sexta-feira, 22 de novembro de 2013

E agora, Corinthians?

Publicada na edição de 25 a 31 de outubro de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.

Eliminado da Copa do Brasil, o clube tem ponteiros para acertar: o técnico e a equipe precisam se alinhar

Após o jogo da última quarta-feira, 23, ficou claro que muitas atitudes devem ser tomadas a favor do Corinthians. O time fez um jogo difícil e foi eliminado da Copa do Brasil nos pênaltis pelo Grêmio – e vai abalado para o clássico do próximo domingo contra o Santos, para disputar pontos no Campeonato Brasileiro.

Deixou a desejar
Pato, que anunciou aos quatro cantos antes do jogo que queria fazer pelo menos um gol no Grêmio, perdeu a oportunidade de maneira vergonhosa: recuou a bola ao bater um pênalti diante do goleiro Dida e perdeu a chance de garantir a vaga do Corinthians – sem contar que nos últimos dias perdeu a oportunidade de treinar chutes a gol e fazer jus ao seu salário milionário, ao invés de falar tanto.
O desempenho de Emerson Sheik também deixou a desejar: o jogador sofreu uma falta, bateu boca e foi expulso com 15 minutos em campo. Um dos poucos jogadores que vestiram a camisa e deu alegria a torcida, mesmo amargurando a derrota, foi o goleiro Walter, que defendeu muito bem o território do lesionado Cássio e conseguiu com que o time chegasse, pelo menos, a disputa de pênaltis.

A culpa é do técnico?
É muito comum no Brasil: quando o clube apresenta baixo desempenho, o primeiro a ser alvo de críticas, e que vê o seu pescoço na forca é o técnico. A filosofia “se não está apresentando resultados precisa sair” se aplica com força – e com Tite não seria diferente.
Com ele, o Corinthians ganhou os títulos inéditos da Libertadores e da Recopa Sul-Americana e abocanhou o seu segundo Mundial de Clubes da FIFA, sem contar o Campeonato Brasileiro em 2011 e o  Paulista em 2013. Tite apresentou um excelente desempenho nos anos em que esteve à frente do clube. É lamentável que a atual má fase aparentemente faça com que todos se esqueçam disso.
Os dirigentes do Corinthians – que até o fechamento dessa edição não se pronunciaram quanto ao futuro do técnico, mas que já se reuniram algumas vezes para discutir o assunto – a e torcida vêm exercendo pressão e demonstrando a sua insatisfação com Tite. Vale a pena analisar o quadro como um todo.

Trocar o líder resolve?
Dos técnicos, mais do que de ninguém, são exigidos bons resultados – que devem fazer jus aos seus altos salários. Portanto, a troca é algo natural na cultura do futebol brasileiro, considerando que mudanças na liderança são bem-vindas em momentos de crise, principalmente por conta da nova metodologia de trabalho e pelo empenho redobrado dos atletas, que querem mostrar serviço ao novo treinador. Essa filosofia, porém, não pode cegar a torcida, pois nenhum técnico trabalha sozinho. O comodismo pode partir do grupo.




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