor. “Cada pessoa é de um jeito e tem os seus interesses próprios, podendo inclusive ser classificadas num momento como moderadas e noutros como agressivas ou conservadoras. O importante é aplicar o dinheiro no tipo de investimento que lhe dê mais segurança, rentabilidade e tranquilidade. Não adianta aplicar em ações e não conseguir dormir preocupado, como também não adianta ser uma pessoa que gosta de arriscar e ter um baixo rendimento na poupança”.
Bruna Almeida, membro da CF Brasil Consultoria Financeira, explica que “o mercado apresenta grande variedade de opções de investimentos, com maior ou menor rentabilidade e riscos. Identificar cada um deles pode ajudar o investidor”.

Qual resultado você busca?
O planejador financeiro familiar Augusto Sabóia acredita que escolher o melhor fundo para investir o dinheiro é como estabelecer uma estratégia para chegar ao resultado desejado. Se a intenção é apenas guardar, um fundo conservador como a poupança gera o retorno esperado. Agora se a intenção é fazer o dinheiro render, é preciso apostar em meios mais agressivos. Quanto maior o risco, maior o retorno.
“Para iniciantes, acredito que investir R$ 100,00 na poupança é uma boa escolha. Quando a pessoa juntar uma quantia maior pode passar para outros tipos de investimentos com mais segurança”, explica o planejador financeiro familiar, Augusto Sabóia.

Conservando o capital
Se deseja ter uma reserva para emergências, fazer uma viagem ou comprar algo daqui a alguns meses ou anos, provavelmente você não vai querer correr o risco de perder nenhum centavo do seu suado dinheirinho. Mesmo se não tiver estabelecido onde vai usar a grana no futuro e quiser apenas poupar com tranquilidade, você pode ter nessa situação um perfil conservador. No entanto é necessário ter em mente que investimentos desse tipo geram pouco ou nenhum retorno financeiro além do investido.
“Os conservadores possuem baixa tolerância a riscos. Para eles, é importante preservar o dinheiro e ter a disponibilidade de sacar. Não suportam perder o valor investido”, explica Bruna Almeida, membro da CF Brasil Consultoria Financeira. Colocar o dinheiro na poupança ou em títulos públicos federais (também conhecido como tesouro direto) é a indicação do consultor Gabriel Martins.

Agindo com moderação
Segundo Bruna Almeida, o investidor moderado é aquele que está disposto a correr riscos. Ele separa parte do seu dinheiro em fundos mais seguros, para ter certeza de que o patrimônio estará conservado e ao mesmo tempo permite que a outra parte seja “arriscada” em fundos agressivos. “O moderado é aquele que mescla o seu dinheiro”, explica Gabriel Martins.

Sendo agressivo
Caso deseje que os seus R$ 100,00 se multipliquem e gerem mais dinheiro a médio e longo prazo é interessante que você invista em fundos mais arriscados, como a compra e venda de ações e dólares, indicação dos especialistas. Neste momento é importante ter um pouco de conhecimento sobre o mercado, afinal é do seu dinheiro que estamos falando.
Augusto Sabóia dá uma breve explicação sobre a compra de ações: “Você pode comprar sozinho ou participar de um grupo de investimentos. Procure ações de empresa que você acredita, por exemplo: você bebe qual cerveja? Acredita que a marca vai ganhar dinheiro com Copa do Mundo e com as Olimpíadas? Então compre ações dela. Você colocará o seu dinheiro nas mãos da empresa, que vai investir em novas fábricas, propaganda, enfim, vai crescer. Lá na frente, quando ela conseguir lucros, devolverá a sua parte e um pouco mais”.

Quanto antes, melhor
Augusto Sabóia acredita que principalmente as pessoas mais jovens não devem ter medo de investir com agressividade, pois se perderem uma parte do dinheiro ainda tem muitos anos para recuperar.
“Na medida em que sua idade avançar seja um pouco mais moderado, e na sua terceira idade procure ser mais conservador. Apesar de que isso não impede uma cliente minha, que tem mais de oitenta anos, a investir 90% do seu patrimônio em ações. Atualmente ela tem dez vezes mais dinheiro do que tinha há vinte anos”.





A problemática dos carros rebaixados


Publicada na edição de 24 a 30 de maio de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.


