sexta-feira, 19 de julho de 2013

Quando a cirurgia ocular é necessária

Publicada na edição de 19 a 25 de julho de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.



Usar óculos ou lentes de contato é um incômodo? Saiba se a sua doença ocular é passível de cirurgia

Quem usa, sabe. Óculos podem causar desconforto, principalmente ao praticar esportes e atividades físicas, e são inconvenientes para muitas pessoas quando o assunto é a estética. Como alternativa a eles há as famosas lentes de contato, que não interferem no visual, mas exigem maiores cuidados. Frágeis, as lentes não são toleradas por muitas pessoas, pois é necessário manuseá-las diretamente nos olhos. Além disso, o seu custo pode ser alto.
Quem sofre com doenças oculares enxerga a cirurgia como uma excelente alternativa, que possibilita a visão perfeita sem o uso de óculos ou lentes. Mas qualquer pessoa pode se submeter? Há garantia de bons resultados? Conheça o parecer do oftalmologista Dr. Ronaldo Boaventura.

Cirurgias a laser
Atualmente a maioria das cirurgias oculares é realizada com lasers, possibilitando um procedimento rápido e indolor. Os efeitos da cirurgia são permanentes, mas os olhos podem mudar com passar do tempo. Por isso o paciente é submetido a uma série de exames e análises que indicam a probabilidade do problema voltar a acontecer. Após a cirurgia é possível sentir desconforto e os olhos lacrimejando por algumas horas, mas o resultado é imediato.

Requisitos
As principais condições para realização da cirurgia são: idade mínima de 19 anos, estabilidade do grau em um intervalo mínimo de um ano, espessura adequada da córnea e lubrificação nos olhos. “Não bastam o desejo de realizar a cirurgia e um grau estável. O oftalmologista precisa fazer uma avaliação cuidadosa”, esclarece Dr. Ronaldo.
A miopia, o astigmatismo e a hipermetropia são condições que podem ser corrigidas, além da cirurgia, pelo uso de óculos ou lentes de contato. Se optar por cirurgia, o astigmatismo geralmente é corrigido junto com a miopia.

Procedimento
“O paciente deita em uma maca e o aparelho, parecido com um microscópio, é posicionado acima do olho que será operado. O procedimento só se inicia após a aplicação dos colírios anestésicos e antibióticos”, explica o oftalmologista. “A cirurgia pode ser feita de duas formas: levantando a córnea e aplicando o laser ou removendo parte da córnea e então aplicando o laser”, esclarece Dr. Ronaldo.
Após a cirurgia as chances de a pessoa voltar a desenvolver o problema são pequenas. “Uma má cicatrização ou o desenvolvimento de doenças associadas à visão podem prejudicar o resultado da cirurgia e devem ser investigadas pelo oftalmologista. Mas graças à tecnologia dos equipamentos para diagnósticos e às novas gerações de laser esse risco tem diminuído”, afirma o oftalmologista.

Presbiopia
Também conhecida como "vista cansada", a presbiopia surge conforme o envelhecimento. Antes de realizar a cirurgia é preciso tempo para avaliar a estabilidade e a qualidade da visão. “Os métodos dessas cirurgias são recentes e não tem a mesma precisão das outras”, adverte Dr. Ronaldo. Isso porque a pessoa continua envelhecendo e pode precisar de uma nova intervenção.
“É preciso pensar nos reflexos da cirurgia caso a pessoa desenvolva catarata no futuro”, observa o oftalmologista. Caso precise de uma intervenção cirúrgica para remover a catarata o paciente pode encontrar dificuldades, considerando que a sua córnea já foi alterada pelo laser.

Estrabismo
“Alguns tipos de estrabismo podem melhorar com uso de óculos ou lentes, outros não. Para a grande maioria é indicada a correção com cirurgia, que por precisar de anestesia geral, geralmente é realizada em hospitais”, explica o Dr. Ronaldo.
Considerando que o estrabismo é o desvio de um dos olhos (para dentro, para fora ou um pouco para cima ou para baixo) a cirurgia é feita na intenção de fortalecer os músculos que movimentam o globo ocular. Segundo o especialista o procedimento pode ser realizado em um ou nos dois olhos e as chances de a pessoa voltar a desenvolver o problema são pequenas.





Fuja das compras desnecessárias

Publicada na edição de 19 a 25 de julho de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.


