quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Você conhece o Cadastro Positivo?

Publicada na edição de 16 a 22 de agosto de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.

Iniciativa tende a favorecer os bons pagadores, que poderão solicitar juros menores em empréstimos

O Cadastro Positivo tem o objetivo de beneficiar os consumidores que pagam as suas contas em dia no momento em que precisarem contratar crédito no mercado: a sua “boa ficha” financeira o dará o poder de negociação junto aos bancos e empresas credoras. Assim, o bom pagador tende a conseguir melhores condições de acesso ao crédito, com menores taxas e melhores prazos para quitar a dívida.
“Além disso, o Cadastro Positivo pretende contemplar cerca de 26 milhões de pessoas que hoje não têm acesso ao crédito do mercado porque não têm como comprovar renda ou porque só compram à vista”, explica Bruna Almeida, membro da CF Brasil Consultoria.
O alto índice de pessoas quem atrasam o pagamento ou não pagam as suas dívidas é um dos motivos que fazem com que os juros no Brasil sejam tão altos. Portanto, nada mais justo do que privilegiar os bons pagadores com a possibilidade de ter as suas taxas reduzidas.

Como funciona
O Cadastro Positivo registra informações e mapeia o comportamento financeiro de consumidores e empresas, com base no seu histórico de pagamentos em dia. Ele funciona como um banco de dados que registra a pontualidade com a qual o consumidor paga as suas contas de água, luz, telefone, TV a cabo, parcelas de financiamentos e crediários, entre outros. Vigente desde o dia 1º de agosto, ao evidenciar o bom comportamento do consumidor o programa possibilita a negociação de menores taxas e melhores condições de pagamento dos empréstimos tomados em bancos, instituições financeiras ou em empresas credoras.

Empresas também podem
Às pessoas jurídicas é esperado acesso a melhores condições de negociação com os seus parceiros comerciais ao solicitar linha de crédito ou financiamento, com base nos seus compromissos financeiros anteriores e atuais.

Como se cadastrar
A inclusão no Cadastro Positivo é gratuita e opcional. Para participar é necessário preencher uma ficha de inclusão no banco ou em alguma instituição credora. Neste momento, o consumidor deverá também escolher a instituição que irá armazenar os seus dados. “Empresas como a Serasa e o SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), que já trabalham com listas de inadimplências, são as mais capacitadas e que têm as ferramentas mais adequadas para trabalhar com o Cadastro Positivo”, indica Bruna Almeida.
Feito o cadastro, as informações dos consumidores serão colhidas em diversas empresas, de todos os segmentos. O prazo de permanência das informações nos bancos de dados é de 15 anos e o cadastrado terá sempre o direito de saber quais empresas compartilharam e consultaram os seus arquivos. “Ao autorizar o cadastro, o consumidor não estará permitindo o uso de seus dados por empresas de marketing ou que realizem outra atividade que não seja a análise de crédito”, explica a consultora.

Como utilizar
“Quando quiser buscar crédito em uma instituição financeira o consumidor poderá autorizá-la a acessar seus dados no Cadastro Positivo. Ao provar que paga as suas contas em dia ele pode barganhar melhores condições, negociar juros mais baixos e prazos mais longos para pagar o empréstimo. Para o consumidor, ser avaliado de maneira completa e individual é benéfico, pois diminui a burocracia”, explica Bruna Almeida. O consumidor poderá visualizar as suas próprias informações, solicitar correções e pedir para retirar o seu nome do Cadastro Positivo a qualquer momento.

O histórico será levado em consideração
“Uma dívida não paga constará no histórico do consumidor ou da empresa por cinco anos, mas a intenção do Cadastro não é evidenciar as falhas e sim possibilitar uma análise da situação do cliente como um todo. Portanto, se o consumidor normalmente paga as suas contas em dia, não será prejudicado por uma ou duas contas pagas em atraso”, explica a consultora. “Os ‘pontos perdidos’ por uma conta paga em atraso podem ser recuperados. Basta que o cliente pague as próximas nas datas certas”, finaliza Bruna Almeida.




Violonista jandirense precisa de patrocínio

Publicada na edição de 16 a 22 de agosto de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.


