terça-feira, 30 de abril de 2013

Esse carro foi batido?


Publicada na edição de 5 de março a 11 de abril de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.



Antes de comprar, observe o automóvel. Segundo especialista, detalhes indicam a gravidade da batida

Comprar automóveis de amigos, familiares e conhecidos ou até mesmo em concessionárias e em agências renomadas não garante que o veículo nunca tenha sido batido. Mesmo pequenas colisões colocam o carro sob stress e podem prejudicar o seu desempenho. Na hora da compra, uma ajuda do mecânico de confiança ou uma vistoria detalhada podem ajudar.
“O que não pode é a pessoa achar que está comprando uma coisa, quando na verdade é outra”, alega Genivaldo Bezerra, especialista em funilaria e pintura de automóveis. Conheça os principais itens que devem ser observados antes de fechar a compra.

Pintura
Algo simples de observar e que revela muitas informações é a pintura. Ao olhar o veículo de lado, é fácil perceber se em algum ponto a cor está diferente das demais. Segundo o especialista, esse pode ser considerado um sinal de que algo aconteceu. “Mas só de olhar a pintura fica difícil saber se é consequência de um ralado ao sair da garagem ou de uma batida forte, que comprometeu o desempenho do carro. Quem compra deve estar atento a todos os detalhes”.

Alinhamento portas
Quando que o veiculo é montado na fábrica, todas as portas são alinhadas milimetricamente. Segundo o especialista, se houver uma batida e a porta precisar ser consertada e recolocada, dificilmente o alinhamento será exato, tanto quanto era antes. “Se umas portas estiverem fechando a uma distância de 1 centímetro da lataria e outras a distância de 3 centímetros, pode saber que as peças foram mexidas. Nem sempre as lojas falam a verdade sobre o que aconteceu com o carro, então o consumidor deve se apegar aos ‘sinais de alerta’ e, de preferência, estar com alguém de confiança que conheça melhor o assunto”, explica Genivaldo.

Lataria interna
Segundo o especialista, é importante observar o acabamento interno do automóvel. “Como os carros são montados nas fábricas, todos os detalhes são robóticos e tornam os veículos idênticos. Quando há a necessidade de montar partes do carro manualmente, é possível perceber a diferença”. A dica é observar se as caixas do motor e do Step estão com a vedação de fábrica e se a lataria está lisa, pois se estiver enrugada é um sinal de que precisou ser restaurada.

Cinto
Uma boa dica é verificar a etiqueta dos cintos de segurança e comparar os seus dados com os dados do veículo. “Evite comprar um carro que a etiqueta do cinto tenha sido cortada. A troca indica que o cinto original sofreu algum tipo de dano. Quem sabe se ele não foi rasgado durante uma batida? A verdade é difícil saber, mas ninguém iria trocar o cinto à toa”.
O especialista indica que, caso o comprador tenha planos de colocar seguro no carro, o envie para a seguradora fazer uma vistoria. “Os meios que as seguradoras têm de puxar as informações são mais eficientes que os nossos. E é de interesse dela que o carro esteja em boas condições”, dá a dica.

Assoalho
Em batidas fortes, o piso do carro pode ser danificado. Depois de arrumado, ele fica diferente do que era antes. O consumidor deve observar se a superfície do assoalho está lisa e se os traços de solda acompanham o design original do automóvel. Saliências na lataria indicam que ela foi mexida.
“Um carro que sofreu uma batida não é inutilizável. Caso o consumidor goste do preço e deseje comprar, avalie antes se veículo está realmente em boas condições. Ás vezes você paga cem, duzentos reais pela vistoria, mas sabe o que está comprando. Não leva gato por lebre”, esclarece Genivaldo.

Quilometragem
Muitas lojas diminuem a quilometragem para que as pessoas pensem que estão comprando um carro pouco usado. Ao confiar em uma informação incorreta, o consumidor pode sofrer danos no futuro. “Há alguns itens que pedem manutenção por quilômetros rodados, como a suspensão, os pneus, a direção e até mesmo a correia dentada, que se não for trocada no momento certo pode custar a perda do motor. E aí o prejuízo é grande. Você confia que a quilometragem é baixa e que não precisa trocar as peças tão cedo, sendo que na verdade precisa”.
Segundo o especialista, para se aproximar da verdade é necessário ter bom censo. “Se o veículo é pouco rodado e os pneus estão muito usados, provavelmente tem algo errado. E se, mesma situação, as rodas estiverem novas, pense: ‘se o carro rodou pouco, por que o dono iria trocar os pneus?’. Tenha um olhar crítico na hora da compra”.





Nenhum comentário:

Postar um comentário