Publicada na edição de 3 a 9
de maio de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.
Eles dão asas à imaginação,
surpreendem e emocionam: fazem chorar, rir e refletir. E aí, qual é o seu?
"Os
filmes têm uma capacidade terapêutica muito grande. Eles geram reflexões sobre as
nossas vidas e sobre questões que muitas vezes não percebemos, até porque olhar
para dentro de nós não é uma coisa muito fácil”, conta a psicóloga Juliana
Alcines. Conheça histórias de pessoas que assistiram a filmes que mudaram as
suas vidas.
Mudança radical
Após
assistir ao filme ‘Comer, Rezar, Amar’ a jovem Milena Nunes pediu demissão da
empresa em que trabalhava para ser fisioterapeuta. “Eu me identifiquei com a
personagem principal, que tinha uma casa própria, um bom emprego e um
relacionamento tranquilo, mas percebeu que mesmo tendo tudo não estava feliz”.
Assim
como a personagem principal, Milena se afastou de sua rotina, saiu da empresa e
viajou por um mês. Quando voltou, abriu o seu consultório de fisioterapia. O que aprendeu com o
filme vai levar para a vida toda. “Devemos seguir os nossos sonhos e ir à busca
da felicidade, do autoconhecimento e, consequentemente, da paz interior. Devemos
pensar todos os dias: vale a pena fazer o que eu estou fazendo?”, conta a jovem.
Fazendo o bem às pessoas
O
filme ‘Patch Adams, O Amor é Contagioso’, que conta a história de um médico que
alegra crianças em fase terminal de câncer, sensibilizou a bancária Rosi
Praxedes. A força do amor ao próximo e a vontade de proporcionar felicidade às
pessoas, nem que seja momentaneamente, são princípios que ela nunca vai
esquecer.
“O
filme me emocionou muito e me fez refletir sobre como eu posso ajudar e alegrar
a vida de alguém. Há muitas oportunidades no dia a dia. Eu tento ser útil às pessoas
e ajudá-las em tudo que posso, tratando sempre como eu gostaria de ser tratada:
com respeito e amor”.
Reflexão de vida
O professor Roberto Soares assistiu ao filme ‘Direito
de Amar’ e se sensibilizou fortemente com a história de George Falconer que, assim
como ele, é homossexual. Na trama, ele sofre com a morte repentina de seu
companheiro, com o qual esteve junto por 16 anos.
“A cena em que George é informado sobre a
morte de seu parceiro por telefone, por uma pessoa que ele nem conhecia, pedindo
para não comparecer ao velório por que seria uma cerimônia para os familiares, acabou
comigo. Eu me senti no lugar dele e chorei muito”, conta Roberto.
“Vi no filme a minha relação com o meu parceiro
e refleti quanto à aceitação da família. Tive medo de perdê-lo, depois de uma
vida juntos, mais de vinte anos de relacionamento, e não ter o direito de dar
adeus. A partir de então procurei ficar mais próximo da família dele, mesmo com
todas as dificuldades”.
De olho na carreira
O filme ‘O diabo veste Prada’ causou
reflexões a pedagoga Angélica Nascimento. “Ele conta a história de
uma garota muito esforçada e cheia de sonhos, que passa por dificuldades e
humilhações para conseguir trabalhar na empresa em que sempre sonhou. Ela é
testada em todos os momentos, por sua chefe e por seus colegas de trabalho, mas
não desiste de se tornar uma boa profissional sem precisar passar por cima dos
seus valores. Com o filme aprendi que as conquistas da vida pessoal e
profissional caminham juntas e passei a olhar as coisas que acontecem nas
empresas com outros olhos”.
Aprendendo com a guerra
“Eu
gosto muito dos filmes que me colocam pra pensar em questões instigantes, que
me levam a reavaliar valores e conceitos. ‘O Menino do Pijama Listrado’ me
emocionou bastante, é triste e ao mesmo tempo fascinante”, conta o publicitário
Gabriel Conforte.
Sob a visão inocente de duas crianças alemãs,
uma de ascendência judia e outra da raça “ariana”, o filme mostra como a
Segunda Guerra Mundial pôde ser cruel. “Ele retrata as consequências trágicas
do nazismo através da inocência das crianças, que não compreendem por que vivem
separadas. Elas querem, simplesmente, se conhecer e brincar. O filme gera
reflexões sobre as nossas ações, em sociedade e em família. É excelente”,
indica Gabriel.
Iluminando a infância
A
pequena Eduarda Praxedes, de 8 anos, gosta muito de assistir a filmes e a psicóloga
incentiva esse ato. “Os filmes trazem conteúdos e turbulências com os quais as
crianças se identificam, na maioria das vezes, de uma forma muito saudável.
Eles auxiliam no seu desenvolvimento".
‘Cartas
para Deus’ é um filme baseado em fatos reais, que conta a história de fé de um
garoto que tem câncer e, inocentemente, escreve cartas com orações endereçadas
a Deus. O carteiro, que não sabe o que fazer com as correspondências, acaba
lendo e elas modificam a sua vida.
Eduarda
assistiu ao filme e nunca mais se esqueceu da mensagem. “Deus faz milagres
pelas cartas que o menino escreve e ele é da minha idade. Outras pessoas também
podem conhecer a Deus”, conta a garota.
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