Ter consciência sobre a sua situação financeira é a melhor saída para não consumir por impulso

Vivemos em uma sociedade que associa ao consumo o conceito de felicidade. Propagandas vendem produtos supérfluos como se fossem a solução de todos os problemas, o que faz com que os consumidores imponham cada vez menos limites aos seus próprios impulsos. Ao se sentirem tristes e desanimados muitos recorrem ao consumo impulsivo para dar uma “levantada no astral”. Afinal, comprar um sapato novo é o caminho para a felicidade?

Assuma o controle
“Compras compulsivas são causadas por uma forte ansiedade que só é aliviada quando há o consumo, uma vez que a pessoa não consegue controlar o desejo. A compra trás alívio, mas depois surge o remorso e a decepção diante da falta de comprometimento financeiro. Comprar por impulso ou carência, e não pela necessidade, pode gerar um endividamento”, observa Bruna Almeida, consultora financeira.
O especialista e planejador financeiro Augusto Saboia acredita que as pessoas devem valorizar o seu próprio dinheiro e se preocupar menos com as aparências. “Ninguém vai achar que você está “bem de vida” por causa de uma bolsa ou de uma roupa nova sendo que a sua condução é um ônibus lotado”, exemplifica.

Adulto ou criança?
“Se o dinheiro para compras supérfluas estiver previsto no orçamento, em outras palavras, se no mês estiver sobrando grana, compre o que quiser. Mas se o dinheiro virá do limite da conta ou do cartão de crédito, pare e pense”, indica Sabóia. Em casos como esses vale a pena se envolver em dívidas? Por que não esperar, reservar um dinheiro e comprar com consciência?
“Vejo atitudes como essas como a infantilização do consumo, em que um adulto passa a se comportar como uma criança na loja. O descontrole é tanto que só falta deitar no chão e chorar. Pra mim alguém que diz que não consegue resistir às tentações precisa amadurecer, parar de se sabotar e resolver os seus próprios problemas. Assumir o controle da situação torna a vida melhor”, diz o planejador financeiro.

Conheça dicas
“As pessoas precisam aprender que lojista não é psicólogo. Quando estiver fora de si não vá ao shopping. Se for, assista a um filme no cinema. Se mesmo assim a vontade de consumir não passar, coma um doce e volte para casa”, brinca Augusto Saboia. A dica é válida, afinal se o consumo desenfreado virar um hábito é possível comprometer a saúde financeira pessoal e familiar. O mau uso e a falta de dinheiro são assuntos que causam stress nos relacionamentos.

“Se perceber que deseja fazer compras além do que o orçamento permite adie o consumo por alguns dias, deixe a consciência falar e observe a sua própria reação. Assim ficará claro se o produto é realmente necessário. Outra alternativa é controlar o orçamento e fazer cálculos sobre a sua situação financeira sempre que possível. Esse exercício ajuda a transformar o ato da compra em algo mais racional, baseado em critérios inteligentes, afastando o consumo impulsivo” finaliza Bruna Almeida.






segunda-feira, 15 de julho de 2013

Não pague mico neste inverno

Publicada na edição de 12 a 18 de julho de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.


O tempo frio pode ser um desafio. Afinal, é possível estar quentinha e bem vestida ao mesmo tempo?

Não há guarda-roupas que vença o frio. São necessárias tantas blusas, calças, sapatos fechados, meias e acessórios que há mulheres que largam mão e se vestem sem se preocupar com a estética, apenas com o conforto. “Muitas colocam roupas sobre roupas, sem nenhum senso critico, apenas com o objetivo de se aquecer” observa o consultor de moda Luis Araujo. Ele acredita que outro erro normalmente cometido no inverno é a combinação de duas ou mais estampas, completamente distintas, no mesmo look. Conheça os principais “micos fashions” e observe as dicas para fazer bonito neste inverno.

Acredite no frio
“É estranho ver uma pessoa usando roupas muito curtas ou decotadas enquanto as temperaturas estão baixas. Ela chama a atenção pelas razões erradas, fica desconfortável e ainda por cima passa frio”, afirma Olívia Midorikawa, consultora da Quinto Consultoria de Moda. Ela acredita que não há estilo que se mantenha sem conforto, portanto é importante respeitar a si mesma e se proteger do frio.

