terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Implante hormonal para evitar a gravidez


Publicada na edição de 18 a 24 de janeiro de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.



O método utilizado por modelos famosas promete também melhorar a pele e ajudar na perda de peso

O implante hormonal à base de progesterona é um prático método contraceptivo indicado para mulheres de todas as idades que desejam evitar a gravidez e que, de quebra, pode dar uma mãozinha com a pele e com os quilinhos extras.
A cápsula com hormônios é inserida sob a pele da paciente e pode ter duração maior que seis meses. Além de impedir a gestação, o método promete melhorias estéticas por meio de uma combinação de hormônios dosada segundo o estilo de vida de cada paciente. “Os implantes são combinações de efeitos médicos e efeitos estéticos”, esclarece em entrevista o ginecologista e obstetra Malcolm Montgomery.

Conheça o método
A inserção de hormônios diretamente no corpo promete comodidade, pois sua ação inibe a ovulação. A cápsula de silicone, que possui aproximadamente três centímetros de comprimento e um milímetro de diâmetro, é colocada embaixo da pele da paciente. “A aplicação leva cinco minutos”, afirma Montgomery que esclarece que o procedimento é simples e requer apenas anestesia local.
O período de duração, segundo o ginecologista pode variar de seis meses a um ano. O implante contraceptivo se torna uma alternativa ideal para mulheres que, por algum motivo, não se adaptaram a outros métodos, como por exemplo a pílula anticoncepcional, que deve ser tomada diariamente.
Montgomery assegura a eficácia do método: “Em quase trinta anos de utilização não tive nenhum caso de gravidez”. Segundo a ginecologista e obstetra doutora Denise Coimbra não há nenhuma contraindicação para seu uso e os preços variam de acordo com a necessidade hormonal de cada mulher. Peso, idade e altura são fatores levados em consideração, além de avaliação do estilo de vida de cada paciente.

Dosagem individual
Para Montgomery os hábitos da paciente são aspectos importantes a serem analisados, pois as doses hormonais são projetadas atendendo as necessidades de cada mulher. “Buscamos tratar o que a paciente precisa: redução de TPM, enxaqueca, cólicas, miomas, etc”.
O ginecologista explica que para pacientes que têm o hábito de fazer exercícios, por exemplo, receitaria um implante com hormônios específicos para que a sua musculatura seja controlada durante o uso. A dosagem deve ser adequada, pois segundo Montgomery “o implante resulta em efeitos colaterais que podem ser positivos ou negativos para a pele, a musculatura e o peso da paciente”.

Estética
Muitas modelos famosas declararam já ter utilizado implantes hormonais para obter benefícios estéticos. “Eu não aceitaria tratar com implantes contraceptivos pacientes que buscam apenas benefícios estéticos”, alega o ginecologista.
Segundo a doutora Denise Coimbra “o implante contraceptivo funciona como um anabolizante natural, que melhora a disposição física, fortalece a massa muscular e seca gorduras”, fatores que, somados ao poder contraceptivo, atraem as mulheres.
A ginecologista afirma que nos implantes contraceptivos não é necessário conter a testosterona, hormônio masculino que pode engrossar a voz e incentivar o crescimento de pelos. O Conselho Regional de Medicina de São Paulo aconselha o uso de implantes hormonais enquanto método contraceptivo, mas contraindica para fins estéticos.
Quando a paciente desejar engravidar, basta interromper o tratamento. Segundo a doutora Denise Coimbra, após a remoção do implante o corpo volta a ter ciclos menstruais regulares. É importante lembrar que o implante hormonal não trás proteção a doenças sexualmente transmissíveis.






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