quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Não se engane: parece bom, mas não é

Publicada na edição de 13 a 19 de setembro de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.


Mantenha os olhos abertos em relação aos alimentos industrializados para não consumir “gato por lebre”


É melhor para a saúde tomar suco do que beber refrigerante, comer barra de cereal ao invés de doces e incluir os vegetais na alimentação, certo? Depende. Para que o efeito desses alimentos no corpo seja positivo eles devem mais do que parecer saudáveis, precisam realmente ser.
O suco, por exemplo, deve ser natural e fresco, a barra de cereal precisa ter mais fibras do que açúcares em sua composição e os vegetais não devem ser mantidos em conserva. Fuja do sódio, dos açúcares e dos conservantes e dê preferência aos alimentos saudáveis e naturais.

Sucos industrializados
Não se pode negar que tomar suco é bem mais saudável do que tomar refrigerantes. O problema é que, com a falta de tempo, muitas pessoas preferem consumir sucos prontos ou pré-prontos, como aqueles de caixinha, de pozinho ou a polpa congelada, ao invés de fazerem sucos diretamente da fruta.
“Sucos industrializados são uma grande enganação, pois possuem quase tanto açúcar quanto um refrigerante. São bebidas cheias de corantes e conservantes, com muito açúcar e quase nada de vitamina. Dentre eles, a melhor escolha seria a polpa, que consegue conservar um pouco mais nutrientes que os demais. Prefira sempre os menos concentrados e adicione pouco açúcar”, explica a nutricionista Mariangela Batista.

Em conserva
Sardinha em lata, carnes e legumes em conserva e até mesmo os molhos de tomate prontos devem ser consumidos com cuidado. “Alimentos em conserva tem muito sódio, componente que ajuda na conservação e prolonga a sua data de validade. A solução nesse caso é tentar consumir verduras e legumes frescos em sua forma natural – e a sardinha e as demais carnes sempre frescas”, explica Mariangela.
Para pessoas hipertensas esse hábito é essencial, pois auxilia no controle da pressão. Para as demais, é uma importante atitude para a prevenção.

Hambúrguer, salsicha e mortadela
Não há quem não goste dos embutidos. Também conhecidos como “altamente processados”, esses alimentos são gostosos, mas normalmente compostos por muito sódio e gordura, assim como o presunto e a linguiça. “Eles são ricos em gordura saturada, que faz muito mal à saúde. A solução é reduzir o consumo, deixando para comê-los esporadicamente”, dá a dica a nutricionista.
Prefira comer carnes vermelhas, frango e peixe frescos. Uma boa dica é fazer hambúrgueres caseiros, com carne moída fresca. Em médio e em longo prazo a atitude fará uma diferença positiva na saúde de todos da família.

Não se engane com o diet e o light
Alimentos diet são os especialmente formulados para pessoas que têm restrições de nutrientes específicos, como por exemplo, os diabéticos. Já os alimentos light são aqueles que têm menos açúcares ou valor calórico que os demais, como por exemplo, um iogurte com redução de 30% de gordura.
“Tanto os alimentos diet quanto os light não são necessariamente saudáveis. Um exemplo disso é o chocolate diet: não possui açúcar em sua composição, porém têm muita gordura, o que o deixa mais gostoso. É um alimento projetado para pessoas diabéticas”, explica a especialista.

Leia sempre o rótulo
A dica da nutricionista é que se comparem os rótulos dos produtos sempre que possível. “A diferença no preço pode ser pequena, mas na composição é grande, na maioria das vezes. Opte por produtos com um menor teor de calorias, gorduras saturadas, sódio e uma maior quantidade de fibras”, diz Mariangela.

Um caso que exige atenção ao rótulo é o das barras de cereais. “Antes eu comia qualquer uma, hoje vejo as embalagens e sei que algumas têm mais açúcar e gordura do que coisas boas, como fibras e aveia. Comparar vale muito a pena”, acredita a consumidora Célia Bezerra.





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