Publicada na edição de 14 a 21 de novembro de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.
A ideia era maluca e o apoio era
pequeno, mas a disputa entre diversas modalidades de lutas ganhou o mundo
A ansiedade para assistir as lutas em
que o cinturão pode ser tomado é única. Atualmente, ele está sob a posse de Chris
Weidman, que o tirou de Anderson Silva. A revanche já está marcada, e caso o
brasileiro vença, o mundo pode prestigiar uma grande luta entre dois
conterrâneos: Vitor Belfort e Anderson Silva. Mesmo sendo diferente da sua primeira
edição, em 1993, o UFC ainda gera discussões e prende a atenção de quem gosta
de uma boa briga.
Uma
ideia de maluco
O brasileiro lutador de jiu-jítsu Rorion
Gracie foi para os Estados Unidos disseminar a cultura do esporte. Ele sempre gostou
de lutar contra atletas que treinavam outras modalidades, como o boxing, o
karatê e até mesmo o savate. Quando abriu a sua primeira academia, conheceu Art
Davie e John Milius, um publicitário e um roteirista de cinema, que juntos conversaram
sobre a criação de um torneio que possibilitasse lutas entre atletas de várias
modalidades.
A princípio, tentaram vender a ideia
para várias empresas de comunicação e a maioria achou que era um absurdo, que
não renderia frutos. Até que Campbell McLaren, um produtor executivo, ouviu o
trio e visualizou em sua cabeça algo muito parecido com o jogo Mortal Kombat,
que também mistura lutas. Topou na hora.
Ringue
cinematográfico
O formato da arena foi escolhido para
gerar igualdade entre os competidores, pois os ringues já existentes tinham
características que seriam falhas ao unir várias lutas. O formato redondo foi
considerado, mas o modelo octógono, de oito lados, inspirado no filme “Conan, o
Bárbaro”, com Arnold Schwarzenegger, ganhou o voto de todos. Além de facilitar
a visualização da luta, ele também tinha um apelo comercial muito forte.
Enfim,
UFC
Os organizadores escolheram o nome Ultimate
Fighting Championship, que é algo como “Campeonato Definitivo de Lutas”. Um
momento crítico, um dia antes das lutas do primeiro torneio, que aconteceu em
Colorado, nos Estados Unidos, foi à configuração das regras. As duas principais
eram: nada de mordidas, nem de dedos nos olhos. Os lutadores, que de fato
queriam mostrar ao mundo que a sua modalidade era suficientemente boa para
ganhar das outras, toparam entrar em um ringue com poucas regras.
Após cinco edições bem sucedidas do
torneio, o UFC foi vendido para a Zuffa, LLC, companhia dos empresários Dana
White, Frank Fertitta e Lorenzo Fertitta.
Os
brasileiros
Eles fazem a nossa alegria: Anderson
Silva, Vitor Belfort, os irmãos Minotouro e Minotauro, Wanderlei Silva (o
Cachorro Louco), Junior Cigano, Lyoto Machida, Shogun (Maurício Rua) e Werdum (Fabrício
Werdum) representam o Brasil no torneio de lutas que está entre os mais
aclamados do mundo.
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