terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Ajude quem precisa, doe sangue


Publicada na edição de 22 a 28 de fevereiro de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.



É um ato solidário e não dói. Faça a sua parte e ajude o Hospital de São Paulo que precisa urgentemente de doações


“Doar sangue é uma atitude nobre, voluntária e que pode contribuir para salvar vidas. Uma única doação pode beneficiar até três pessoas”, afirma o coordenador do serviço de hemoterapia do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, doutor Roberto Buessio.
O sangue é responsável por levar oxigênio, nutrientes, proteínas e outras substâncias por todo o corpo. Seu trabalho é insubstituível. Quem passa por uma grande perda de sangue - por conta de um acidente ou doença grave - precisa de transfusão para repor o sangue perdido. Segundo a doutora Araci Massami Sakashita, hematologista do Hospital Albert Einstein, “o ato altruísta de um doador é a única forma de acesso ao sangue, matéria prima necessária para atender ao paciente que precisa de tratamento”.
O Hospital de São Paulo anunciou estar com níveis baixos de todos os tipos sanguíneos e com estoques zerados de RH negativo. “Pessoas com RH negativo são minoria na população, cerca de 15%”, explica a coordenadora do hemocentro do Hospital São Paulo, doutora Maria Angélica de Camargo. Constantemente o hospital passa por necessidade e nas últimas semanas precisou ainda mais de sangue dos estoques.

Conscientização
Segundo a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular, há tempos era comum que as pessoas só doassem quando familiares ou amigos estivessem precisando. Isso ainda acontece, mas é necessário que as pessoas se sensibilizem e doem sangue pensando em situações emergenciais que podem acontecer com qualquer um.
A doutora Maria Angélica explica que “vários procedimentos realizados diariamente em hospitais só podem ser feitos com os componentes do sangue. Cirurgias de grande porte, tratamentos de câncer, atendimento a acidentes graves, queimaduras, tratamento de distúrbios de coagulação de sangue, etc. E não há outra forma de obter sangue se não for por doação voluntária”.

Quem pode doar
Pessoas entre 18 a 65 anos, que pesem mais de 50 kg, que não estejam em jejum e que tenham dormido no mínimo 6 horas nas últimas 24 horas podem doar. Basta estar em bom estado de saúde e apresentar o documento de identidade oficial com foto.
O uso de drogas ilícitas impede a doação, além de doenças de chagas, diabetes com uso de insulina, hepatite após os 10 anos de idade, hepatites B e C, sífilis, câncer, hanseníase, HTLV e doenças cardíacas.
Antes de doar, o paciente passa por alguns exames de rotina e por uma entrevista, onde é possível detectar situações que impeçam temporariamente a doação - como ter tido relação sexual com parceiro ocasional, gripe, resfriado, febre nos últimos dias, entre outros fatores. “Profissionais treinados avaliam a saúde do doador para que não haja nenhum transtorno, tanto a quem doa quanto a quem recebe o sangue”, informa Maria Angélica.

Procedimento simples
Segundo a doutora Araci Massami, a doação de sangue é um processo rápido, simples e seguro. “Normalmente não afeta o bem estar do doador, pois o volume doado é rapidamente reposto através da ingestão de líquidos”. 
O doutor Sérgio Domingos Vieira, médico responsável pelo serviço de transfusão do Hospital do Coração, explica que todo o material usado para a coleta de sangue é descartável, eliminando riscos de contaminação. “A doação deve ser feita nos hemocentros, que são geralmente dentro dos hospitais e estão preparados para atender a qualquer tipo de reação”, aconselha.
 “O processo de doação leva cerca de 30 a 40 minutos, incluindo entrevista, exames iniciais e a própria coleta do sangue. Quem trabalhada sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) poderá deixar de ir ao serviço por um dia, sem prejuízo do salário, desde que comprove sua doação voluntária, conforme o artigo 473 da CLT”, lembra a doutora Araci.

O sangue é sempre utilizado
Segundo parecer do doutor Sérgio, todo o sangue doado é utilizado. “O sangue coletado é divido em partes para ajudar pessoas com necessidades diferentes. O paciente com anemia, por exemplo, precisa dos glóbulos sanguíneos, enquanto o paciente com câncer precisa repor seu nível de plaquetas, destruído pela quimioterapia, e um paciente que sangra na sala de cirurgia precisa das proteínas do plasma sanguíneo”.
Não conhecer seu tipo sanguíneo não impede a doação. O sangue será analisado e utilizado normalmente pelo hospital. Aqueles que doarem nos postos Pró-Sangue receberão em sessenta dias uma carta de agradecimento, na qual constará o seu tipo sanguíneo.






Nenhum comentário:

Postar um comentário