Há quem diga que “o chão é o limite”. Mas afinal, vale a pena alterar a suspensão original do veículo?

Para rebaixar um automóvel é preciso trocar o seu sistema de suspensão, cortar ou condicionar peças – como molas e amortecedores – para que ele fique mais próximo ao chão. A suspensão é o que garante o conforto aos passageiros e tornam imperceptíveis as oscilações que o veículo sofre quando está em movimento, passando buracos ou quebra-molas.
Especialistas alegam que alterar a suspensão original pode comprometer a estabilidade e a própria a estrutura do automóvel, e os danos causados podem ser irreversíveis. Os amantes da modalidade defendem que tudo depende das condições de uso e dos cuidados tomados pelo motorista. O assunto é polêmico.

A lei permite rebaixar?
O artigo 6º da resolução 292 do CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) explica que se houver a troca do sistema de suspensão é necessário atualizar o Certificado de Registro de Veículo (CRV) e o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) com a nova altura do automóvel. A lei especifica apenas que não é permitido o uso de sistemas de suspensão com regulagem de altura.
Éric Viana, da empresa Legalize o Seu Veículo, explica o processo para a regularização: “A pessoa deve solicitar no Detran (Departamento Estadual de Trânsito) uma autorização para modificar a suspensão do automóvel. Com a autorização em mãos, faz as mudanças e leva o carro ao Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), que realizará testes nas novas condições. Com o laudo positivo do Inmetro é só voltar ao Detran e atualizar os documentos”.

Tudo pelo visual
“Tem gente que é fanático por carros e tem gente que usa o carro pela comodidade. Eu sou apaixonado, do tipo que fica horas lavando e polindo. Eu gosto do estilo rebaixado e vou morrer gostando”, conta Marcel Roque de 32 anos, adepto a modalidade desde os 18.
Genivaldo Bezerra, especialista em automóveis, acredita que as pessoas fazem isso por gostar de ver o veículo perto do chão. “Só pode ser por conta da estética, por que nenhum beneficio é agregado ao carro. Ele não anda mais rápido, não economiza combustível e nem fica mais confortável. Pelo contrário, é depreciado”.

Como se rebaixa um carro?
Marcel explica que há quatro maneiras de se rebaixar um veículo: cortando pedaços das molas, utilizando sistemas de suspensão a ar, a rosca ou o sistema de suspensão fixa.
“Cortar as molas é o jeito mais barato, pois a pessoa pode fazer em casa. Mas é o que mais prejudica a estrutura e deixa o veículo duro. As suspensões a rosca e a ar permitem variar a altura do carro conforme a situação e a suspensão fixa é a única aceita por lei”, conta Marcel.
O especialista em automóveis explica que as suspensões que permitem levantar e abaixar a altura do carro são muito utilizadas por aqueles que querem, ao pegar uma rodovia, por exemplo, “enganar” as autoridades. “E esse nem é o principal problema. Ao rebaixar a pessoa mexe nas características originais do veículo, que são as ideais para a direção segura. A suspensão é projetada conforme o modelo do carro e não deve ser modificada”.

O carro pode "rachar"?
“Sem a ação correta dos amortecedores a estrutura sofre muitos impactos e pode não aguentar. Com o tempo a estrutura do carro é comprometida e pode acabar quebrando. Isso sem contar o desconforto. Uma pessoa operada jamais pode sair do hospital e ir pra casa em carro rebaixado, por que pula muito. Iria abrir os pontos”, brinca o especialista.
Marcel conta que o motorista de um veículo nessas condições precisa ter cuidado e dirigir com cautela. “Eu gosto do meu carro assim e dirijo com consciência das limitações. Vejo muitos meninos que dizem que quando completarem 18 anos vão comprar um carro e rebaixar também. Ser diferente é exatamente o que nós queremos. Sair do básico, se destacar”.

Dá pra levantar novamente?
“Quem cortou ou trocou as peças pode comprar novas e colocar de volta. Comumente isso é feito na hora de vender, por que é complicado ‘passar pra frente’ um carro nessas condições. Mas recolocar peças boas não elimina os danos causados à estrutura do veículo”, ressalta o especialista.





quarta-feira, 22 de maio de 2013

Desvendando o câmbio automático

Publicada na edição de 17 a 23 de maio de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.