Excesso de volume
Usar muitas peças faz com que a pessoa aparente ser maior do que realmente é, além de limitar seus movimentos. “Sobreposições são ótimas porque criam um efeito de camadas, e a pessoa vai retirando peças durante o dia, coforme a mudança do tempo. É um efeito cheio de estilo e bonito, desde que seja usado sem exageros. Pode ser um suéter por cima de uma camisa, um colete sobre uma camiseta e até uma jaqueta sobre uma blusa com touca. A segunda pele também é um ótimo recurso para proteger do frio”, indica Olívia, que acredita que as pessoas devam investir em peças de qualidade, que realmente protejam do frio.
O consultor Luis Araujo é favorável ao uso de peças com microfibras. “Essa tecnologia, instalada em casacos e blusas, faz com que as pessoas eliminem peças. Roupas assim estão a preços acessíveis e muitas inclusive são impermeáveis, o que ajuda nos dias de chuva”, diz.

Não exagere no preto
“Sabemos que é mais fácil investir na cor. Mas, no inverno, podem-se usar também cores mais fechadas, como o verde esmeralda, o vermelho bordô ou um laranja queimado. O branco também é muito bem-vindo. Se as cores não forem usadas nas roupas, podem aparecer nos acessórios como bolsas, sapatos e lenços”, dá a dica a consultora Olívia Midorikawa.

Inadequado
Olívia considera um erro fashion comum no inverno o uso de tênis de academia. “Essa dica vale para o ano todo: tênis para fazer exercícios devem ser usados apenas na academia. No dia-a-dia troque por botas, sapatos fechados ou calçados esportivos mais “arrumados””. A consultora também considera negativo o uso de shorts jeans com meia-calça, considerando que o jeans é um tecido despojado. “Prefira shorts de couro ou de alfaiataria”, indica a consultora.

Não tem erro
A dica do consultor de moda Luis Araujo é que, no inverno, se componham visuais completos com no máximo duas cores. “Prefira looks em cores neutras, como crus, beges, pretos, cinzas e caquis, e combine com no máximo uma cor forte, seja ela quente, como o vermelho ou o laranja, ou fria, como o azul ou verde”, explica Luis.
Em relação às peças coringas, que podem ser utilizadas em todos os invernos, a dica é investir em “um bom casaco de lã, um cardigan de tricô ou linha, um belo suéter, uma pashmina colorida e uma jaqueta de couro”, indica a consultora Olívia Midorikawa.




Vantagens e desvantagens do banco de couro

Publicada na edição de 12 a 18 de julho de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.


Na dúvida em qual é o melhor revestimento para os seus bancos? Conheça as características do couro

O revestimento dos bancos é o item que mais chama a atenção quando se observa o acabamento interno dos veículos. Há quem diga que os carros de luxo têm bancos de couro e os carros populares, não. Essa regra não é válida, principalmente se considerarmos que muitos carros de luxo têm bancos revestidos por tecidos e diversos modelos populares podem vir com bancos de couro direto da fábrica, se assim o cliente preferir. Conheça algumas das vantagens e desvantagens em utilizar o tecido, que adiciona sofisticação a qualquer automóvel, como revestimento dos seus bancos.

Vantagens
Ele não acumula poeira como outros tecidos e não mancha com facilidade, pois é um material impermeável. “O revestimento em couro é muito indicado para quem tem crianças, por ser fácil de limpar e não acumular muita sujeira, incluindo micro organismos que são nocivos à saúde. O suor dos passageiros, a poluição do ambiente e as bactérias não passam para a espuma dos bancos, o que evita a proliferação de odores desagradáveis”, afirma Ana Cristina, gerente de vendas de uma tapeçaria especializada em bancos de couro.
Nos dias mais quentes o couro aumenta o aproveitamento do ar condicionado, por se resfriar rapidamente e se manter fresco por mais tempo. Sua durabilidade é bem maior que a do tecido. Devido à sua textura e consistência forte, o couro não estraga tão facilmente. Ana Cristina alega que, se conservado adequadamente, o material pode ser usado por mais de dez anos.
Além das facilidades no dia a dia, na hora de vender o automóvel os bancos de couro tendem a valorizar o preço de negociação.

Desvantagens
Se você e sua família buscam por aconchego nos dias frios, o couro pode não ser o tecido ideal.  Muitas vezes ele passa a impressão de estar “gelado”, se tornando não muito confortável. É um tecido que pode grudar na pele quando há o contato direto por muito tempo, algo que pode ser incômodo quando um passageiro quiser dar uma cochilada em uma viagem longa, por exemplo.
O couro exige hidratação periódica, pois a utilização constante e a exposição à luz solar o faz ressecar e possivelmente rasgar. “Além da hidratação a limpeza deve ser realizada frequentemente, com um pano umedecido em água e sabão neutro”, dá a dica Adriano Monteiro, de outra empresa especializada. Caso seja necessário consertar ou trocar o revestimento dos bancos de couro, os gastos podem ser altos.