Peterson foi um dos dez selecionados, entre centenas de pessoas, para realizar um mestrado na Espanha

Ele conseguiu aprovação em um dos mestrados mais concorridos do mundo, mas a Universidade de Alicante, na Espanha, não oferece bolsas e o talentoso jovem não tem recursos para financiar os seus estudos. Peterson Reinan precisa de doações em dinheiro, ou de um ou mais patrocinadores, que possibilitem a concretização do seu sonho: estudar violão clássico.

O artista
Com duas cidades no coração – Osasco, onde nasceu, e Jandira, onde mora há 7 anos –, Peterson iniciou sua carreira como autodidata, com 14 anos de idade. Frequentou classes de violão, se especializou e ingressou em um curso superior de música, no qual se tornou bacharel em violão. O talento do artista o levou a uma carreira promissora, participando de concursos e recitais em importantes salas de concerto de São Paulo desde jovem. Atualmente, Peterson dá aulas de violão e de teoria musical no Cursinho Popular de Jandira, projeto que desenvolveu.
“O violão me dá energia para viver e sem ele eu não seria nada. A música que eu toco é tão importante para mim quanto o sangue que corre nas minhas veias. Ser músico é uma responsabilidade muita grande, é levar sentimentos e emoções à vida das pessoas. É fazer rir e chorar”, conta Peterson.

O mestrado
A Universidade de Alicante, na Espanha, oferece a artistas a oportunidade de praticar o uso do violão e aperfeiçoar os seus conhecimentos ao lado de renomados músicos. “Esse mestrado tem uma importância fundamental na minha carreira. A Espanha é o país onde o violão nasceu e onde há muitas pessoas apaixonadas pelo violão clássico. Lá, estarei entre os melhores violonistas do mundo”, explica o jovem.
Como parte da formação, os alunos terão a oportunidade de atuar como concertistas em várias ocasiões nos diferentes auditórios da Espanha. “Quando eu voltar, com o grande conhecimento que vou adquirir, quero difundir a cultura do violão. Meu amor ao instrumento é o que me dá vontade de ser, além de um grande concertista, um professor de faculdades de música”, explica Peterson.

Os custos
Pelas aulas que irá assistir, pela documentação e todo o material bibliográfico que a universidade dispõe aos alunos, inclusive o direito de assistir grandes concertos e conferências na Espanha, o custo do curso gira em torno de 7.500 euros, o que corresponde a aproximadamente 22 mil reais.
“Viver de música não é fácil. A falta de incentivos no Brasil é muito grande, portanto eu preciso acreditar que a união faz a força. Se o governo não consegue me ajudar, acredito que posso sensibilizar as pessoas e nos unirmos para realizar esse e outros sonhos”, afirma o músico.

Ajude
“A minha forma de agradecimento a todos que me ajudarem é fazer apresentações gratuitas com o repertório que eu estudarei na Espanha, junto às músicas brasileiras, que eu gosto muito, e ministrar aulas de violão clássico. Eu sei que essa é uma forma de agradecimento simbólica, mas é do fundo do meu coração. Agradeço a todos que me ajudarão na realização deste projeto”, diz o violonista.
Para ajudá-lo faça doações pelo site www.vakinha.com.br/VaquinhaP.aspx?e=210644. Não deixe de assistir os vídeos de Peterson disponíveis na internet e de conhecer o trabalho do habilidoso artista.




sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Conheça os benefícios do parto normal

Publicada na edição de 16 a 22 de agosto de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.


Medo de sentir dor e de ter o bebê em data inesperada faz com que muitas mulheres nem cogitem a possibilidade


O tipo de parto é uma das principais preocupações das futuras mamães, principalmente das de primeira viagem. A saúde e o bem estar, da mulher e do bebê, são as maiores prioridades neste momento tão especial, e um dos maiores medos que habitam a cabeça da maioria das mamães é de sofrer a temida dor do parto. Mas afinal, o parto normal se resume a dor? Conheça os benefícios do método mais aconselhado pelos médicos e o parecer da ginecologista e obstetra Catia Chuba.

Evitando a prematuridade
“O principal benefício do parto normal é o respeito ao tempo do bebê, pois ele é realizado apenas quando a criança sinaliza que tem prontidão e maturidade para nascer”, afirma a médica. Falhas nos cálculos sobre as semanas de vida do bebê são os principais motivos que levam a indução de partos antes do tempo.
Caso nasça antes da 37ª semana de gestação, é possível que alguns órgãos da criança não funcionem completamente. Rins, pulmões, coração, intestino e o sistema imunológico são forçados a terminar de se desenvolver fora do útero.

