Publicada
na edição de 16 a 22 de agosto de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da
FLC Comunicações Ltda.
Medo
de sentir dor e de ter o bebê em data inesperada faz com que muitas mulheres
nem cogitem a possibilidade
O tipo de parto é uma das principais
preocupações das futuras mamães, principalmente das de primeira viagem. A saúde
e o bem estar, da mulher e do bebê, são as maiores prioridades neste momento
tão especial, e um dos maiores
medos que habitam a cabeça da maioria das mamães é de sofrer a temida dor do
parto. Mas afinal, o parto normal se resume a dor? Conheça os benefícios do método mais
aconselhado pelos médicos e o parecer da ginecologista e obstetra Catia Chuba.
Evitando a prematuridade
“O principal benefício do parto normal
é o respeito ao tempo do bebê, pois ele é realizado apenas quando a criança
sinaliza que tem prontidão e maturidade para nascer”, afirma a médica. Falhas
nos cálculos sobre as semanas de vida do bebê são os principais motivos que
levam a indução de partos antes do tempo.
Caso nasça antes da 37ª semana de
gestação, é possível que alguns órgãos da criança não funcionem completamente. Rins,
pulmões, coração, intestino e o sistema imunológico são forçados a terminar de
se desenvolver fora do útero.
Benefícios
ao bebê
“Ao longo do trabalho de parto a
criança recebe do organismo da mãe um coquetel hormonal que facilita o
estabelecimento do vínculo afetivo, junto ao contato pele a pele. O bebê tende
a ser amamentada e acalmada imediatamente pela mãe após o nascimento e ambos permanecem
juntos o tempo todo. Além disso, a criança têm menores chances de desenvolver algum
desconforto respiratório, pois elimina o excesso das secreções pulmonares na
compressão torácica que recebe”, esclarece Cátia Chuba.
Benefícios
à mamãe
“Ao contrário da cesariana, o parto
normal não é uma cirurgia. É um evento fisiológico, que faz parte da vida
reprodutiva e sexual saudável de uma mulher. Passar por esta experiência gera realização,
segurança e confiança no próprio corpo e em sua capacidade como mãe e mulher”,
afirma Catia Chuba. Do ponto de visto físico, a mulher sofre menos riscos de passar
por acidentes anestésicos ou contrair infecções e inflamações e, segundo a
obstetra, “perde menos sangue e tem uma recuperação muito mais rápida, podendo voltar
logo às suas atividades”.
Ajuda
com a dor
Uma das maiores preocupações das mamães
é a dor que ela sentirá no momento do parto. Segundo a doutora Catia é possível
que a mulher receba uma anestesia leve, chamada analgesia, que elimina o
desconforto sem retirar a habilidade das pernas. “Além desse recurso, o ideal é
que toda mulher tenha nos hospitais acesso a soluções naturais que ajudem a aliviar
a dor, como massagens, liberdade de posição, o uso de água morna - seja em um chuveiro
ou em uma banheira, garantindo conforto e relaxamento - e a presença de alguém
de confiança, que gere suporte e encorajamento”, afirma a médica.
Dificuldades
O medo de muitas mães é de que, por não
ter dada marcada para o parto, possa passar por dificuldades até chegar ao
hospital. A indicação da obstetra é que, neste caso, a mulher esteja, na medida
do possível, preparada para o imprevisto. “Trabalho de parto, salvo raras
exceções, é um processo que costuma demorar entre 12 e 18 horas, então dá tempo
de sair de casa no início da fase ativa e chegar ao hospital com tranquilidade,
mesmo numa cidade como a nossa”, pondera Catia.
Intervenção
médica
Caso a mulher não apresente contrações
e níveis de dilatação adequados, é comum que o médico realize um corte em um
dos lados da vagina, método conhecido como episiotomia. “É um procedimento
realizado apenas quando necessário, e mesmo com ele a recuperação da mulher é
muito mais rápida do que se passasse por uma cirurgia complexa como a
cesariana”, explica a doutora Catia. Além da episiotomia, é possível que o
médico utilize o fórceps ou o vácuo-extrator para ajudar a retirar o bebê. Converse
com o seu obstetra sobre a necessidade e os riscos dessas intervenções.
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