Banco de tecido
Mais populares, se precisarem de manutenção e reparos, os bancos de tecidos exigirão gastos menores do que os de couro. No calor, se aquecem menos e nos dias frios acabam sendo mais aconchegantes. Dispensam hidratação, mas, assim como os bancos de couro, precisam de limpeza periódica para a remoção de poeira e outras sujeiras – algo que acumulam com mais facilidade. Além de correr o constante risco de manchar (com comida, bebida, tinta de caneta e etc.) o tecido propicia o surgimento de maus odores.

É aconselhável que o motorista escolha o tipo de revestimento de acordo com o seu gosto, necessidade e estilo de vida, sem esquecer, é claro, do bolso.





sexta-feira, 5 de julho de 2013

Cartão de crédito: use com consciência

Publicada na edição de 5 a 11 de julho de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.



Ao consumir é importante se preocupar com as parcelas, os juros e as taxas as quais você se submete

Os benefícios são muitos: parcelamento das compras, longo prazo para pagar a primeira parcela, financiamento da dívida e facilidades para adquirir produtos e serviços. “A ideia é que o consumidor possa comprar mesmo sem ter dinheiro, e que o lojista possa vender fiado sem se preocupar”, explica o planejador financeiro Augusto Sabóia, que acredita que o cartão de crédito é uma das melhores invenções para a sociedade moderna. “É um excelente instrumento, facilita o comércio mundial e viabiliza sonhos, mas deve ser utilizado com responsabilidade”, diz.

Assuma o controle
Sempre que comprar guarde os comprovantes e os some para evitar surpresas quando a fatura chegar. Não se esqueça de incluir nessa soma os valores que estão parcelados. Augusto Sabóia acredita que, para cada consumidor, um cartão de crédito é o suficiente. “Se você precisar ter mais de um, por que o outro já foi totalmente utilizado, é o momento de parar e refazer as contas sobre a sua situação financeira”, indica o especialista.
Isso sem contar que ao utilizar um, dois ou três cartões o consumidor se submete a tarifas cobradas pelos bancos e pelas bandeiras (Visa, Mastercard etc.), que arrecadam dinheiro, entre outras coisas, para disponibilizar o limite de crédito e possibilitar que o cliente realize as suas compras nos estabelecimentos credenciados.

Seja cauteloso
Sabóia acredita que o risco do consumidor incorporar o saldo do cartão de crédito à sua própria renda é grande, assim como pode acontecer com o cheque especial, o famoso “limite” da conta. “Usar completamente o crédito que tem para comprar mais do que pode é como usar o dinheiro de agiotas para causas fúteis”, alega o planejador.
Leonardo Gonçalves, consultor da CF Brasil, acredita que o brasileiro é preso ao círculo vicioso de comprar, se endividar e pagar juros no cartão de crédito por conta dos diversos estímulos ao consumo imediato que sofre.

Cuidado com o mínimo
Se perceber que não conseguirá pagar as dívidas que fez no cartão é aconselhável entrar em contato com o banco ou com a operadora e renegociar a dívida, considerando que os juros nesse caso são menores do que se forem efetuados constantes pagamentos no valor mínimo.
“Se por meses seguidos o cliente pagar apenas o valor mínimo, sugerido na fatura, os juros incidirão de tal maneira que chegará um momento em que ele pagará apenas pelos juros, enquanto a dívida continuará a existir”, explica o gerente bancário, Robson Barros.

Estou me endividando
“Assim como uma bola de neve, as dívidas só vão aumentando”, explica Leonardo Gonçalves. “Pare, refaça o seu orçamento e, se possível, não utilize mais o cartão até se organizar financeiramente. Sei que isso é algo difícil de ser feito, mas é o único caminho seguro”, afirma o consultor.
Despesas que não sejam relacionadas à moradia, alimentação, saúde, educação e transporte podem ser consideradas supérfluas. “Se perceber que passou dos limites volte para dentro do seu salário”, finaliza Augusto Sabóia.

Legenda: Pagar a fatura em dia é cuidado imprescindível, considerando que a taxa de juros é uma das mais altas do mercado.







Longe dos sentimentos negativos

Publicada na edição de 28 de junho a 4 de julho de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.