Benefícios ao bebê
“Ao longo do trabalho de parto a criança recebe do organismo da mãe um coquetel hormonal que facilita o estabelecimento do vínculo afetivo, junto ao contato pele a pele. O bebê tende a ser amamentada e acalmada imediatamente pela mãe após o nascimento e ambos permanecem juntos o tempo todo. Além disso, a criança têm menores chances de desenvolver algum desconforto respiratório, pois elimina o excesso das secreções pulmonares na compressão torácica que recebe”, esclarece Cátia Chuba.

Benefícios à mamãe
“Ao contrário da cesariana, o parto normal não é uma cirurgia. É um evento fisiológico, que faz parte da vida reprodutiva e sexual saudável de uma mulher. Passar por esta experiência gera realização, segurança e confiança no próprio corpo e em sua capacidade como mãe e mulher”, afirma Catia Chuba. Do ponto de visto físico, a mulher sofre menos riscos de passar por acidentes anestésicos ou contrair infecções e inflamações e, segundo a obstetra, “perde menos sangue e tem uma recuperação muito mais rápida, podendo voltar logo às suas atividades”.

Ajuda com a dor
Uma das maiores preocupações das mamães é a dor que ela sentirá no momento do parto. Segundo a doutora Catia é possível que a mulher receba uma anestesia leve, chamada analgesia, que elimina o desconforto sem retirar a habilidade das pernas. “Além desse recurso, o ideal é que toda mulher tenha nos hospitais acesso a soluções naturais que ajudem a aliviar a dor, como massagens, liberdade de posição, o uso de água morna - seja em um chuveiro ou em uma banheira, garantindo conforto e relaxamento - e a presença de alguém de confiança, que gere suporte e encorajamento”, afirma a médica.

Dificuldades
O medo de muitas mães é de que, por não ter dada marcada para o parto, possa passar por dificuldades até chegar ao hospital. A indicação da obstetra é que, neste caso, a mulher esteja, na medida do possível, preparada para o imprevisto. “Trabalho de parto, salvo raras exceções, é um processo que costuma demorar entre 12 e 18 horas, então dá tempo de sair de casa no início da fase ativa e chegar ao hospital com tranquilidade, mesmo numa cidade como a nossa”, pondera Catia.

Intervenção médica
Caso a mulher não apresente contrações e níveis de dilatação adequados, é comum que o médico realize um corte em um dos lados da vagina, método conhecido como episiotomia. “É um procedimento realizado apenas quando necessário, e mesmo com ele a recuperação da mulher é muito mais rápida do que se passasse por uma cirurgia complexa como a cesariana”, explica a doutora Catia. Além da episiotomia, é possível que o médico utilize o fórceps ou o vácuo-extrator para ajudar a retirar o bebê. Converse com o seu obstetra sobre a necessidade e os riscos dessas intervenções.



A importância do aleitamento materno

Publicada na edição de 9 a 15 de agosto de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.


Mulheres deixam de amamentar por acreditarem que outros alimentos possam ser mais nutritivos ao seu bebê

Nos primeiros meses de vida do bebê a mãe se preocupa em garantir a melhor alimentação que ele pode ter. Boas mamadas, em intervalos de tempos programados, garantem a sensação de que a criança está sendo bem alimentada. Mas, na medida em que o bebê vai crescendo, surge o medo de que o leite materno não seja o suficiente para garantir o seu sustento por completo.
A falta de informações sobre a importância do aleitamento materno é uma realidade comum em hospitais públicos e particulares. Atualmente, apenas 38% das crianças no mundo se alimentam exclusivamente de leite materno nos seis primeiros meses de vida, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde. A intenção é que até 2025 esse número chegue a, pelo menos, 50%.

Benefícios do leite materno
Segundo o Ministério da Saúde qualquer criança pode, e deve, se alimentar apenas do leite materno nos seus seis primeiros meses de vida, não precisando comer ou beber mais nada - nem mesmo água ou chás, pois nele há tudo que o bebê necessita para estar nutrido, crescer e se desenvolver com saúde. O leite materno é o único alimento que fornece nutrientes importantes para o desenvolvimento cerebral, que combatem infecções, protegem a criança contra bactérias e vírus e evitam diarreias. Ainda segundo o Ministério da Saúde, o recém-nascido alimentado apenas com o leite materno tende a ser recuperar de doenças com mais facilidade.

