Publicada
na edição de 5 a 11 de julho de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC
Comunicações Ltda.
Ao
consumir é importante se preocupar com as parcelas, os juros e as taxas as
quais você se submete
Os benefícios são muitos: parcelamento
das compras, longo prazo para pagar a primeira parcela, financiamento da dívida
e facilidades para adquirir produtos e serviços. “A ideia é que o consumidor possa
comprar mesmo sem ter dinheiro, e que o lojista possa vender fiado sem se
preocupar”, explica o planejador financeiro Augusto Sabóia, que acredita que o
cartão de crédito é uma das melhores invenções para a sociedade moderna. “É um
excelente instrumento, facilita o comércio mundial e viabiliza sonhos, mas deve
ser utilizado com responsabilidade”, diz.
Assuma
o controle
Sempre que comprar guarde os comprovantes
e os some para evitar surpresas quando a fatura chegar. Não se esqueça de
incluir nessa soma os valores que estão parcelados. Augusto Sabóia acredita
que, para cada consumidor, um cartão de crédito é o suficiente. “Se você
precisar ter mais de um, por que o outro já foi totalmente utilizado, é o
momento de parar e refazer as contas sobre a sua situação financeira”, indica o
especialista.
Isso sem contar que ao utilizar um,
dois ou três cartões o consumidor se submete a tarifas cobradas pelos bancos e pelas
bandeiras (Visa, Mastercard etc.), que arrecadam dinheiro, entre outras coisas,
para disponibilizar o limite de crédito e possibilitar que o cliente realize as
suas compras nos estabelecimentos credenciados.
Seja
cauteloso
Sabóia acredita que o risco do
consumidor incorporar o saldo do cartão de crédito à sua própria renda é
grande, assim como pode acontecer com o cheque especial, o famoso “limite” da
conta. “Usar completamente o crédito que tem para comprar mais do que pode é
como usar o dinheiro de agiotas para causas fúteis”, alega o planejador.
Leonardo Gonçalves, consultor da CF
Brasil, acredita que o brasileiro é preso ao círculo vicioso de comprar, se endividar
e pagar juros no cartão de crédito por conta dos diversos estímulos ao consumo
imediato que sofre.
Cuidado
com o mínimo
Se perceber que não conseguirá pagar as
dívidas que fez no cartão é aconselhável entrar em contato com o banco ou com a
operadora e renegociar a dívida, considerando que os juros nesse caso são
menores do que se forem efetuados constantes pagamentos no valor mínimo.
“Se por meses seguidos o cliente pagar
apenas o valor mínimo, sugerido na fatura, os juros incidirão de tal maneira
que chegará um momento em que ele pagará apenas pelos juros, enquanto a dívida
continuará a existir”, explica o gerente bancário, Robson Barros.
Estou
me endividando
“Assim
como uma bola de neve, as dívidas só vão aumentando”, explica Leonardo
Gonçalves. “Pare, refaça o seu orçamento e,
se possível, não utilize mais o cartão até se organizar financeiramente. Sei
que isso é algo difícil de ser feito, mas é o único caminho seguro”, afirma o
consultor.
Despesas que não sejam relacionadas à
moradia, alimentação, saúde, educação e transporte podem ser consideradas
supérfluas. “Se perceber que passou dos limites volte para dentro do seu
salário”, finaliza Augusto Sabóia.
Legenda: Pagar a fatura em dia é cuidado
imprescindível, considerando que a taxa de juros é uma das mais altas do
mercado.
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