Deixe de lado a raiva, a tristeza, a vergonha e a culpa. Essas emoções podem afetar o seu bem estar e a sua saúde

Ter sentimentos negativos é normal, mas senti-los o tempo todo pode causar transtornos de ansiedade e até mesmo depressão. Por isso a Dra. Juliana Fazolaro, psicóloga do Hospital São Camilo, indica que se tenha tempo para o lazer, hábitos saudáveis, cuidados com a mente e com o corpo, bons relacionamentos, balanço entre vida pessoal e profissional e cuidados com a saúde espiritual. “A dica é investir na qualidade das atividades cotidianas. Não adianta ignorar o problema porque na maioria das vezes ele está dentro de nós”, diz a psicóloga. Conheça dicas saudáveis para se afastar dos sentimentos negativos.

Faça um balanço
Tenha em mente que o seu problema pode ser resolvido e reflita sobre as mudanças que você deve fazer na sua vida para o seu próprio bem. “Pense naquele alguém que você deseja tanto encontrar, mas o orgulho não deixa, reflita se vale a pena continuar em um trabalho ou em um relacionamento que já não te deixa tão feliz quanto antes e faça ligações telefônicas para as pessoas que você ama e que não tem contato há muito tempo. Estes são exercícios que ninguém fará por você”, afirma a psicóloga.

Adote um pet
Ter um animal de estimação, como cachorros, gatos, passarinhos ou peixes pode trazer muitos benefícios. “A relação com os animais tem se mostrado, durante toda a evolução humana, fonte de afeto, prazer, relaxamento e responsabilidade. Escovar o pelo do seu gato, alimentar a sua ave ou sair para passear com o seu cão pode ser um ‘sedativo’ natural, além de fazer com que você se sinta amado”, explica a Dra. Juliana Fazolaro.

Querida natureza
Caso você se sinta constantemente cansado, triste ou desanimado a natureza pode ser um refúgio e uma fonte de renovação de energias. A psicóloga acredita que se envolver com a terra, animais e plantas é algo que acalma e tranquiliza. “Cuidar de um jardim, montar uma pequena horta em casa ou passar uma tarde no parque são atitudes revigorantes que despertam a sensação de bem-estar e esperança”, diz a Dra. Juliana. Indo com os amigos e família ao parque não se esqueça de praticar brincadeiras e esportes, pois gastar energias também é fundamental.

Se exponha ao Sol
A ciência esclarece que a exposição à luz solar pode liberar no corpo vitaminas que ajudam a diminuir a sensação de tristeza. “Quando estamos expostos à luminosidade o cérebro reduz ou interrompe a produção de um hormônio conhecido como melatonina, que proporciona cansaço e sonolência. Por isso sentimos indisposição nos dias de inverno, quando o Sol fica atrás das nuvens”, revela a psicóloga. Privar-se da luz solar pode gerar alterações de comportamento e até o desenvolvimento de transtornos de humor. “Mas se a sensação de preguiça persistir, cuidado. Ela pode ser um sintoma de início de depressão”, alerta a Dra. Juliana.

Maus momentos
A lembrança da perda de um ente querido pode provocar tristezas profundas, principalmente em datas comemorativas, como o aniversário, dia das mães, dia dos pais, etc. Nesses períodos relembre os bons momentos vividos com o ente querido e celebre tudo o que passaram juntos. A psicóloga indica que é necessário cultivar as relações de afeto com as pessoas que estão à volta. “Transmitir e receber carinho, conversar, rir de piada sem graça e dar um ‘abraço de urso’ em quem gostamos são coisas pequenas e fundamentais”, explica a Dra. Juliana.

Sempre alerta
Passar por altos e baixos é normal. Mas a psicóloga indica que é preciso estar atento a sintomas como falta de ânimo para qualquer atividade, sentimentos de desvalorização da vida, falta de energia e sensação de culpa, pois esses são indícios de depressão. “O mesmo acontece com a ansiedade, que deve ser dosada no dia-a-dia. Se perceber que está tendo palpitações, angústias, suor excessivo e/ou diarreia, sensações desagradáveis que impedem ou limitam as atividades do dia-a-dia, é hora de buscar ajuda”, indica a Dra. Juliana.