Não diversifique a dieta
Por acreditar que outros alimentos são mais práticos, nutritivos e benéficos para o bebê, muitas mães passam a dar leites industrializados, mingaus, cereais e papinhas industrializadas – itens considerados calóricos e que podem induzir o desenvolvimento de diabetes, alergias e obesidade infantil. A Organização Mundial da Saúde aconselha que apenas depois de passados os seis primeiros meses de vida sejam inseridos na alimentação da criança papinhas de frutas e de legumes – sem necessariamente interromper a amamentação, que pode ser continuada até os dois anos de idade. “O bebê que mama no peito desenvolve melhor o rosto, a boca, a mordida e principalmente o sistema respiratório”, afirma o pediatra Marcus Renato, especialista em aleitamento materno.

Fortalecendo o vínculo
“Crianças pequenas precisam e sentem prazer em sugar, pois estão na fase oral. O contato com a pele da mãe e o mamar no peito são tranquilizantes e extremamente benéficos ao bebê”, explica Marcus Renato, que é contra o incentivo ao uso da mamadeira antes dos seis meses de idade.
“Usar a mamadeira faz com que o bebê desaprenda a mamar no peito, o que diminui a produção de leite. Esqueça a história de que se tomar muita água, beber cerveja preta ou comer canjica produzirá mais leite, pois o que estimula a produção é a própria sucção do bebê. Tanto que boa parte do leite materno é produzida durante as mamadas”, esclarece o pediatra.

Benefícios à mulher
Além de fortalecer o vínculo entre a mãe e o bebê, a amamentação diminui os riscos de a mulher desenvolver anemia, osteoporose, doenças cardíacas, câncer de mama e de ovário, depressão e hemorragia pós-parto, além ser um ato prazeroso e que aumenta a autoestima. “Eu amava dar o “mamar” das minhas filhas. Eu me sentia essencial, como se ninguém pudesse dar a elas o que eu estava dando naquele momento: muito amor, carinho e um bom alimento”, lembra Mara Santos, mãe de duas meninas.




Use e abuse dos adesivos decorativos

Publicada na edição de 9 a 15 de agosto de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.


Conheça essa solução criativa para tornar a sua casa um local ainda mais aconchegante e moderno


Precisando ou com vontade de renovar um, ou vários, ambientes da casa sem gastar muito dinheiro? Os adesivos de parede são alternativas simples, modernas e de fácil aplicação para revigorar qualquer espaço. Há uma enorme variedade de modelos, tamanhos e preços, além da possibilidade de criar um adesivo único, com um desenho ou uma frase que tenha um significado importante para você.
Os adesivos tornam os quartos mais intimistas e mais parecidos com seus donos. A sala pode se tornar um local mais sofisticado, com um toque moderno e divertido. O mesmo serve para cozinhas e banheiros, pois a maioria dos adesivos resiste bem à umidade. Em empresas, escritório ou lojas um toque moderno no design e na decoração é um atrativo aos clientes. Conheça e se encante com os adesivos de parede.

Desenhos
Elementos da natureza, como árvores, flores, borboletas, pássaros e estampas geométricas, musicais, esportivas e infantis (com princesas e super-heróis) são as mais procuradas. Além delas, há estampas descoladas, como as de discos de vinil, fones de ouvido, bicicletas, skates, cerveja e até caveiras. Há desenhos para todos os gostos, inclusive símbolos que fazem referência à culinária, à espiritualidade e à cultura de outros países. Os adesivos fazem com que os ambientes tenham uma decoração personalizada, criativa e moderna, considerando que cada casa e cada família têm suas histórias e suas características.

Frases
Românticas para o quarto do casal, divertidas para o quarto dos jovens, infantis para o quarto das crianças e otimistas para a sala de estar. Muitos empresas e escritórios utilizam em suas paredes frases motivadoras. Além das diversas opções disponíveis nas lojas, você pode deixar o ambiente ainda mais a sua cara escolhendo a frase que quiser.
“Coloquei na parede do meu quarto a letra de uma música do Tom Jobim que marcou a minha história de amor com o meu marido, aquela que diz ‘quando a luz dos olhos meus e a luz dos olhos teus resolvem se encontrar’. Assim nos lembramos sempre do que realmente importa”, conta a recém-casada Lorena Oliveira.

