Publicada na edição de 12 a 18 de setembro de 2014 do
Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.
Aos magros, vale a
reflexão: será que o seu peso e o seus hábitos (alimentares ou não) lhes
favorecem?
Doenças como diabetes
e colesterol alto incidem, na maioria dos casos, em pessoas que estão acima do
peso, mas tal fato não torna aqueles que estão em seu peso normal, imunes. O consumo
regular de comidas gordurosas e a falta da prática de exercícios podem levar ao
desenvolvimento do colesterol alto, que por sua vez é um fator de risco para o
desenvolvimento de diabetes.
Já a anemia, a
desnutrição, a baixa imunidade e a tendência ao desenvolvimento da osteoporose
atingem com maior frequência pessoas magras.
“É possível classificar
como magro saudável aquele que tem boa disposição para realizar as atividades
do dia a dia e que não adoece com frequência”, aponta Paulo Rosenbaum, endocrinologista
do Hospital Albert Einstein.
Você é magro demais?
Há várias maneiras
de constatar se a pessoa está ou não em seu peso ideal. A principal delas é o
cálculo do IMC (Índice de Massa Corpórea), que aponta se o peso é proporcional
à altura. Para fazer tal estimativa, divida o peso (em quilogramas) pela altura
(em metros) elevada ao quadrado. Um resultado inferior a 18 indica que o peso está
abaixo do esperado.
Mas, aqueles que
constatam estar excessivamente magros devem tentar engordar sem orientação
médica? “Só quem, após uma avaliação profissional, constata que a magreza pode
comprometer a saúde – o levando a desenvolver alterações hormonais e
deficiências nutricionais e imunológicas – deve procurar um respaldo médico
para iniciar a dieta. Além disso, apenas o profissional pode corrigir as causas
do emagrecimento”, aponta o doutor Rosenbaum.
Magro por quê?
Crescimento na
puberdade, alterações menstruais, estresse, distúrbios alimentares, tabagismo e
doenças como o hipertireoidismo são algumas das causas que podem levar ao
emagrecimento excessivo. A magreza pode, também, estar associada ao biotipo e
ao perfil genético da pessoa.
Independentemente da
causa, para evitar o desenvolvimento de doenças, ter bons hábitos, como a
alimentação saudável e a prática de exercícios físicos, é imprescindível.
“Pessoas magras que
não se alimentam corretamente tendem a apresentar com mais frequência anemias e
deficiências nutricionais que diminuem a imunidade e podem levar a infecções”,
explica o endocrinologista.
São sintomas comuns
da anemia o cansaço generalizado, a falta de apetite e a palidez na pele e
mucosas. A desnutrição também leva a indisposição e a perda da força muscular,
além da queda de cabelo, unhas quebradiças e alterações hormonais – como a
ausência da menstruação. Vale a pena estar atento aos sintomas.
De olho na barriguinha
Mesmo pessoas magras
costumam ter a famosa “barriguinha saliente”. Apesar de comum, a gordura
abdominal é “perigosa”, pois está associada ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares,
diabetes, hipertensão e o aumento de gordura no sangue, segundo o médico Paulo
Rosenbaum.
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