Na hora de comer...
“Sair para comer e beber ‘besteiras’ com amigos depois de um dia estressante de trabalho pode ser prazeroso pela interação social, pelo sabor da comida e pela relação desenvolvida com o alimento. Se permitir fazer isso de vez em quando é saudável”, pondera a nutricionista Mariangela Batista.
O que não é aconselhável é comer muito chocolate após uma briga com o namorado, por exemplo, considerando apenas o “alívio temporário” que isso lhe causa. É preciso ter consciência de que esse tipo de atitude não resolve o problema.
“Há alimentos que podem ajudar a relaxar e outros que podem dar ânimo em determinados momentos, mas se o consumo não fizer parte de uma alimentação saudável, certamente não haverá bons resultados. A alimentação interfere diretamente na saúde das pessoas, para o bem ou para o mal”, finaliza a nutricionista.





Deixando a carreira pelos filhos

Publicada na edição de 28 de junho a 4 de julho de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.



Qual mãe nunca desejou parar de trabalhar e ficar em casa com os filhos? Especialistas indicam que a atitude não é saudável

“Quando o Júlio nasceu eu e o meu marido passávamos por boa situação financeira, portanto não pensei duas vezes em sair do emprego e ficar em casa com ele”, conta Juliana Oliveira, mãe de Júlio, de 2 anos. Esse pode ser o desejo de muitas mulheres, mas o consultor profissional de carreiras, Laerte Leite, acredita que sair do mercado de trabalho pode ser uma atitude precipitada. “Considerando que atualmente é difícil conseguir um emprego, por conta de diversos fatores, um afastamento que dure mais de dois anos certamente irá gerar problemas para a mulher que deseje retornar ao mercado de trabalho” afirma o consultor.
A psicóloga clínica Dra. Carolina Torres acredita que a ação pode gerar tanto resultados negativos quanto positivos, dependendo da estrutura da família e dos anseios da mulher. “No geral, agindo assim a mãe se resguarda em um papel antiquado, voltado apenas ao cuidado das crianças, sem satisfação pessoal, sensação de utilidade ou projeto de vida”, diz a psicóloga.

O melhor a fazer
A Dra. Carolina acredita que a decisão depende da situação financeira da família, das ambições profissionais da mulher e do fato dela ter ou não pessoas dispostas a ajudá-la. “Se existir um vínculo de confiança com alguém que possa cuidar do seu filho, como um parente ou uma instituição escolar, não há motivos para que a mãe se prive de uma vida profissional satisfatória”, alega a psicóloga.
O consultor Laerte Leite entende que agindo dessa forma a mulher prejudica a sua carreira e dificulta o seu próprio retorno ao mercado de trabalho. “Mesmo exercendo os árduos papéis de dona de casa, mãe e esposa as mulheres não devem deixar de se realizar profissionalmente. Aconselho que, caso decida abandonar o emprego, continue realizando cursos e atividades profissionais em casa. O importante é não envelhecer profissional e culturalmente”, dá a dica Laerte.

Papel social
O papel da mulher mudou nas últimas décadas. Atualmente a sociedade incentiva que ela tenha além de um emprego, uma carreira de sucesso. “Está cada vez mais forte a ideia de que ela pode, e deve, construir uma carreira, ter independência financeira e se dedicar aos cuidados com a família ao mesmo tempo”, explica a psicóloga Carolina. “Isso é até injusto, mas é a realidade do mundo atual”, acrescenta o consultor Laerte Leite.
O IBOPE (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística) realizou uma pesquisa com mães brasileiras de todas as classes sociais, intitulada “Mães Contemporâneas”. Os resultados apontam que as mães que trabalham fora são mais atentas aos cuidados estéticos, que vão desde a forma física e uso de maquiagem até o preparo de refeições saudáveis. Dados indicam, inclusive, que as mães que trabalham fora saem mais de casa, frequentam shoppings, restaurantes, parques e teatros nas horas vagas.

Realização
“Senti saudades dos meus filhos, todos os dias, mas não me arrependi de continuar trabalhando. Só assim fui capaz de dar uma boa vida para eles. Atualmente sou uma mulher realizada profissionalmente, e isso não tem preço”, revela a autônoma Conceição da Silva, de 46 anos.
A pesquisa “Mães Contemporâneas” revelou que para a maioria das mulheres entrevistadas o seu emprego significa realização pessoal e independência, além de proporcionar o contato com pessoas diferentes.  
É possível que as mães que trabalham fora sintam, em algum momento, frustração por não estar com os filhos e a Dra. Carolina Torres considera esse um sentimento natural. “Para se sair bem na delicada organização da vida profissional e da vida pessoal a mulher precisa saber separar as coisas. Indico que continue trabalhando, pelo menos por meio período, ou que tenha algum projeto pessoal. Do contrário muito provavelmente se sentirá sufocada após anos de completa dedicação aos filhos”, explica a psicóloga.Qual mãe nunca desejou parar de trabalhar e ficar em casa com os filhos? Especialistas indicam que a atitude não é saudável