De fácil aplicação
Com os adesivos é possível mudar completamente um ambiente em poucos minutos, sem passar por nenhum transtorno que as grandes reformas causam. O único cuidado a ser tomado é que eles não sejam aplicados em locais úmidos, com descascados na pintura, infiltrações, rachaduras ou com a tinta ainda fresca. Se a pintura da sua parede for recente, é indicado a deixar secar por pelo menos duas semanas antes de aplicar o adesivo.
“Para limpar no dia-a-dia use um pano, apenas para remover a poeira. Como eles são extremamente finos e lisos, ficam na parede igual a uma pintura e praticamente não acumulam sujeira”, explica Rachel Ayub, da loja de adesivos I-Stick.
Além das paredes, os adesivos aderem em qualquer superfície, desde que seja plana e lisa. Espelhos, peças de vidro, de cerâmica, de metal e de plástico também podem ganhar uma cara nova. Antes de aplicar decida o local cuidadosamente, pois eles perdem a cola quando removidos e só podem ser utilizados uma vez.

Preços
Os preços variam de acordo com o tamanho e o modelo. Os menores e mais simples variam de R$ 39 a R$ 49. Quanto maior e mais detalhado for o adesivo, mais caro ele fica. Em sites de venda online é possível obter modelos médios custando entre R$ 59 e R$ 89 e modelos grandes, que ocupam boa parte de uma parede a partir de R$ 99.




sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Brinquedos e brincadeiras têm sexo?

Publicada na edição de 2 a 8 de agosto de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.


Devemos continuar impedindo as meninas de jogarem futebol e os meninos de brincarem de casinha?

Antes mesmo do nascimento da criança os pais preparam o quarto, compram roupinhas e brinquedinhos femininos ou masculinos, de acordo com o sexo do bebê. Se for menino, tons azuis, carrinhos, aviões, bolas, coisas voltadas aos esportes. Se for menina, tons de rosa, bonecas, casinhas, panelinhas e flores. Com o crescimento da criança, os pais passam – naturalmente – a classificar com mais força as atitudes esperadas delas, de acordo com o seu sexo. Mas delimitar as brincadeiras é algo saudável? As meninas não podem brincar com os brinquedos dos meninos? E eles, os pequenos homenzinhos, não podem brincar de boneca, casinha e panelinha, se quiserem? Esse é um paradigma social que precisa ser repensado pelos adultos.
“Atualmente, a maioria das mulheres pagam as próprias contas e são chefes de família. E muitos homens estão assumindo tarefas domésticas. Se nós adultos ensinarmos às crianças que o lugar da mulher é em casa, cuidando dos filhos, e o lugar do homem é em carros e helicópteros, como poderemos exigir no futuro que as garotas estudem e invistam em suas próprias carreiras, por exemplo?”, questiona a psicopedagoga Betina Serson.

Lojas de brinquedos
Tudo começa nas lojas. Elas separam nitidamente quais passatempos são para os meninos e quais são para as meninas. Assim como as crianças, os pais não veem problemas nessa atitude – que acaba gerando um preconceito inconsciente, percebido apenas quando o menino se interessar por uma panelinha ou a menina por uma bola. “Acredito que os pais não têm conhecimento de quanto uma criança pode absorver de aprendizado e o quanto pode assimilar com qualquer que seja o brinquedo. As diferentes atividades desenvolvem noções de organização, distinção, espaço e tempo”, explica a psicopedagoga clínica Fabíola Batista.

Tabu
Qual seria, então, o problema de uma mãe comprar uma vassourinha de brinquedo para o seu filho? “Não vejo mal nenhum isso”, alega Gorete Oliveira, mãe de Lucas, de quatro anos. “Ele interage com tudo que temos em casa, inclusive com a vassoura, só que ela é muito grande pra ele. Comprei então uma pequena e ele brinca com ela, finge varrer a casa. Quando crescer, eu espero que ele ajude na limpeza e não tenha ‘medo’ da vassoura, como se fosse um objeto exclusivo das mulheres. É um absurdo pensar que só as meninas podem brincar de varrer”, argumenta Gorete.
A psicopedagoga Betina Serson acredita que a segmentação das atividades é prejudicial para a formação das crianças, pois “quando crescerem, meninos e meninas trabalharão juntos e dividirão as mesmas tarefas”.

