Publicada na edição de 29 de
agosto a 04 de setembro de 2014 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.
Conheça o processo seletivo e os
pré-requisitos para a especialização nessas instituições
O estudante que pretende cursar a pós-graduação
em uma universidade pública de São Paulo deve ter ciência de que precisará
atender a importantes pré-requisitos, que variam de acordo com o curso. Alguns
dos mais comuns são: ter fluência em uma língua estrangeira, apresentar
conhecimentos sobre a área de atuação e submeter o seu projeto de pesquisa para
avaliação – além de passar por entrevista e análise do currículo e desempenho
na graduação.
“Os
pré-requisitos visam permitir que os candidatos aprovados desenvolvam pesquisas
de qualidade, que contribuam para o desenvolvimento econômico, social, político
e cultural do Brasil”, aponta a pró-reitora de pós-graduação da USP
(Universidade de São Paulo), Bernadette Dora Gombossy de Melo Franco.
A pró-reitora de pós-graduação da
Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Rachel Meneguello, explica que “os
processos seletivos atendem as necessidades básicas dessa etapa de
especialização, em que o desenvolvimento da pesquisa é responsabilidade do aluno”.
Conheça melhor as exigências mais
comuns dos cursos e programe-se para avançar nos estudos.
Prova
de conhecimentos gerais
As universidades públicas de São Paulo oferecem
cursos de pós-graduação em diversas áreas do conhecimento. Alguns são
classificados como lato sensu (voltados à formação de tecnólogos, licenciados
ou bacharéis) e outros como stricto sensu (voltados à formação científica e
acadêmica, ligados à pesquisa, como mestrado e doutorado).
Os pré-requisitos e as avaliações
variam de acordo com a universidade e o curso escolhido, mas é exigência comum
no processo seletivo da maioria das universidades públicas o bom desempenho em
uma prova escrita que aborda o tema do curso. É comum que as universidades disponham
a bibliografia necessária para a execução da prova.
Avaliação
do currículo
Em muitas universidades, a avaliação do
currículo/portfólio e do histórico de graduação do candidato é uma das etapas
do processo seletivo. A nota desta análise costuma ter um peso de 20% na
avaliação geral, mas varia de acordo com o curso desejado.
Para o doutor em bioquímica, Fabio
Cordeiro, essa avaliação favorece aqueles que têm atividades extracurriculares,
mas não inibe o acesso daqueles que estão iniciando a carreira. “Os projetos de
iniciação científica e demais atividades extracurriculares trazem distinção a
quem os fez, pois denotam experiência de bancada e de manuseio de dados. Mas quem
não tem essa experiência pode tirar proveito das outras etapas do processo
seletivo, como a prova de conhecimentos gerais, por exemplo”.
Projeto
de pesquisa
É bastante comum que as universidades
públicas e suas extensões avaliem o projeto da pesquisa que o estudante
pretende desenvolver durante o curso. “O projeto deve apresentar com clareza o objeto
de estudo do candidato e as bases teóricas que motivam o seu interesse e
sustentam a sua pesquisa”, aponta a pró-reitora da Unicamp Rachel Meneguello.
Nesta etapa, vale a pena obter
informações detalhadas sobre a elaboração do projeto diretamente com a
coordenação do curso pretendido.
Domínio
de outra língua
A proficiência em uma língua
estrangeira é pré-requisito em muitos cursos. Durante o processo seletivo, algumas
universidades aplicam uma prova – na qual o candidato precisa evidenciar o seu
domínio da língua – e outras exigem um certificado de proficiência – que costuma
ser emitido por grupos estrangeiros, após o bom desempenho do estudante em
provas orais e escritas.
A pró-reitora da USP, Bernadette Dora, esclarece
que “a bibliografia de boa parte dos cursos de pós-graduação é em língua
estrangeira e o contato com pesquisadores e centros de pesquisa localizados no
exterior é comum durante o curso”.
Bolsas
de estudo
As fontes de financiamento para bolsas
de pós-graduação (mestrado e doutorado) mais populares do Brasil são o Capes
(Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), o CNPq (Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), as Fundações Estaduais
de Amparo à Pesquisa e os financiamentos bancários.
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