Rayane Santos

“Quando o Júlio nasceu eu e o meu marido passávamos por boa situação financeira, portanto não pensei duas vezes em sair do emprego e ficar em casa com ele”, conta Juliana Oliveira, mãe de Júlio, de 2 anos. Esse pode ser o desejo de muitas mulheres, mas o consultor profissional de carreiras, Laerte Leite, acredita que sair do mercado de trabalho pode ser uma atitude precipitada. “Considerando que atualmente é difícil conseguir um emprego, por conta de diversos fatores, um afastamento que dure mais de dois anos certamente irá gerar problemas para a mulher que deseje retornar ao mercado de trabalho” afirma o consultor.
A psicóloga clínica Dra. Carolina Torres acredita que a ação pode gerar tanto resultados negativos quanto positivos, dependendo da estrutura da família e dos anseios da mulher. “No geral, agindo assim a mãe se resguarda em um papel antiquado, voltado apenas ao cuidado das crianças, sem satisfação pessoal, sensação de utilidade ou projeto de vida”, diz a psicóloga.

O melhor a fazer
A Dra. Carolina acredita que a decisão depende da situação financeira da família, das ambições profissionais da mulher e do fato dela ter ou não pessoas dispostas a ajudá-la. “Se existir um vínculo de confiança com alguém que possa cuidar do seu filho, como um parente ou uma instituição escolar, não há motivos para que a mãe se prive de uma vida profissional satisfatória”, alega a psicóloga.
O consultor Laerte Leite entende que agindo dessa forma a mulher prejudica a sua carreira e dificulta o seu próprio retorno ao mercado de trabalho. “Mesmo exercendo os árduos papéis de dona de casa, mãe e esposa as mulheres não devem deixar de se realizar profissionalmente. Aconselho que, caso decida abandonar o emprego, continue realizando cursos e atividades profissionais em casa. O importante é não envelhecer profissional e culturalmente”, dá a dica Laerte.

Papel social
O papel da mulher mudou nas últimas décadas. Atualmente a sociedade incentiva que ela tenha além de um emprego, uma carreira de sucesso. “Está cada vez mais forte a ideia de que ela pode, e deve, construir uma carreira, ter independência financeira e se dedicar aos cuidados com a família ao mesmo tempo”, explica a psicóloga Carolina. “Isso é até injusto, mas é a realidade do mundo atual”, acrescenta o consultor Laerte Leite.
O IBOPE (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística) realizou uma pesquisa com mães brasileiras de todas as classes sociais, intitulada “Mães Contemporâneas”. Os resultados apontam que as mães que trabalham fora são mais atentas aos cuidados estéticos, que vão desde a forma física e uso de maquiagem até o preparo de refeições saudáveis. Dados indicam, inclusive, que as mães que trabalham fora saem mais de casa, frequentam shoppings, restaurantes, parques e teatros nas horas vagas.

Realização
“Senti saudades dos meus filhos, todos os dias, mas não me arrependi de continuar trabalhando. Só assim fui capaz de dar uma boa vida para eles. Atualmente sou uma mulher realizada profissionalmente, e isso não tem preço”, revela a autônoma Conceição da Silva, de 46 anos.
A pesquisa “Mães Contemporâneas” revelou que para a maioria das mulheres entrevistadas o seu emprego significa realização pessoal e independência, além de proporcionar o contato com pessoas diferentes.  
É possível que as mães que trabalham fora sintam, em algum momento, frustração por não estar com os filhos e a Dra. Carolina Torres considera esse um sentimento natural. “Para se sair bem na delicada organização da vida profissional e da vida pessoal a mulher precisa saber separar as coisas. Indico que continue trabalhando, pelo menos por meio período, ou que tenha algum projeto pessoal. Do contrário muito provavelmente se sentirá sufocada após anos de completa dedicação aos filhos”, explica a psicóloga.




Por que o brasileiro não guarda dinheiro?

Publicada na edição de 21 a 27 de junho de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.



