terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Para viajar sem sufoco é preciso planejar

Publicada na edição de 11 a 17 de julho de 2014 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.

Com a elaboração de um orçamento é possível fazer uma viagem sem gastar mais que o necessário

Após meses de trabalho e estudos intensos, viajar por alguns dias pode ser uma boa pedida. Com organização e comprometimento, é possível fazê-lo gastando o mínimo de dinheiro possível.
O primeiro passo é definir quantas pessoas vão, para onde e por quantos dias. A partir daí, o processo se resume em orçar os custos da viagem. Planilha ou caneta, papel e calculadora são itens indispensáveis para programar uma viagem sem comprometer a sua saúde financeira.

Orçar é preciso
“Ao viajar, vivenciamos um momento de prazer. Por isso, coisas que nos proporcionam desprazer, como a análise das despesas da viagem, por exemplo, são colocadas em segundo plano. Mas não deveriam. Ao fazer um orçamento, a chance de gastar além da conta é significantemente menor”, aponta o consultor financeiro Gabriel Martins.
Em uma planilha ou caderno, é preciso anotar o valor que provavelmente será gasto com passagens, hospedagem, alimentação, passeios, lembrancinhas e gastos extras. Quando a relação estiver completa, será possível guardar o dinheiro mensalmente antes da data da viagem ou optar por parcelar parcial ou totalmente a despesa.
Segundo Gabriel, a melhor opção é guardar o dinheiro antes, para poder negociar descontos e não acumular dívidas. “Se decidir parcelar, é preciso garantir que o valor das parcelas que serão pagas após a viagem não seja maior do que 10% da renda pessoal ou familiar”, indica.

Passagem e hospedagem
Para não correr o risco de pagar o preço mais caro do mercado, é importante pesquisar os valores cobrados pelas empresas de viagens mais reconhecidas. A partir daí, é possível prever a despesa com transporte (seja ele aéreo, rodoviário ou naval) e com a hospedagem (seja feita em chalés, pousadas, hotéis ou resorts). Caso vá viajar de carro, procure saber a distância que irá percorrer e calcule o gasto com combustível e pedágio – tanto para ida e volta quanto para o deslocamento no local.
Se a viagem for internacional, despesas com passaporte e visto devem ser incluídas no orçamento.
Na hora de comprar as passagens, tenha em mente que adquiri-las com meses de antecedência costuma ser mais barato do que comprar em cima da hora. “Também é possível aproveitar as compras coletivas e ficar de olho nas promoções”, aconselha Gabriel.

Alimentação, atividades e compras
“Em pontos turísticos, geralmente o preço das refeições é alto. Recomendo que o consumidor procure por mercados próximos ao local em que se hospedará e compre alimentos que possam ser consumidos no quarto”, orienta Reinaldo Domingos, presidente da DSOP Educação Financeira.
Ao prever um valor médio para cada refeição é possível deduzir no orçamento a despesa total com alimentação. Caso tenha a pretensão de fazer compras no local visitado, indique no orçamento a quantia que pode gastar. O mesmo acontece com os passeios. Se para o local que você irá viajar há parques, clubes ou quaisquer atrações que deseja conhecer, sinalize o preço de cada uma delas no orçamento. Assim, durante a viagem será mais fácil não gastar além do planejado.

Gastos extras
Com sorte, você não precisará de dinheiro para um pneu furado ou uma urgência médica. Mas, para não ser pego de surpresa, o viajante deve ter consciência de que levar dinheiro extra ou ter um cartão com crédito disponível é necessário. “É preciso ter um plano de assistência médica que cubra o local visitado ou ter um seguro saúde, pois com saúde nunca se brinca”, orienta Reinaldo Domingos.
A quem vai viajar com crianças o especialista indica o envolvimento dos pequenos nos assuntos financeiros. “Assim como os adultos, as crianças precisam ter consciência de que os gastos devem ser controlados”.

Adiando a viagem
Se os custos da viagem se mostrarem mais altos do que se pode pagar, é possível ponderar se há a possibilidade de economizar nas passagens, na hospedagem ou na alimentação ou se a viagem pode ser mais rápida, durando menos dias.
“Se a viagem se mostrar cara demais, deixe-a para o próximo ano ou para quando o seu bolso estiver pronto”, indica o consultor financeiro Augusto Saboia. “Viagens servem para vivenciar experiências prazerosas, e não para amargar dívidas”. 

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