Ele garante praticidade e conforto ao dirigir, mas é bom analisar os possíveis gastos extras


Tendência no mercado automobilístico brasileiro os veículos com câmbio automático são cada vez mais procurados, principalmente por trocarem as marchas sem exigir nenhum esforço do motorista, que só precisa acelerar e frear. Os modelos automáticos não tem o pedal da embreagem, o que possibilita ao motorista “aposentar” o pé esquerdo ao dirigir. Conheça mais sobre esse sistema de câmbio que já é popularizado nos Estados Unidos desde a década de 50.
“Há alguns anos poucos brasileiros tinham ou pensavam em ter um carro com câmbio automático. Atualmente o modelo está sendo mais aceito e procurado. E é realmente o melhor negócio. Principalmente na hora em que precisar vender o carro”, alega o especialista em automóveis, funilaria e pintura Genivaldo Bezerra.

O preço
Segundo o especialista, qualquer veículo pode ter o seu preço acrescido de dois a cinco mil reais com a presença do câmbio automático. Se, em decorrência de algum acidente ou de más condições de uso, houver a necessidade de arrumá-lo ou trocá-lo o custo poderá ser menor, igual ou maior do que se fosse um modelo manual, dependendo da situação. Um dos mecânicos da concessionária Toyota afirmou que a troca do conjunto inteiro de engrenagens de um câmbio manual é mais cara do que a de um câmbio automático.
Considerando que no modelo automático o próprio carro é quem muda as marchas, de maneira adequada e nos momentos certos, os especialistas alegam que as chances do veículo precisar de manutenções são menores.
“Ao contrário dos automáticos, os câmbios manuais são os que apresentam mais problemas, por que as pessoas não manuseiam corretamente” explica um mecânico de uma das concessionárias Fiat.

Consumo de gasolina
O especialista Genivaldo Bezerra esclarece que veículos com câmbio automático podem “beber” mais do que os com câmbio manual. “Quando está em avenidas e rodovias ele é mais econômico justamente por saber o momento ideal de trocar a marcha e fazer isso da melhor maneira”. Mas quando o assunto é subida, a história é outra.
O especialista dá a dica de que em subidas o motorista use um dos comandos de marchas manuais ou aperte o acelerador desde o início, sem deixar para pisar com mais força no decorrer da subida, para não “confundir” o carro. “Ele pode entender que você quer usar uma marcha mais rápida, quando na verdade, em uma subida, é necessário diminuir a velocidade para o veículo ganhar força”.

Adeus embreagem
A troca automática das marchas e elimina completamente o uso do pedal da embreagem, antes utilizado nas arrancadas, paradas e ao acelerar ou reduzir a velocidade. “É com certeza muito mais confortável por que você ativa um único comando e ele faz tudo. Perto do modelo manual, dirigir um carro automático não dá trabalho nenhum”, conta Elisangela Rodrigues.
Além de aliviar a perna esquerda o câmbio automático agrega segurança ao permitir que o motorista use as duas mãos para segurar o volante na maior parte do tempo.






Cresce o número de TVs a cabo



Publicada na edição de 17 a 23 de maio de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.



A TV por assinatura já está presente em 27,9% das casas do país. Saiba o que observar quando for contratar

O setor de TV a cabo registrou mais de 173,3 mil contratos em março, atingindo um total de 16,8 milhões de assinaturas. Considerando o atual número médio de pessoas por residência, estima-se que esse serviço atinja aproximadamente 53,8 milhões de brasileiros.
Cada vez mais procurados por serem uma alternativa à programação dos canais abertos, pacotes simples de TV por assinatura oferecem programações específicas para crianças, homens e mulheres, canais de variedades, com filmes, esportes, documentários, noticiários e entretenimento em geral, além dos canais de música e de rádios. Saiba no que você deve se atentar na hora de fechar um pacote.

Preços promocionais
Muitas empresas tem o hábito de anunciar os preços dos pacotes com valores promocionais, válidos por alguns poucos meses, para atrair novos clientes. O resultado é que o consumidor paga nos primeiros meses de uso um preço reduzido e depois passa a pagar o valor da tabela.
Ao contratar o serviço atente-se aos * (asteriscos) que normalmente estão ao lado dos preços. Nestes casos eles indicam que há maiores informações sobre o valor nas linhas com letras miúdas.
O advogado Marco Antônio indica que o consumidor leia todas as informações com atenção e ao adquirir o pacote se atente ao descrito no contrato, que é o documento em que constam os compromissos e as obrigações legais entre a empresa e o consumidor.

