sexta-feira, 16 de agosto de 2013

A importância do aleitamento materno

Publicada na edição de 9 a 15 de agosto de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.


Mulheres deixam de amamentar por acreditarem que outros alimentos possam ser mais nutritivos ao seu bebê

Nos primeiros meses de vida do bebê a mãe se preocupa em garantir a melhor alimentação que ele pode ter. Boas mamadas, em intervalos de tempos programados, garantem a sensação de que a criança está sendo bem alimentada. Mas, na medida em que o bebê vai crescendo, surge o medo de que o leite materno não seja o suficiente para garantir o seu sustento por completo.
A falta de informações sobre a importância do aleitamento materno é uma realidade comum em hospitais públicos e particulares. Atualmente, apenas 38% das crianças no mundo se alimentam exclusivamente de leite materno nos seis primeiros meses de vida, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde. A intenção é que até 2025 esse número chegue a, pelo menos, 50%.

Benefícios do leite materno
Segundo o Ministério da Saúde qualquer criança pode, e deve, se alimentar apenas do leite materno nos seus seis primeiros meses de vida, não precisando comer ou beber mais nada - nem mesmo água ou chás, pois nele há tudo que o bebê necessita para estar nutrido, crescer e se desenvolver com saúde. O leite materno é o único alimento que fornece nutrientes importantes para o desenvolvimento cerebral, que combatem infecções, protegem a criança contra bactérias e vírus e evitam diarreias. Ainda segundo o Ministério da Saúde, o recém-nascido alimentado apenas com o leite materno tende a ser recuperar de doenças com mais facilidade.

Não diversifique a dieta
Por acreditar que outros alimentos são mais práticos, nutritivos e benéficos para o bebê, muitas mães passam a dar leites industrializados, mingaus, cereais e papinhas industrializadas – itens considerados calóricos e que podem induzir o desenvolvimento de diabetes, alergias e obesidade infantil. A Organização Mundial da Saúde aconselha que apenas depois de passados os seis primeiros meses de vida sejam inseridos na alimentação da criança papinhas de frutas e de legumes – sem necessariamente interromper a amamentação, que pode ser continuada até os dois anos de idade. “O bebê que mama no peito desenvolve melhor o rosto, a boca, a mordida e principalmente o sistema respiratório”, afirma o pediatra Marcus Renato, especialista em aleitamento materno.

Fortalecendo o vínculo
“Crianças pequenas precisam e sentem prazer em sugar, pois estão na fase oral. O contato com a pele da mãe e o mamar no peito são tranquilizantes e extremamente benéficos ao bebê”, explica Marcus Renato, que é contra o incentivo ao uso da mamadeira antes dos seis meses de idade.
“Usar a mamadeira faz com que o bebê desaprenda a mamar no peito, o que diminui a produção de leite. Esqueça a história de que se tomar muita água, beber cerveja preta ou comer canjica produzirá mais leite, pois o que estimula a produção é a própria sucção do bebê. Tanto que boa parte do leite materno é produzida durante as mamadas”, esclarece o pediatra.

Benefícios à mulher
Além de fortalecer o vínculo entre a mãe e o bebê, a amamentação diminui os riscos de a mulher desenvolver anemia, osteoporose, doenças cardíacas, câncer de mama e de ovário, depressão e hemorragia pós-parto, além ser um ato prazeroso e que aumenta a autoestima. “Eu amava dar o “mamar” das minhas filhas. Eu me sentia essencial, como se ninguém pudesse dar a elas o que eu estava dando naquele momento: muito amor, carinho e um bom alimento”, lembra Mara Santos, mãe de duas meninas.




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