Publicada na edição de 25 a 31 de outubro de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.
Eliminado da Copa do Brasil, o clube
tem ponteiros para acertar: o técnico e a equipe precisam se alinhar
Após o jogo da última quarta-feira, 23,
ficou claro que muitas atitudes devem ser tomadas a favor do Corinthians. O
time fez um jogo difícil e foi eliminado da Copa do Brasil nos pênaltis pelo
Grêmio – e vai abalado para o clássico do próximo domingo contra o Santos, para
disputar pontos no Campeonato Brasileiro.
Deixou
a desejar
Pato, que anunciou aos quatro cantos antes
do jogo que queria fazer pelo menos um gol no Grêmio, perdeu a oportunidade de
maneira vergonhosa: recuou a bola ao bater um pênalti diante do goleiro Dida e
perdeu a chance de garantir a vaga do Corinthians – sem contar que nos últimos
dias perdeu a oportunidade de treinar chutes a gol e fazer jus ao seu salário
milionário, ao invés de falar tanto.
O desempenho de Emerson Sheik também deixou
a desejar: o jogador sofreu uma falta, bateu boca e foi expulso com 15 minutos em
campo. Um dos poucos jogadores que vestiram a camisa e deu alegria a torcida,
mesmo amargurando a derrota, foi o goleiro Walter, que defendeu muito bem o
território do lesionado Cássio e conseguiu com que o time chegasse, pelo menos,
a disputa de pênaltis.
A
culpa é do técnico?
É muito comum no Brasil: quando o
clube apresenta baixo desempenho, o primeiro a ser alvo de críticas, e que vê o
seu pescoço na forca é o técnico. A filosofia “se não está apresentando
resultados precisa sair” se aplica com força – e com Tite não seria diferente.
Com ele, o Corinthians ganhou os
títulos inéditos da Libertadores e da Recopa Sul-Americana e abocanhou o seu
segundo Mundial de Clubes da FIFA, sem contar o Campeonato Brasileiro em 2011 e
o Paulista em 2013. Tite apresentou um
excelente desempenho nos anos em que esteve à frente do clube. É lamentável que
a atual má fase aparentemente faça com que todos se esqueçam disso.
Os dirigentes do Corinthians – que
até o fechamento dessa edição não se pronunciaram quanto ao futuro do técnico,
mas que já se reuniram algumas vezes para discutir o assunto – a e torcida vêm
exercendo pressão e demonstrando a sua insatisfação com Tite. Vale a pena
analisar o quadro como um todo.
Trocar
o líder resolve?
Dos técnicos, mais do que de ninguém,
são exigidos bons resultados – que devem fazer jus aos seus altos salários. Portanto,
a troca é algo natural na cultura do futebol brasileiro, considerando que
mudanças na liderança são bem-vindas em momentos de crise, principalmente por
conta da nova metodologia de trabalho e pelo empenho redobrado dos atletas, que
querem mostrar serviço ao novo treinador. Essa filosofia, porém, não pode cegar
a torcida, pois nenhum técnico trabalha sozinho. O comodismo pode partir do grupo.
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