quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Magreza não é sinônimo de saúde

Publicada na edição de 12 a 18 de setembro de 2014 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.

Aos magros, vale a reflexão: será que o seu peso e o seus hábitos (alimentares ou não) lhes favorecem?

Doenças como diabetes e colesterol alto incidem, na maioria dos casos, em pessoas que estão acima do peso, mas tal fato não torna aqueles que estão em seu peso normal, imunes. O consumo regular de comidas gordurosas e a falta da prática de exercícios podem levar ao desenvolvimento do colesterol alto, que por sua vez é um fator de risco para o desenvolvimento de diabetes.
Já a anemia, a desnutrição, a baixa imunidade e a tendência ao desenvolvimento da osteoporose atingem com maior frequência pessoas magras.
“É possível classificar como magro saudável aquele que tem boa disposição para realizar as atividades do dia a dia e que não adoece com frequência”, aponta Paulo Rosenbaum, endocrinologista do Hospital Albert Einstein.

Você é magro demais?
Há várias maneiras de constatar se a pessoa está ou não em seu peso ideal. A principal delas é o cálculo do IMC (Índice de Massa Corpórea), que aponta se o peso é proporcional à altura. Para fazer tal estimativa, divida o peso (em quilogramas) pela altura (em metros) elevada ao quadrado. Um resultado inferior a 18 indica que o peso está abaixo do esperado.
Mas, aqueles que constatam estar excessivamente magros devem tentar engordar sem orientação médica? “Só quem, após uma avaliação profissional, constata que a magreza pode comprometer a saúde – o levando a desenvolver alterações hormonais e deficiências nutricionais e imunológicas – deve procurar um respaldo médico para iniciar a dieta. Além disso, apenas o profissional pode corrigir as causas do emagrecimento”, aponta o doutor Rosenbaum.

Magro por quê?
Crescimento na puberdade, alterações menstruais, estresse, distúrbios alimentares, tabagismo e doenças como o hipertireoidismo são algumas das causas que podem levar ao emagrecimento excessivo. A magreza pode, também, estar associada ao biotipo e ao perfil genético da pessoa.
Independentemente da causa, para evitar o desenvolvimento de doenças, ter bons hábitos, como a alimentação saudável e a prática de exercícios físicos, é imprescindível.
“Pessoas magras que não se alimentam corretamente tendem a apresentar com mais frequência anemias e deficiências nutricionais que diminuem a imunidade e podem levar a infecções”, explica o endocrinologista.
São sintomas comuns da anemia o cansaço generalizado, a falta de apetite e a palidez na pele e mucosas. A desnutrição também leva a indisposição e a perda da força muscular, além da queda de cabelo, unhas quebradiças e alterações hormonais – como a ausência da menstruação. Vale a pena estar atento aos sintomas.

De olho na barriguinha 

Mesmo pessoas magras costumam ter a famosa “barriguinha saliente”. Apesar de comum, a gordura abdominal é “perigosa”, pois está associada ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão e o aumento de gordura no sangue, segundo o médico Paulo Rosenbaum.

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