Fidelidade obrigatória
A maioria dos contratos indicam uma “fidelidade” obrigatória de 12 meses e muitos apontam que se o cliente cancelar a prestação de serviços antes do prazo poderá receber uma multa.
“O consumidor deve ter acesso a todas essas informações antes de formalizar a compra, para decidir se é interessante ou não. A multa pode ser cobrada, desde que proporcional ao tempo de uso. Se o consumidor já cumpriu seis meses da fidelidade, por exemplo, deverá pagar apenas 50% do valor”, explica o advogado Marco Antônio.

Combos
A maioria das operadoras oferecem pacotes que contemplam TV por assinatura, internet banda larga e o serviço de telefonia fixa. Nossa equipe apurou, junto a duas grandes empresam do ramo, que se contratados separadamente os serviços saem mais baratos. A diferença de preços pode chegar até a R$ 50.
Em relação à qualidade dos serviços prestados, nas letras miúdas as empresas esclarecem aspectos de extrema relevância ao cliente. No caso da internet, por exemplo, alguns contratos explicam que a velocidade anunciada é a máxima e que ela pode sofrer variações decorrentes de fatores externos, sendo garantido apenas o mínimo da velocidade contratada – algo que pode girar em torno de 10% do que o cliente compra. O advogado explica que essa prática não pode ser considerada propaganda enganosa se o contrato informar claramente as condições.

Particularidades
Caso deseje solicitar um ponto adicional para ter a programação disponível em dois televisores da residência, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) informa que a empresa é autorizada a cobrar pela instalação se essa condição estiver regulada no contrato. Antes de contratar atente-se ao fato de que poucas empresas têm cobertura em todo o território do estado de São Paulo.
Vale a pena observar também que os aparelhos disponibilizados na contratação não são do cliente. A maioria das empresas cede o aparelho, que precisa ser devolvido na rescisão do contrato.

Insatisfação
A Anatel divulgou no último dia 6 o índice de satisfação do usuário sobre os serviços de telecomunicação em 2012, que demonstrou uma piora na avaliação dos serviços prestados em comparação à última pesquisa, realizada em 2002.
A TV a cabo por assinatura recebeu a nota 56,5 (em uma escala em que 0 significa muito insatisfeito e 100 significa muito satisfeito). Em 2002 a nota atribuída a esse segmento foi de 68,2.





sexta-feira, 10 de maio de 2013

A 'dor' e a delícia de ser mãe

Publicada na edição de 10 a 16 de maio de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.



A vida de qualquer mulher muda quando ela tem filhos. E muda para sempre

Ao se tornar mãe as mulheres veem a sua vida sendo modificada e adaptada diariamente por conta dos filhos. Realizar atividades banais do dia a dia como ir ao banheiro sozinha, tomar um banho longo ou dormir tranquilamente se tornam um desafio. Até mesmo a mais vaidosa das mulheres esquece um pouco de si e se dedica completamente ao filho, com toda a sua energia, amor e carinho.
“Eles são a nossa vida, nosso único tesouro, portanto é natural terem prioridade máxima”, conta Siméia Pedroso, mãe do garoto Rafael, de 8 anos.

Nas pequenas coisas...
Quando uma mãe pode dizer que teve uma noite inteira de sono tranquilo ou que tomou um banho longo, sem se preocupar com mais nada? Momentos como esses são praticamente impossíveis de acontecer, principalmente nos primeiros meses de vida do filho.
“Quando se é mãe você não tem sossego nem para ir ao banheiro sozinha. Eu perdi a conta de quantas vezes o meu filho bateu na porta bem nesses momentos” lembra Siméia.
Elaine dos Santos, mãe da Maria Clara, de 4 anos, confessa que muitas vezes deixou de comprar itens pessoais, como roupas e produtos de beleza, para comprar algo para a filha. “Ainda hoje isso acontece. É sempre ela em primeiro lugar. Só depois que ela criou certa independência que eu voltei a me cuidar melhor”.

