Publicada na edição de 11 a 17 de
julho de 2014 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.
Com a elaboração de um orçamento é
possível fazer uma viagem sem gastar mais que o necessário
Após meses de trabalho e estudos
intensos, viajar por alguns dias pode ser uma boa pedida. Com organização e
comprometimento, é possível fazê-lo gastando o mínimo de dinheiro possível.
O primeiro passo é definir quantas
pessoas vão, para onde e por quantos dias. A partir daí, o processo se resume
em orçar os custos da viagem. Planilha ou caneta, papel e calculadora são itens
indispensáveis para programar uma viagem sem comprometer a sua saúde financeira.
Orçar
é preciso
“Ao viajar, vivenciamos um momento de
prazer. Por isso, coisas que nos proporcionam desprazer, como a análise das
despesas da viagem, por exemplo, são colocadas em segundo plano. Mas não
deveriam. Ao fazer um orçamento, a chance de gastar além da conta é significantemente
menor”, aponta o consultor financeiro Gabriel Martins.
Em uma planilha ou caderno, é preciso
anotar o valor que provavelmente será gasto com passagens, hospedagem,
alimentação, passeios, lembrancinhas e gastos extras. Quando a relação estiver
completa, será possível guardar o dinheiro mensalmente antes da data da viagem
ou optar por parcelar parcial ou totalmente a despesa.
Segundo Gabriel, a melhor opção é
guardar o dinheiro antes, para poder negociar descontos e não acumular dívidas.
“Se decidir parcelar, é preciso garantir que o valor das parcelas que serão
pagas após a viagem não seja maior do que 10% da renda pessoal ou familiar”,
indica.
Passagem
e hospedagem
Para não correr o risco de pagar o
preço mais caro do mercado, é importante pesquisar os valores cobrados pelas empresas
de viagens mais reconhecidas. A partir daí, é possível prever a despesa com
transporte (seja ele aéreo, rodoviário ou naval) e com a hospedagem (seja feita
em chalés, pousadas, hotéis ou resorts). Caso vá viajar de carro, procure saber
a distância que irá percorrer e calcule o gasto com combustível e pedágio –
tanto para ida e volta quanto para o deslocamento no local.
Se a viagem for internacional, despesas
com passaporte e visto devem ser incluídas no orçamento.
Na hora de comprar as passagens, tenha
em mente que adquiri-las com meses de antecedência costuma ser mais barato do
que comprar em cima da hora. “Também é possível aproveitar as compras coletivas
e ficar de olho nas promoções”, aconselha Gabriel.
Alimentação,
atividades e compras
“Em pontos turísticos, geralmente o
preço das refeições é alto. Recomendo que o consumidor procure por mercados
próximos ao local em que se hospedará e compre alimentos que possam ser
consumidos no quarto”, orienta Reinaldo Domingos, presidente da DSOP Educação
Financeira.
Ao prever um valor médio para cada
refeição é possível deduzir no orçamento a despesa total com alimentação. Caso
tenha a pretensão de fazer compras no local visitado, indique no orçamento a
quantia que pode gastar. O mesmo acontece com os passeios. Se para o local que
você irá viajar há parques, clubes ou quaisquer atrações que deseja conhecer,
sinalize o preço de cada uma delas no orçamento. Assim, durante a viagem será
mais fácil não gastar além do planejado.
Gastos
extras
Com sorte, você não precisará de dinheiro
para um pneu furado ou uma urgência médica. Mas, para não ser pego de surpresa,
o viajante deve ter consciência de que levar dinheiro extra ou ter um cartão
com crédito disponível é necessário. “É preciso ter um plano de assistência
médica que cubra o local visitado ou ter um seguro saúde, pois com saúde nunca
se brinca”, orienta Reinaldo Domingos.
A quem vai viajar com crianças o
especialista indica o envolvimento dos pequenos nos assuntos financeiros.
“Assim como os adultos, as crianças precisam ter consciência de que os gastos
devem ser controlados”.
Adiando
a viagem
Se os custos da viagem se mostrarem mais
altos do que se pode pagar, é possível ponderar se há a possibilidade de
economizar nas passagens, na hospedagem ou na alimentação ou se a viagem pode
ser mais rápida, durando menos dias.
“Se a viagem se mostrar cara demais,
deixe-a para o próximo ano ou para quando o seu bolso estiver pronto”, indica o
consultor financeiro Augusto Saboia. “Viagens servem para vivenciar experiências
prazerosas, e não para amargar dívidas”.
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