Publicada
na edição de 24 a 30 de maio de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC
Comunicações Ltda.
Reconhecer
o melhor tipo de fundo para guardar essa quantia depende do seu objetivo e do
seu perfil
Se a escolha é investir R$ 100,00
mensais, trouxemos as opções de fundos mais adequados para você. Mas antes é
preciso conhecer os seus objetivos e o seu perfil: você é conservador, moderado
ou agressivo?
Não
há o perfil “certo”
O consultor financeiro Gabriel Martins explica
que não existe perfil mais adequado de investidor. “Cada pessoa é de um jeito e
tem os seus interesses próprios, podendo inclusive ser classificadas num
momento como moderadas e noutros como agressivas ou conservadoras. O importante
é aplicar o dinheiro no tipo de investimento que lhe dê mais segurança,
rentabilidade e tranquilidade. Não adianta aplicar em ações e não conseguir
dormir preocupado, como também não adianta ser uma pessoa que gosta de arriscar
e ter um baixo rendimento na poupança”.
Bruna Almeida, membro da CF Brasil
Consultoria Financeira, explica que “o mercado apresenta grande variedade de
opções de investimentos, com maior ou menor rentabilidade e riscos. Identificar
cada um deles pode ajudar o investidor”.
Qual
resultado você busca?
O planejador financeiro familiar
Augusto Sabóia acredita que escolher o melhor fundo para investir o dinheiro é
como estabelecer uma estratégia para chegar ao resultado desejado. Se a
intenção é apenas guardar, um fundo conservador como a poupança gera o retorno esperado.
Agora se a intenção é fazer o dinheiro render, é preciso apostar em meios mais
agressivos. Quanto maior o risco, maior o retorno.
“Para iniciantes, acredito que investir
R$ 100,00 na poupança é uma boa escolha. Quando a pessoa juntar uma quantia
maior pode passar para outros tipos de investimentos com mais segurança”,
explica o planejador financeiro familiar, Augusto Sabóia.
Conservando
o capital
Se deseja ter uma reserva para
emergências, fazer uma viagem ou comprar algo daqui a alguns meses ou anos,
provavelmente você não vai querer correr o risco de perder nenhum centavo do
seu suado dinheirinho. Mesmo se não tiver estabelecido onde vai usar a grana no
futuro e quiser apenas poupar com tranquilidade, você pode ter nessa situação
um perfil conservador. No entanto é necessário ter em mente que investimentos desse
tipo geram pouco ou nenhum retorno financeiro além do investido.
“Os conservadores possuem baixa
tolerância a riscos. Para eles, é importante preservar o dinheiro e ter a
disponibilidade de sacar. Não suportam perder o valor investido”, explica Bruna
Almeida, membro da CF Brasil Consultoria Financeira. Colocar o dinheiro na poupança
ou em títulos públicos federais (também conhecido como tesouro direto) é a indicação
do consultor Gabriel Martins.
Agindo
com moderação
Segundo Bruna Almeida, o investidor
moderado é aquele que está disposto a correr riscos. Ele separa parte do seu
dinheiro em fundos mais seguros, para ter certeza de que o patrimônio estará
conservado e ao mesmo tempo permite que a outra parte seja “arriscada” em
fundos agressivos. “O moderado é aquele que mescla o seu dinheiro”, explica
Gabriel Martins.
Sendo
agressivo
Caso deseje que os seus R$ 100,00 se
multipliquem e gerem mais dinheiro a médio e longo prazo é interessante que
você invista em fundos mais arriscados, como a compra e venda de ações e
dólares, indicação dos especialistas. Neste momento é importante ter um pouco
de conhecimento sobre o mercado, afinal é do seu dinheiro que estamos falando.
Augusto Sabóia dá uma breve explicação
sobre a compra de ações: “Você pode comprar sozinho ou participar de um grupo
de investimentos. Procure ações de empresa que você acredita, por exemplo: você
bebe qual cerveja? Acredita que a marca vai ganhar dinheiro com Copa do Mundo e
com as Olimpíadas? Então compre ações dela. Você colocará o seu dinheiro nas
mãos da empresa, que vai investir em novas fábricas, propaganda, enfim, vai crescer.
Lá na frente, quando ela conseguir lucros, devolverá a sua parte e um pouco
mais”.
Quanto
antes, melhor
Augusto Sabóia acredita que
principalmente as pessoas mais jovens não devem ter medo de investir com
agressividade, pois se perderem uma parte do dinheiro ainda tem muitos anos
para recuperar.
“Na medida em que sua idade avançar
seja um pouco mais moderado, e na sua terceira idade procure ser mais
conservador. Apesar de que isso não impede uma cliente minha, que tem mais de oitenta
anos, a investir 90% do seu patrimônio em ações. Atualmente ela tem dez vezes
mais dinheiro do que tinha há vinte anos”.
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