Sempre preocupadas
Enquanto bebês os filhos dependem completamente das mães e exigem muitos cuidados. Mas mesmo depois que crescem, as preocupações continuam. “O Rafa tem 8 anos e eu ainda supervisiono o banho dele, vejo se jantou direito e se escovou os dentes certinho. Gosto de acompanhar os seus estudos e isso toma bastante parte do meu tempo”, conta Siméia.
Colocar os filhos acima das próprias prioridades é algo natural para as mães. “Aos nossos olhos eles são vulneráveis e temos que protegê-los o tempo todo. É um instinto” confessa Elaine.

O casal vira família
O relacionamento com o namorado ou maridão normalmente fica em segundo plano quando o assunto é os filhos. A começar pelos passeios feitos pelo casal, que são ditados pelas crianças.
“Geralmente vamos a um lugar que agrade mais ao nosso filho, caso contrário ele pode ficar entediado e acabar ‘estragando’ o passeio. De vez em quando dá para deixar ele com a avó e aí sim fazer um programinha como nos tempos de namoro. Mas é bem de vez em quando”, conta Siméia.
Em relação à vida sexual do casal, ela afirma que com o tempo tudo acaba voltando a ser como era antes. “Só é preciso tomar um pouco mais de cuidado, afinal a qualquer momento o filho pode bater na porta”.

Reconhecimento
“A geração da minha filha tem tudo ou quase tudo. Espero que eles reconheçam e valorizem o que nós fazemos por eles”, revela Elaine. Não é à toa que toda mãe mereça respeito, carinho e atenção: elas fazem, durante toda a sua vida, inúmeros sacrifícios pelos filhos.
“Eu faço a minha parte, cumpro a minha obrigação e sou feliz por isso. Sou grata pelo Rafael existir, ele é uma benção que Deus me enviou. Só espero que ele seja uma pessoa de bem, que tenha sucesso em sua vida e que seja feliz. Isso me basta”, diz Siméia.

Vale a pena?
“Ter um filho é muito gratificante, é um grande presente de Deus” conta Elaine. E qual mãe diria o contrário?
“Vale muito a pena. Se as condições financeiras permitissem eu teria uns três ou quatro filhos, amo esta ‘função’. Quando aquele bebezinho sorri pra você ao acordar, a cada graça que eles fazem, as coisas que eles dizem, quando eles vem nos beijar ou abraçar espontaneamente... Tudo isso é maravilhoso”, conta Siméia.







É importante ter uma reserva


Publicada na edição de 10 a 16 de maio de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.



Mesmo que o orçamento esteja apertado, especialistas indicam que você tenha uma reserva para emergências

Guardar dinheiro não é uma tarefa fácil, afinal ninguém anda por aí com dinheiro sobrando. “Sobram dias no final do salário”, já diz o ditado popular. E para complicar ainda mais a situação, imprevistos acontecem nas melhores famílias.
Um acidente de carro, a necessidade de comprar um remédio ou de fazer um tratamento de saúde são situações que não podem ser evitadas. Mas, com planejamento, elas podem ser previstas e causar menos impacto.
“Uma reserva trás maior tranquilidade e tempo para resolver as adversidades, além de evitar a dor de cabeça de ter que pedir dinheiro emprestado a conhecidos ou de ter que ir às pressas ao banco e se sujeitar a juros que, muitas vezes, são abusivos”, conta Leonardo Gonçalves, membro da CF Brasil Consultoria Financeira. Reunimos dicas de especialistas para que você consiga ter uma reserva de dinheiro para situações emergenciais.

Como eu faço pra poupar?
“Para as pessoas que não gostam ou não têm o hábito de guardar dinheiro a melhor alternativa é abrir uma conta poupança e solicitar ao gerente uma transferência automática todos os meses, no mesmo dia em que o salário é creditado, como se fosse um depósito obrigatório. Desta forma, não vai dar tempo de gastar”, dá a dica o consultor financeiro Gabriel Martins.
“Poupar dinheiro deve se tornar um hábito” acredita Augusto Sabóia, planejador financeiro familiar. “A vida não é um evento, e sim uma jornada. No decorrer do caminho todos estão sujeitos a surpresas. Ter reservas é estar financeiramente seguro”, diz.

