Publicada na edição de 08 a 14 de
agosto de 2014 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.
Quem se dedica a trabalhar de maneira
independente agrega também experiência e maturidade profissional
Nas áreas de jornalismo, design,
propaganda e tecnologia da informação, entre outras, é comum haver
profissionais freelancers, que oferecem seus trabalhos ou projetos para
diversos clientes, sem formalizar nenhum vínculo empregatício.
O exercício dessa atividade é uma
tendência atual do mercado. Os contratantes podem adquirir o serviço sem
precisar arcar com as diversas responsabilidades que vêm com um vínculo
empregatício e os freelancers conseguem ganhar dinheiro em uma crescente
proporcional à quantia e a qualidade dos trabalhos que produzem, além de
agregar conhecimento e força em sua área de atuação.
“O principal problema de ser freelancer
é que em determinados períodos há diversas propostas e pouco tempo para aceitar
todas, e em outros períodos sobra tempo e falta trabalho”, aponta o economista,
administrador e consultor Laerte Leite Cordeiro.
Freelancer
de sucesso
Para obter um bom desempenho, é preciso:
ter uma agenda organizada, ser realista nos prazos que estabelece com os
clientes, desenvolver bem sua marca pessoal e, principalmente, ser especialista
em algo, mesmo sabendo um pouco de tudo.
Um freelancer de sucesso é aquele que é
procurado por diversas pessoas por desenvolver algo com perfeição. Para chegar
a esse nível, é preciso reconhecer quais são os seus pontos fortes e
especializar-se neles. “Enquanto os generalistas encontram em pequenas e médias
empresas o seu mercado preferencial, os que são especialistas em algo conseguem
grandes clientes e oportunidades únicas”, prevê Laerte.
Primeiros
clientes
Segundo Sílvio Celestino,
sócio-fundador da Alliance Coaching, para conseguir os primeiros clientes, ter
ousadia e persistência é fundamental. “No início, o freelancer deve saber abordar
as pessoas e apresentar o seu trabalho. É interessante falar sobre os seus
propósitos e os seus valores, expondo como gostaria de conhecer os desafios dos
clientes e ajudar a superá-los”.
Ter um relacionamento transparente com
cada cliente é uma das garantias de que ele o procurará em um próximo projeto
ou necessidade, além de o indicar para colegas. O network (rede de contatos) é
umas das principais ferramentas de trabalho de um freelancer.
Assinando
contratos
Segundo especialistas, é imprescindível
assinar contratos para cada trabalho fechado, pois eles são as garantias de que
o contratante receberá o sérvio solicitado e que o valor será pago no prazo
acordado.
“Não se sinta constrangido em impor um
contrato. Você deve ser respeitado como um profissional e o relacionamento com
o cliente deve ser formalizado”, aponta Silvio Celestino. “Sem um contrato não
há garantias, pois o cliente se sente na liberdade de mudar o escopo do
trabalho e o prazo de pagamento”.
Estabelecendo
o preço
“Para estabelecer o preço dos meus
primeiros trabalhos eu calculei o quanto eu ganharia por hora se estivesse
trabalhando como funcionária de uma empresa. Nesse valor, inclui um extra –
considerando que iria trabalhar em um horário não comercial (à noite) e usando
os recursos da minha casa, como energia elétrica, água, etc. Assim, vendia o
meu trabalho de acordo com as horas que eu iria me dedicar a ele”, conta a designer
gráfica Juliana Pereira. “Hoje, tenho mais experiência e cobro preços
específicos para cada tipo de trabalho que executo”.
Uma boa alternativa é questionar
colegas de trabalho que já atuam no ramo, a fim de conhecer o valor médio
cobrado pelo mercado.
Assegure-se
Aos freelancers é indicado o mínimo de
conhecimento financeiro para que possa criar e gerir o seu fluxo de caixa,
pagar os tributos (impostos e taxas) adequadamente e garantir uma reserva de
dinheiro para quando houver poucos trabalhos ou mesmo para a aposentadoria.
“Ser um freelancer não deve ser um
mecanismo para ganhar dinheiro mais rápido. O profissional precisa estabelecer uma
estratégia de marketing e vendas para sobreviver e crescer. Além disso, é
importante saber a hora apropriada para tirar férias e descansar, ou então acabará
esgotado”, aponta Sílvio Celestino.
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