Publicada na edição de 26 de julho a 1 de
agosto de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.
Homens sentem receio em admitir o problema e procurar
ajuda médica. Conheça as principais formas de tratamento
Para muitos homens, falar sobre
impotência é bem delicado. Tão delicado que o assunto acaba se transformando em
piada, para aliviar o clima. Porém, que já sofreu com isso sabe as implicações
para toda a vida, e quem não sofreu, tem medo de encarar. Mas não tem mistério.
A solução para o problema depende do tratamento adequado àquilo que o causa,
por isso é muito importante consultar um médico e ser sincero no atendimento. “Infelizmente
alguns homens chegam a sofrer, em silêncio, por até quatro anos antes de
procurar ajuda médica. A maioria sente constrangimento em compartilhar uma
intimidade tão grande com uma pessoa estranha”, afirma o urologista Eduardo
Bertero.
A impotência sexual está relacionada à
ejaculação precoce, falta de desejo, distanciamento do orgasmo e,
principalmente, ao fato de o homem não atingir uma ereção satisfatória para o
ato sexual - problema também conhecido como disfunção erétil. Comportamentos como
esses são normais, desde que não sejam frequentes. As principais causas são emocionais,
físicas e hormonais.
Primeiro
passo
“Ainda existe um tabu muito grande em
relação à procura por ajuda profissional. Seja por falta de conhecimento, por ter
passado por experiências sexuais traumáticas ou por distúrbios no
relacionamento familiar, a maioria dos homens não busca ajuda”, explica o
urologista Charles Rosenblatt.
Quanto antes o problema for tratado,
antes será resolvido e por menos traumas o homem e a parceira precisarão passar.
De
olho nos hormônios
Assim como as mulheres envelhecem e
passam pela menopausa, os homens passam por um distúrbio androgênico que
implica na redução da produção de testosterona, hormônio importante para a
função sexual. “Para descobrir se essa é a causa da impotência masculina são
realizados exames e providenciados tratamentos para repor o equilíbrio
hormonal”, afirma o médico Rosenblatt.
Anatomia
Algo que pode levar à disfunção erétil
é o formato do pênis. “Caso haja uma curvatura que impossibilite a penetração pode
ser necessária uma cirurgia corretiva ou a colocação de uma prótese peniana de
silicone, o que gera excelentes resultados” explica o especialista Eduardo
Bertero.
Circulação
sanguínea
Considerando que a ereção é resultado de
intenso fluxo sanguíneo no pênis, a má circulação, decorrente de alguma doença
ou lesão nos vasos, pode causar impotência. “O homem que vai ao cardiologista e
toma remédios que dilatam as veias não pode se automedicar em relação à
impotência sexual. É preciso tomar extremo cuidado, pois neste caso há risco de
vida”, alerta o urologista Charles Rosenblatt.
Em casos como esse, o médico indica e
ensina o paciente a usar medicamentos injetáveis diretamente no órgão sexual, o
que gera respostas imediatas.
Causa
emocional
“Levamos um estilo de vida muito competitivo.
A sociedade cobra cada vez mais das pessoas, que lutam consigo mesmas em busca de
autorrealização. A ansiedade e a culpa influenciam na autoestima e tudo isso gera
um stress muito grande, o que leva os homens à ejaculação precoce e disfunção
erétil”, explica o médico Rosenblatt. Problemas emocionais são a causa mais
comum de impotência, sendo o tratamento mais indicado sessões com um psicoterapeuta
sexual.
Remédios
“Quando houve a popularização desse
tipo de medicamento, os homens passaram a ver uma luz no fim do túnel, ficaram
curiosos e procuraram a automedicação. Ir à farmácia é algo que exige menos frustração
do que conversar com um médico. E como na grande maioria das vezes a causa do
problema é emocional o indivíduo tende a se beneficiar com o uso do medicamento.
Ele se torna ativo, mais confiante e retoma a autoestima, fazendo com que o problema
naturalmente se resolva”, indica Charles Rosenblatt. No entanto, não existe
mágica. Se você continuar passando por isso, procure um médico.
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