E se o mês estiver apertado?
“Antes de começar a guardar, cada família deve organizar o seu orçamento para reduzir os gastos e então poupar uma parte do dinheiro. Marido, mulher e filhos devem estabelecer as prioridades, separando as necessidades dos desejos”, explica Gabriel Martins.
Augusto Sabóia sabe como as coisas são e brinca. “Se você e sua família guardarem dinheiro não contem nada a ninguém, pois se souberem que vocês guardam vão pedir emprestado. Se alguém te perguntar, diga que a coisa está feia e que você também está precisando”, brinca.

Qual é o valor ideal?
“É recomendável que cada família tenha uma reserva equivalente a seis meses de salário, para emergências. Se um encanador autônomo, por exemplo, ficar doente e impossibilitado de trabalhar, não terá renda para manter a sua casa e sustentar a sua família durante o tempo do tratamento. Em casos como esses a reserva financeira é muito importante. Para calcular o valor ideal, usemos como exemplo uma pessoa que ganhe R$ 1.000,00 por mês. Ela deve ter uma poupança de R$ 6.000,00. Se depositar mensalmente R$ 100,00, em cinco anos estará tranquila”, esclarece Gabriel.

Quem tem filhos deve poupar mais?
Famílias com crianças podem precisar, eventualmente, de comprar algum remédio ou realizar um tratamento específico. “Ter um plano de saúde ou uma reserva de dinheiro no banco oferece segurança”, lembra Augusto Sabóia.
“Os preços dos tratamentos variam, dependendo da doença que a criança está sofrendo. Se adquirir uma infecção será necessário o uso de antibióticos, que geralmente são caros, custam no mínimo R$ 100,00. A poupança garante isso”, recomenda Gabriel. Ter o dinheiro reservado evita o comprometimento do orçamento do mês.

E quem tem carro?
Os especialistas acreditam que o melhor é “terceirizar” o risco do carro para uma seguradora, considerando que se acontecer algum acidente as despesas podem ser muito altas.
"E se você bater em uma BMW? E se alguém se machucar e tiver que passar por cirurgias e fisioterapia? Recuperar-se financeiramente de um incidente dessa magnitude pode levar vários anos da sua vida. Não vale a pena ficar desprevenido", aconselha Augusto Sabóia.
Leonardo Gonçalves acredita que ter uma garantiria às emergências é colocar-se em primeiro lugar. "Quem que trabalhou o mês inteiro? Você. Portanto você merece estar seguro. Poupar é garantir a tranquilidade do seu futuro".

E se eu quiser gastar o dinheiro?
“Para não tirar o dinheiro da reserva sem precisar, você pode recorrer a alternativas como a conta conjunta, na qual as duas pessoas precisam concordar para efetuar o saque ou, quem sabe, guardar o cartão na casa de parentes confiáveis, como a mãe ou a sogra. Dessa forma, para retirar o dinheiro seria necessária a intervenção da outra pessoa, o que dificultaria o seu uso para coisas supérfluas”, dá a dica Gabriel Martins.
“Ter um planejamento financeiro e saber reservar dinheiro todos os meses é diferente de viver economizando”, explica Augusto Sabóia. “Sem planejamento o seu dinheiro não tem compromisso e fica fácil de ser desviado para um consumo imediato e sem critério”, finaliza.




sexta-feira, 3 de maio de 2013

O poder dos filmes que mudam vidas

Publicada na edição de 3 a 9 de maio de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.



Eles dão asas à imaginação, surpreendem e emocionam: fazem chorar, rir e refletir. E aí, qual é o seu?

"Os filmes têm uma capacidade terapêutica muito grande. Eles geram reflexões sobre as nossas vidas e sobre questões que muitas vezes não percebemos, até porque olhar para dentro de nós não é uma coisa muito fácil”, conta a psicóloga Juliana Alcines. Conheça histórias de pessoas que assistiram a filmes que mudaram as suas vidas.