Meu filho não
Para muitos pais é mais fácil aceitar a sua filha jogando bola do que o seu filho brincando de casinha. Afinal, porque com os meninos o tratamento é tão diferente? “Apesar de ter mudado bastante, a nossa sociedade ainda é muito machista”, afirma Fabíola Batista. “Existe um preconceito, mesmo que inconsciente, e um medo de que a criança faça uma escolha pessoal em função daquilo que brinca”, explica a psicopedagoga.

Sexualidade
“As crianças se interessam por novidades, brinquedos coloridos e barulhentos. Não é porque o menino brinca com uma panelinha rosa ou porque a menina joga futebol na rua que a sua sexualidade será mudada”, afirma a psicopedagoga Valeria Tiusso.
É natural que os meninos se envolvam em brincadeiras que exijam atividades físicas e mobilidade corporal, como lutinhas e esportes radicais, enquanto é natural que as meninas prefiram brincar de casinha e simular cuidados com as suas bonecas, como se fossem suas filhas. Mas, caso os pequenos queiram diversificar as brincadeiras, a dica é respeitar e incentivar. O contato com os brinquedos faz com que a criança absorva diversos conhecimentos benéficos para o seu crescimento.






Violência doméstica: a culpa não é sua

Publicada na edição de 2 a 8 de agosto de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.


O agressor usa o medo, a vergonha e a culpa para manipular a mulher e evitar que ela faça uma denúncia

O que era para ser um relacionamento saudável, baseado em carinho, compreensão e respeito se torna um pesadelo. De uma hora para outra, a mulher deixa de reconhecer o seu parceiro, o homem amoroso que a fazia feliz, e não consegue se ver livre dessa situação.
Segundo recente pesquisa, realizada pelo DataSenado, aproximadamente 20% da população feminina já sofreu algum tipo de agressão. Destas, 31% ainda convivem com o agressor e 14% ainda sofrem algum tipo de violência. Mesmo completando, na próxima quarta-feira, 7, sete anos da sanção da Lei Maria da Penha, ainda há neste país muitas mulheres que sofrem agressões dentro da própria casa. E o pior, se sentem culpadas por isso.

O problema é comigo
O agressor dificilmente demonstra a outras pessoas ser um cara violento. Ele expressa sua agressividade apenas com a mulher e em situações em que ela não consegue se defender plenamente. Algumas chegam a pensar que se contarem que estão sendo agredidas, ninguém irá acreditar. Então a mulher passa a assimilar que ela é a causadora de toda a raiva e estresse e se pergunta onde pode melhorar para sair dessa situação. “O agressor põe a culpa na vítima, provocando sentimentos de frustração e vergonha difíceis de serem superados” afirma a psicóloga clínica Mariagrazia Marini.

Ele não é violento
Muitas mulheres convivem com homens que as menosprezam, xingam e as ofendem, mesmo que nunca as tenham agredido fisicamente. A violência verbal é uma das piores formas de violência, atitude desrespeitosa que causa infelicidade e pode levar a depressão. “As mulheres jamais devem se sentir culpadas pelo desequilíbrio do companheiro, precisam sim fazer valer os seus direitos e exigirem respeito”, aconselha a psicóloga.

Mais uma chance
Ele fica nervoso, quebra tudo em casa e agride a companheira, mas no dia seguinte pede desculpas e garante que nada daquilo irá acontecer novamente. Não acredite em palavras, a menos que esse homem se proponha a buscar ajuda, realizar um tratamento e demonstrar realmente que quer se curar do problema. Do contrário, a intenção dele é confundir e enganar. “Muitos agressores acham que a violência é o único meio que têm para se expressar, portanto precisam de ajuda psicológica”, ressalta Mariagrazia.

E os filhos?
Sempre que a mulher pensa em resolver a sua situação, ela coloca os filhos em primeiro lugar. Só que de maneira errada. Pensar no bem das crianças é dar a elas a possibilidade de crescer longe de um cenário de agressões e desrespeitos. Vivendo sob esse clima, os pequenos tendem a crescer assustados, traumatizados e até mesmo violentos. É também pelo bem dos filhos que a mulher deve se afastar do agressor até que ele mude.

