quinta-feira, 3 de outubro de 2013

USP Leste em risco

Publicada na edição de 20 a 26 de setembro de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.


A universidade foi construída sobre um terreno com lixo orgânico que pode emitir metano, um gás tóxico e explosivo


A unidade, que tem seis mil alunos e cerca de 270 docentes, vêm passando por greves e manifestações dos estudantes, professores e funcionários quem têm medo de frequentar o campus.

Construção
Segundo a USP (Universidade se São Paulo) da Zona Leste da capital, a universidade, localizada na região de Ermelino Matarazzo, “foi construída em área ambientalmente problemática. Mas, dentre as possíveis opções à época, foi a mais adequada”. Ao liberar a construção, a CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) exigiu que a universidade fizesse uma indicação detalhada sobre o terreno e também algumas adequações, entre elas a retirada dos gases tóxicos do solo.
A universidade declarou que a documentação referente às análises efetuadas na área foi entregue nos prazos solicitados e que as intervenções “estão sendo cumpridas na medida do possível, levando em consideração os mecanismos de contratação de serviços por meio de processos licitatórios”.

Na raiz do problema
A universidade afirmou que foram colocadas terras contaminadas na área e que abriu uma sindicância para apurar quais funcionários foram responsáveis por autorizar a ação. A CETESB exige a remoção do solo depositado indevidamente.
Recentemente o campus foi penalizado pela CETESB pelo não cumprimento das exigências estabelecidas. Em nota, a Companhia informou que exige o recobrimento das áreas permeáveis já investigadas com novas terras, não contaminadas, e que no espaço sejam plantadas gramíneas.
Um sistema de exaustão, que deve retirar o gás metano do solo contaminado, foi parcialmente implantado, mas não funciona adequadamente. A CETESB exige melhorias e o seu completo funcionamento.

Reclamações
Há aproximadamente duas semanas professores e alunos manifestam a sua preocupação com o problema. “Não sabemos o quão perigoso é estar aqui. Queremos que a situação se resolva”, diz a estudante Aymee Vicente. Segundo a USP “não há e nunca houve documentos da CETESB que demonstrem qualquer risco à saúde dos frequentadores do campus”.




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