Publicada na edição de 4 a 10 de outubro de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.
É necessário estar atento às fraudes e
sempre prevenido contra vírus que roubam informações pessoais
Dados de cidadãos, empresas e
diplomacias brasileiras – incluindo informações da própria presidência da república
– foram recentemente interceptados por uma rede de espionagem eletrônica
norte-americana. A presidente Dilma Roussef declarou indignação e repúdio ao
ato, que afrontou os princípios e violou os direitos do Brasil e dos
brasileiros, no discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU (Organização
das Nações Unidas).
Não é à toa que muitas pessoas têm
recio em disponibilizar as suas informações ou realizar transações que envolvam
dinheiro na internet, pois pouco se sabe sobre a segurança que envolve cada um
dos cliques. Conheça algumas dicas para navegar com tranquilidade e garantir a sua segurança.
Não
revele informações importantes
As redes sociais são um prato cheio
para as pessoas que gostam de se expor e também para aquelas que estão sempre
de olho na vida alheia. Vale a pena tomar certos cuidados, como não fornecer o seu
endereço, telefones, local de trabalho ou publicar fotos reveladoras, que mostrem
a fachada da sua casa ou a placa do seu carro, por exemplo.
Se um jovem divulgar fotos do seu carro
novo nas redes sociais e informar que no próximo sábado estará em determinada
balada, qualquer pessoa má intencionada pode juntar as informações e ir
assaltá-lo na porta da boate. O mesmo pode acontecer com uma família que está
viajando por uma semana e praticamente avisa a todos, nas redes sociais, que a
sua casa está vazia. No cenário de violência em que vivemos, vale a pena prezar
ao máximo pela privacidade.
Quem
falou em dinheiro?
Não faltam na internet propostas para
ganhar dinheiro ou para conseguir grandes feitos com facilidade. Assim como em
tudo na vida, é necessário ter o “desconfiômetro” ligado e os olhos bem abertos
para determinadas armações. É comum, por exemplo, receber e-mails que digam que
o destinatário ganhou uma bolada em dinheiro, uma boa proposta de crédito ou
até ofertas de emprego, só que, para acessar esses benefícios, ele precisa informar
os seus dados bancários.
Um golpe muito aplicado recentemente é
o conhecido como “noiva russa”, em que uma pessoa estabelece contato e
pressupõe uma relação amorosa com a vítima. Só que, como ela mora em outro
país, normalmente na Rússia, precisa que a vítima envie uma quantidade de
dinheiro para que ela possa vir ao seu encontro. Nem precisamos dizer como essa
história termina.
Não
caia nessa
Os principais meios usados para
extorquir informações são
o malware e o phishing. Enquanto o malware é instalado na máquina sem o
conhecimento do dono, por conta de downloads em sites duvidosos, o phishing
ocorre quando uma pessoa finge ser outra e tenta extorquir informações – como,
por exemplo, quando o usuário recebe e-mails falsos em nome de bancos. Tanto o
malware quanto o phishing têm a intenção de roubar dados e monitorar
atividades.
Viviane Rozolen, membro da Google
Brasil, indica que, na dúvida, o usuário deve sempre se proteger. “Se você tem
um mau pressentimento em relação a um anúncio ou a uma oferta, confie em si
mesmo e saia da página. Não responda e-mails suspeitos, mensagens instantâneas
ou cadastros que peçam suas informações pessoais ou financeiras. É bom lembrar
que os bancos nunca pedem senhas por e-mail”, dá a dica.
Acesso
online aos bancos
“Se ocorrer uma fraude na conta
bancária, por conta de algum vírus infiltrado no computador do cliente,
entende-se que não há responsabilidade do banco, e sim do consumidor – que não
instalou o sistema antivírus corretamente. Os tribunais defendem que a
obrigação de segurança nas transações virtuais é tanto do banco quanto cliente,
e em casos como esse o banco não falhou na prestação do serviço”, afirma a
advogada Maria Elisa Reis Caetano, especialista em direito do consumidor do
escritório Pires & Gonçalves Advogados. Portanto, para manter o seu computador
seguro, além de estar sempre atento, procure ter um bom antivírus.
Complique
as suas senhas
O primeiro passo para se proteger de
intercepção de dados é manter senhas diferentes e difíceis. Segundo Viviane
Rozolen, “adotar a mesma senha para todos os serviços é como usar a mesma chave
para trancar a casa, o carro e o escritório. Se um criminoso tiver acesso a uma
delas, todas as outras estarão comprometidas”. Portanto saiba que, mesmo que
criar e memorizar várias senhas dê trabalho, é algo que aumenta
significativamente a sua segurança.
A dica da Google é que sejam utilizadas
senhas longas, composta por números, letras e símbolos, que são as mais
difíceis de serem descobertas. Fuja de sequências óbvias, como ‘123456’, datas
de aniversário ou nomes dos filhos – informações que qualquer pessoa má
intencionada pode conseguir com facilidade.
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