A culpa é da bebida
Se ele se torna agressivo quando bebe ou usa drogas, esse é mais um motivo para buscar ajuda. “Em geral, ciúmes, separação, traição, falta de dinheiro e o uso de drogas levam os homens a cometer violência. É preciso ter consciência de que o comportamento vai se repetir e dialogar e motivar o agressor a buscar ajuda. Se não houver resultado, a melhor alternativa para a saúde de todos é denunciar”, aconselha a psicóloga.

Vergonha de contar
O primeiro desafio para acabar com a violência é acabar com o segredo. Por isso há telefones, órgãos e locais seguros onde a mulher pode desabafar e pedir ajuda. Mesmo que isso já aconteça por anos, saiba que você não merece sofrer mais nem um minuto. Dê o primeiro passo.





quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Afinal, os recursos do petróleo são suficientes?

Publicada na edição de 26 de julho a 1 de agosto de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.



Lucros sobre a exploração do petróleo no litoral do país possivelmente se tornarão investimentos em educação


Segundo dados da OCDE (Organização Para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o Brasil investe cerca de 6% do seu PIB (Produto Interno Bruto) em educação, o que o torna o 15º país que mais investe no setor dentre os 42 países membros da organização.
Sendo, então, um dos maiores investidores, é aceitável esperar que a qualidade do ensino seja tão alta quanto os recursos investidos. Ledo engano. O Brasil alcançou, no ano passado, o 53º lugar de um total de 65 países em um programa que avalia a qualidade da educação, realizado também pela OCDE.
Independente da pesquisa, a população conhece bem as deficiências do sistema. Poucas creches, poucas vagas, problemas com a alfabetização dos pequenos e pouco – ou nenhum – reconhecimento aos professores.

Retrato brasileiro
José Marcelino de Rezende, estudioso especialista em Financiamento da Educação, acredita que os investimentos atuais ainda são pequenos. “Para atingir bons resultados é preciso investir 7% do PIB até 2016 e 10% até 2020”. Assim como Rezende, Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, afirma que os investimentos precisam aumentar.
“Hoje o Brasil investe cerca de R$ 233,2 bilhões em educação pública. Parece muito, mas ao analisar o quanto se investe por aluno, o que é mais importante, o país investe pouco. A educação de um jovem brasileiro custa apenas 1/3 da média investida nos jovens dos países mais desenvolvidos”, explica.
A fim de aumentar os investimentos na área, o governo discute a possibilidade de utilizar os lucros provenientes da exploração do petróleo no litoral brasileiro. Esses lucros, vinculados aos royalties e aos recursos dos poços já licitados, ficaram conhecidos como os royalties do petróleo.

Entenda os royalties
A lei assegura que qualquer petróleo encontrado em território nacional pertença à União. Portanto, para explorá-lo, é necessário pagar royalties – processo parecido ao de se gravar uma música de outra pessoa. Atualmente uma parte dos royalties do petróleo vai para a União, outra parte para os estados produtores, outra para os municípios produtores e outra, bem pequena, para os demais estados e municípios do país. Como a região a ser explorada é grande, indo do Espírito Santo até Santa Catarina, todos os estados interviram para receber a suas fatias nos lucros, a fim de investir internamente. A provável solução adotada para o caso será destinar 75% dos royalties para a educação e 25% para saúde em todo o país.
“A educação deve ter prioridade, pois é um direito que, quando assegurado e consagrado, mobiliza os demais direitos”, garante Daniel Cara. Deputados, senadores e a presidente precisam chegar a um consenso sobre a divisão dos royalties, e o assunto está longe de ser concluído. A principal divergência é sobre qual montante os lucros serão divididos: de todo o dinheiro do Fundo Social ou apenas dos rendimentos que ele gerar.

Fundo Social do Pré-Sal
Este é o nome da reserva onde é e continuará guardado o dinheiro advindo da exploração do petróleo. Votações no Congresso sobre o seu uso e outras particularidades que envolvem o processo foram paralisadas por conta das divergências de opinião entre os poderes, e serão retomadas apenas depois de agosto. Enquanto os deputados acreditam que 50% dos recursos do Fundo Social devam ser aplicados na educação até que se atinja o percentual de 10% do PIB, o Senado acredita que devem ser utilizados apenas 50% dos rendimentos do Fundo, e não só para educação, mas sim para diversas áreas.
“O problema é que os rendimentos vão gerar quase nada. Assim, muitas áreas vão receber muito pouco. O ideal seria 50% do valor principal do Fundo Social para a educação, considerando que ela precisa da metade da poupança, não apenas da metade do que ela irá render. É preciso que o Brasil invista, especialmente, em pagar melhores salários aos professores”, afirma Daniel Cara.