Pesquisa aponta que mais da metade da população não cogita a possibilidade e desconhece as vantagens de poupar

69% dos brasileiros não guardam dinheiro, enquanto 52% não conhecem as vantagens financeiras de ter uma poupança, segundo dados da recente pesquisa encomendada ao Ibope pela Serasa Experian. “Os brasileiros têm dificuldade em poupar e se endividam com facilidade porque não há um sistema de ensino voltado à educação financeira dos jovens brasileiros. Crescemos familiarizados com o fato de que para conseguir as coisas precisamos nos envolver em prestações. Como resultado, há no Brasil um alto índice de endividamento pessoal”, avalia Bruna Almeida, consultora financeira da CF Brasil.

Prefiro consumir
A pesquisa realizada no primeiro trimestre deste ano com mais de duas mil pessoas em todos o país indicou que 35% dos entrevistados preferem gastar imediatamente do que guardar o dinheiro. “O brasileiro tem o perfil extremamente imediatista, sendo que para poupar é preciso economizar e fazer com que sobre dinheiro no futuro – e esse é uma visão que não agrada as pessoas. Por isso adiam o início da poupança eternamente”, afirma Bruna Almeida.
O consultor financeiro Gabriel Martins considera que o brasileiro sofre com os diversos incentivos ao consumo e se endivida cada vez mais. “O salário da maioria da população não é suficiente para pagar as contas, consumir e ainda por cima poupar no final do mês”, diz Gabriel.

Poupar pra quê?
52% dos entrevistados não sabiam ao certo quanto dinheiro teriam após investir R$100,00 em uma aplicação com rendimento de 2%. A dificuldade em fazer os cálculos pode ser uma das responsáveis pela falta de interesse nos investimentos. A maioria daqueles que responderam corretamente (R$ 102,00) tem curso superior e renda mensal acima de 10 salários mínimos.
O consultor Gabriel Martins explica que mesmo não estando familiarizado com os juros dos rendimentos o brasileiro paga diversos juros em suas compras cotidianas, “como se isso fosse a coisa mais normal do mundo”, diz.
Outro aspecto que inibe a poupança é o cada vez mais facilitado acesso aos financiamentos, como é possível observar no constante aumento de vendas de veículos e motos. “Se o crédito está abundante ninguém sente a necessidade de poupar, até porque a satisfação em sair da loja com o produto em mãos faz com que as pessoas se esqueçam da ‘dor’ do endividamento", avalia Bruna Almeida.

Saiba economizar
38% dos entrevistados na pesquisa alegam que conseguir um desconto no pagamento à vista não faz parte dos seus planos. Mesmo não tendo dinheiro sobrando, o brasileiro não se preocupa em pagar mais do que pode para as lojas e financiadoras.
“A ansiedade é um problema que afeta grande parte da população. A maioria das pessoas prefere viver a vida intensamente, gastando tudo hoje, pois acreditam que amanhã poderão não estar vivos para aproveitar a vida. Por isso pagam preços altos e toleram juros”, explica Gabriel Martins.

Seja cauteloso
“A poupança pode ser feita por vários motivos, sendo o principal deles ter uma reserva para usar em momentos de necessidade, como na perda do emprego ou quando precisar de um tratamento de saúde. No entanto, há pessoas que guardam dinheiro para um objetivo específico, como comprar a casa própria, viajar no final do ano, financiar os estudos dos filhos, desfrutar do dinheiro quando se aposentar etc.”, explica o consultor financeiro Gabriel Martins.
Um bom motivo para se preocupar e começar a poupar é o fato de que as pessoas valem cada vez menos para o mercado de trabalho, pois o valor do profissional diminuiu com o passar do tempo.
“Enquanto você investe na sua formação é perceptível que o salário cresce proporcionalmente, mas ao chegar à faixa dos 40 anos fica um pouco mais difícil acompanhar a evolução das coisas e o salário acaba se estagnando. É preciso estar preparado, considerando que neste ponto você terá uma família para sustentar”, observa Bruna Almeida.

Comece agora
Motivos para poupar não faltam. Especialistas aconselham que guardar dinheiro seja considerada uma obrigação mensal e veem a poupança como o local mais indicado. “O mais importante é estabelecer um objetivo para o dinheiro economizado. Isso manterá o seu entusiasmo ao ver o progresso e perceber que a cada mês se aproxima do seu objetivo. A economia é feita nos detalhes, nas pequenas coisas do dia-a-dia que somadas podem fazer a diferença no final do mês”, finaliza Bruna.