segunda-feira, 17 de novembro de 2014

E-mails precisam ser claros e objetivos

Publicada na edição de 16 a 22 de maio de 2014 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.

Conheça dicas para se comunicar no local de trabalho de maneira correta, eficiente e atualizada

“Para interpretar as competências técnicas de um profissional as pessoas observam os detalhes, e a escrita é uma delas. Portanto, quando o profissional escreve errado, com erros de ortografia ou de concordância verbal, fazendo uso inapropriado de gerúndio e expressões antiquadas, é percebido por clientes e gestores como alguém despreparado e que não se interessa em ter uma boa imagem e transmitir credibilidade naquilo que faz”, explica Sílvio Celestino, tutor de carreiras da empresa Alliance Coaching. Portanto, reunimos dicas para que você possa atualizar a sua linguagem ao escrever e-mails profissionais.

Objetividade e clareza
Quanto mais objetivo for o texto de um e-mail, mais fácil será compreendê-lo. Logo, ao escrever, é importante evitar gerúndios e/ou frases que apenas ocupam espaço, mas que por si só não dizem nada, como, por exemplo, “venho por meio desta informar-lhe”. Prefira ser objetivo e informar diretamente o assunto, usando expressões como “informo que recebemos o seu relatório” ou “recebemos o seu relatório”, apenas.

De olho no contexto
Pode ser considerado inadequado o nível de percepção de alguém que envia um e-mail escrito de modo extremamente formal a um colega ou líder de trabalho com o qual conversa diariamente de modo informal e descontraído. O mesmo pode acontecer com alguém que envia e-mails para pessoas com as quais não tem intimidade de maneira informal. A relação com aquele que irá receber a mensagem é o que deve guiar o autor ao escrever um e-mail.
Em situações formais, é indicado iniciar o e-mail se reportando a pessoa como senhor ou senhora e finalizar com a expressão “atenciosamente”. Em situação informais é mais comum se referir a pessoa apenas pelo nome e finalizar o contato com expressões descontraídas, como “até breve”.

Evite errar
A professora de língua portuguesa Maria Deosdédite afirma em seu livro Manual Prático de Redação Empresarial que determinados vícios de linguagem devem ser evitados ao máximo. São eles: erros de ortografia, pleonasmos (como “entrar para dentro”), ecos (utilizar palavras de sons parecidos na mesma frase, como por exemplo “a solução para a demonstração da documentação”), ambiguidade (utilização de frases que gerem dúvidas no leitor) e o arcaísmo, que é uso de expressões que já caíram no desuso. Alguns exemplos são “outrossim” (prefira “igualmente”) e via de regra (prefira “geralmente”).
Utilizar a expressão “rogamos”, por exemplo, é um arcaísmo e uma falha na interpretação da palavra, considerando que deve-se rogar apenas a um padre.

“Segue anexo” ou “em anexo”
Há uma dúvida que sempre surge na cabeça de um profissional que trabalha com e-mails. Ao enviar um anexo, é correto dizer “segue em anexo” ou “segue anexo”? Para responder a essa pergunta é preciso imaginar o e-mail como algo palpável, o qual se pode tocar, como por exemplo um relatório impresso.
Se no final deste relatório houver um documento extra, que não faz parte dele, mas está com ele, é possível dizer que o documento está anexo ao relatório. O mesmo acontece com o e-mail.

O documento anexo não está em um local chamado anexo, e sim anexo ao e-mail. Portanto, dizer “segue em anexo” é errado. O correto é “segue anexo”.

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