Impotência sexual: um tabu que tem solução


 Publicada na edição de 26 de julho a 1 de agosto de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.



Homens sentem receio em admitir o problema e procurar ajuda médica. Conheça as principais formas de tratamento

Para muitos homens, falar sobre impotência é bem delicado. Tão delicado que o assunto acaba se transformando em piada, para aliviar o clima. Porém, que já sofreu com isso sabe as implicações para toda a vida, e quem não sofreu, tem medo de encarar. Mas não tem mistério. A solução para o problema depende do tratamento adequado àquilo que o causa, por isso é muito importante consultar um médico e ser sincero no atendimento. “Infelizmente alguns homens chegam a sofrer, em silêncio, por até quatro anos antes de procurar ajuda médica. A maioria sente constrangimento em compartilhar uma intimidade tão grande com uma pessoa estranha”, afirma o urologista Eduardo Bertero.
A impotência sexual está relacionada à ejaculação precoce, falta de desejo, distanciamento do orgasmo e, principalmente, ao fato de o homem não atingir uma ereção satisfatória para o ato sexual - problema também conhecido como disfunção erétil. Comportamentos como esses são normais, desde que não sejam frequentes. As principais causas são emocionais, físicas e hormonais.

Primeiro passo
“Ainda existe um tabu muito grande em relação à procura por ajuda profissional. Seja por falta de conhecimento, por ter passado por experiências sexuais traumáticas ou por distúrbios no relacionamento familiar, a maioria dos homens não busca ajuda”, explica o urologista Charles Rosenblatt.
Quanto antes o problema for tratado, antes será resolvido e por menos traumas o homem e a parceira precisarão passar.

De olho nos hormônios
Assim como as mulheres envelhecem e passam pela menopausa, os homens passam por um distúrbio androgênico que implica na redução da produção de testosterona, hormônio importante para a função sexual. “Para descobrir se essa é a causa da impotência masculina são realizados exames e providenciados tratamentos para repor o equilíbrio hormonal”, afirma o médico Rosenblatt.

Anatomia
Algo que pode levar à disfunção erétil é o formato do pênis. “Caso haja uma curvatura que impossibilite a penetração pode ser necessária uma cirurgia corretiva ou a colocação de uma prótese peniana de silicone, o que gera excelentes resultados” explica o especialista Eduardo Bertero.

Circulação sanguínea
Considerando que a ereção é resultado de intenso fluxo sanguíneo no pênis, a má circulação, decorrente de alguma doença ou lesão nos vasos, pode causar impotência. “O homem que vai ao cardiologista e toma remédios que dilatam as veias não pode se automedicar em relação à impotência sexual. É preciso tomar extremo cuidado, pois neste caso há risco de vida”, alerta o urologista Charles Rosenblatt.
Em casos como esse, o médico indica e ensina o paciente a usar medicamentos injetáveis diretamente no órgão sexual, o que gera respostas imediatas.

Causa emocional
“Levamos um estilo de vida muito competitivo. A sociedade cobra cada vez mais das pessoas, que lutam consigo mesmas em busca de autorrealização. A ansiedade e a culpa influenciam na autoestima e tudo isso gera um stress muito grande, o que leva os homens à ejaculação precoce e disfunção erétil”, explica o médico Rosenblatt. Problemas emocionais são a causa mais comum de impotência, sendo o tratamento mais indicado sessões com um psicoterapeuta sexual.

Remédios
“Quando houve a popularização desse tipo de medicamento, os homens passaram a ver uma luz no fim do túnel, ficaram curiosos e procuraram a automedicação. Ir à farmácia é algo que exige menos frustração do que conversar com um médico. E como na grande maioria das vezes a causa do problema é emocional o indivíduo tende a se beneficiar com o uso do medicamento. Ele se torna ativo, mais confiante e retoma a autoestima, fazendo com que o problema naturalmente se resolva”, indica Charles Rosenblatt. No entanto, não existe mágica. Se você continuar passando por isso, procure um médico.