Publicada
na edição de 19 a 25 de julho de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da
FLC Comunicações Ltda.
Ter consciência sobre a sua situação
financeira é a melhor saída para não consumir por impulso
Vivemos
em uma sociedade que associa ao consumo o conceito de felicidade. Propagandas
vendem produtos supérfluos como se fossem a solução de todos os problemas, o
que faz com que os consumidores imponham cada vez menos limites aos seus próprios
impulsos. Ao se sentirem tristes e desanimados muitos recorrem ao consumo impulsivo
para dar uma “levantada no astral”. Afinal, comprar um sapato novo é o caminho para
a felicidade?
Assuma o controle
“Compras
compulsivas são causadas por uma forte ansiedade que só é aliviada quando há o
consumo, uma vez que a pessoa não consegue controlar o desejo. A compra trás alívio,
mas depois surge o remorso e a decepção diante da falta de comprometimento
financeiro. Comprar por impulso ou carência, e não pela necessidade, pode gerar
um endividamento”, observa Bruna Almeida, consultora financeira.
O
especialista e planejador financeiro Augusto Saboia acredita que as pessoas
devem valorizar o seu próprio dinheiro e se preocupar menos com as aparências.
“Ninguém vai achar que você está “bem de vida” por causa de uma bolsa ou de uma
roupa nova sendo que a sua condução é um ônibus lotado”, exemplifica.
Adulto ou criança?
“Se
o dinheiro para compras supérfluas estiver previsto no orçamento, em outras
palavras, se no mês estiver sobrando grana, compre o que quiser. Mas se o
dinheiro virá do limite da conta ou do cartão de crédito, pare e pense”, indica
Sabóia. Em casos como esses vale a pena se envolver em dívidas? Por que não
esperar, reservar um dinheiro e comprar com consciência?
“Vejo
atitudes como essas como a infantilização do consumo, em que um adulto passa a
se comportar como uma criança na loja. O descontrole é tanto que só falta deitar
no chão e chorar. Pra mim alguém que diz que não consegue resistir às tentações
precisa amadurecer, parar de se sabotar e resolver os seus próprios problemas. Assumir
o controle da situação torna a vida melhor”, diz o planejador financeiro.
Conheça dicas
“As
pessoas precisam aprender que lojista não é psicólogo. Quando estiver fora de
si não vá ao shopping. Se for, assista a um filme no cinema. Se mesmo assim a
vontade de consumir não passar, coma um doce e volte para casa”, brinca Augusto
Saboia. A dica é válida, afinal se o consumo desenfreado virar um hábito é
possível comprometer a saúde financeira pessoal e familiar. O mau uso e a falta
de dinheiro são assuntos que causam stress nos relacionamentos.
“Se
perceber que deseja fazer compras além do que o orçamento permite adie o
consumo por alguns dias, deixe a consciência falar e observe a sua própria reação.
Assim ficará claro se o produto é realmente necessário. Outra alternativa é
controlar o orçamento e fazer cálculos sobre a sua situação financeira sempre
que possível. Esse exercício ajuda a transformar o ato da compra em algo mais
racional, baseado em critérios inteligentes, afastando o consumo impulsivo” finaliza
Bruna Almeida.
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