sexta-feira, 22 de novembro de 2013

UFC faz 20 anos

Publicada na edição de 14 a 21 de novembro de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.

A ideia era maluca e o apoio era pequeno, mas a disputa entre diversas modalidades de lutas ganhou o mundo

A ansiedade para assistir as lutas em que o cinturão pode ser tomado é única. Atualmente, ele está sob a posse de Chris Weidman, que o tirou de Anderson Silva. A revanche já está marcada, e caso o brasileiro vença, o mundo pode prestigiar uma grande luta entre dois conterrâneos: Vitor Belfort e Anderson Silva. Mesmo sendo diferente da sua primeira edição, em 1993, o UFC ainda gera discussões e prende a atenção de quem gosta de uma boa briga.

Uma ideia de maluco
O brasileiro lutador de jiu-jítsu Rorion Gracie foi para os Estados Unidos disseminar a cultura do esporte. Ele sempre gostou de lutar contra atletas que treinavam outras modalidades, como o boxing, o karatê e até mesmo o savate. Quando abriu a sua primeira academia, conheceu Art Davie e John Milius, um publicitário e um roteirista de cinema, que juntos conversaram sobre a criação de um torneio que possibilitasse lutas entre atletas de várias modalidades.
A princípio, tentaram vender a ideia para várias empresas de comunicação e a maioria achou que era um absurdo, que não renderia frutos. Até que Campbell McLaren, um produtor executivo, ouviu o trio e visualizou em sua cabeça algo muito parecido com o jogo Mortal Kombat, que também mistura lutas. Topou na hora.

Ringue cinematográfico
O formato da arena foi escolhido para gerar igualdade entre os competidores, pois os ringues já existentes tinham características que seriam falhas ao unir várias lutas. O formato redondo foi considerado, mas o modelo octógono, de oito lados, inspirado no filme “Conan, o Bárbaro”, com Arnold Schwarzenegger, ganhou o voto de todos. Além de facilitar a visualização da luta, ele também tinha um apelo comercial muito forte.

Enfim, UFC
Os organizadores escolheram o nome Ultimate Fighting Championship, que é algo como “Campeonato Definitivo de Lutas”. Um momento crítico, um dia antes das lutas do primeiro torneio, que aconteceu em Colorado, nos Estados Unidos, foi à configuração das regras. As duas principais eram: nada de mordidas, nem de dedos nos olhos. Os lutadores, que de fato queriam mostrar ao mundo que a sua modalidade era suficientemente boa para ganhar das outras, toparam entrar em um ringue com poucas regras.
Após cinco edições bem sucedidas do torneio, o UFC foi vendido para a Zuffa, LLC, companhia dos empresários Dana White, Frank Fertitta e Lorenzo Fertitta.

Os brasileiros 
Eles fazem a nossa alegria: Anderson Silva, Vitor Belfort, os irmãos Minotouro e Minotauro, Wanderlei Silva (o Cachorro Louco), Junior Cigano, Lyoto Machida, Shogun (Maurício Rua) e Werdum (Fabrício Werdum) representam o Brasil no torneio de lutas que está entre os mais aclamados do mundo.


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