Mudança radical
Após assistir ao filme ‘Comer, Rezar, Amar’ a jovem Milena Nunes pediu demissão da empresa em que trabalhava para ser fisioterapeuta. “Eu me identifiquei com a personagem principal, que tinha uma casa própria, um bom emprego e um relacionamento tranquilo, mas percebeu que mesmo tendo tudo não estava feliz”.
Assim como a personagem principal, Milena se afastou de sua rotina, saiu da empresa e viajou por um mês. Quando voltou, abriu o seu consultório de fisioterapia. O que aprendeu com o filme vai levar para a vida toda. “Devemos seguir os nossos sonhos e ir à busca da felicidade, do autoconhecimento e, consequentemente, da paz interior. Devemos pensar todos os dias: vale a pena fazer o que eu estou fazendo?”, conta a jovem.

Fazendo o bem às pessoas
O filme ‘Patch Adams, O Amor é Contagioso’, que conta a história de um médico que alegra crianças em fase terminal de câncer, sensibilizou a bancária Rosi Praxedes. A força do amor ao próximo e a vontade de proporcionar felicidade às pessoas, nem que seja momentaneamente, são princípios que ela nunca vai esquecer.
“O filme me emocionou muito e me fez refletir sobre como eu posso ajudar e alegrar a vida de alguém. Há muitas oportunidades no dia a dia. Eu tento ser útil às pessoas e ajudá-las em tudo que posso, tratando sempre como eu gostaria de ser tratada: com respeito e amor”.

Reflexão de vida
O professor Roberto Soares assistiu ao filme ‘Direito de Amar’ e se sensibilizou fortemente com a história de George Falconer que, assim como ele, é homossexual. Na trama, ele sofre com a morte repentina de seu companheiro, com o qual esteve junto por 16 anos.
“A cena em que George é informado sobre a morte de seu parceiro por telefone, por uma pessoa que ele nem conhecia, pedindo para não comparecer ao velório por que seria uma cerimônia para os familiares, acabou comigo. Eu me senti no lugar dele e chorei muito”, conta Roberto.
“Vi no filme a minha relação com o meu parceiro e refleti quanto à aceitação da família. Tive medo de perdê-lo, depois de uma vida juntos, mais de vinte anos de relacionamento, e não ter o direito de dar adeus. A partir de então procurei ficar mais próximo da família dele, mesmo com todas as dificuldades”.

De olho na carreira
O filme ‘O diabo veste Prada’ causou reflexões a pedagoga Angélica Nascimento. “Ele conta a história de uma garota muito esforçada e cheia de sonhos, que passa por dificuldades e humilhações para conseguir trabalhar na empresa em que sempre sonhou. Ela é testada em todos os momentos, por sua chefe e por seus colegas de trabalho, mas não desiste de se tornar uma boa profissional sem precisar passar por cima dos seus valores. Com o filme aprendi que as conquistas da vida pessoal e profissional caminham juntas e passei a olhar as coisas que acontecem nas empresas com outros olhos”.

Aprendendo com a guerra
“Eu gosto muito dos filmes que me colocam pra pensar em questões instigantes, que me levam a reavaliar valores e conceitos. ‘O Menino do Pijama Listrado’ me emocionou bastante, é triste e ao mesmo tempo fascinante”, conta o publicitário Gabriel Conforte.
Sob a visão inocente de duas crianças alemãs, uma de ascendência judia e outra da raça “ariana”, o filme mostra como a Segunda Guerra Mundial pôde ser cruel. “Ele retrata as consequências trágicas do nazismo através da inocência das crianças, que não compreendem por que vivem separadas. Elas querem, simplesmente, se conhecer e brincar. O filme gera reflexões sobre as nossas ações, em sociedade e em família. É excelente”, indica Gabriel.

Iluminando a infância
A pequena Eduarda Praxedes, de 8 anos, gosta muito de assistir a filmes e a psicóloga incentiva esse ato. “Os filmes trazem conteúdos e turbulências com os quais as crianças se identificam, na maioria das vezes, de uma forma muito saudável. Eles auxiliam no seu desenvolvimento".
‘Cartas para Deus’ é um filme baseado em fatos reais, que conta a história de fé de um garoto que tem câncer e, inocentemente, escreve cartas com orações endereçadas a Deus. O carteiro, que não sabe o que fazer com as correspondências, acaba lendo e elas modificam a sua vida.
Eduarda assistiu ao filme e nunca mais se esqueceu da mensagem. “Deus faz milagres pelas cartas que o menino escreve e ele é da minha idade. Outras pessoas também podem conhecer a Deus”, conta a garota.