terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Aprender com os erros

Publicada na edição de 11 a 17 de julho de 2014 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.

Os erros da seleção brasileira e os acertos dos adversários devem nortear a evolução do nosso futebol

O resultado desastroso – e histórico – da primeira semifinal da Copa do Mundo 2014, em que o Brasil perdeu de 7 a 1 da Alemanha, fomentou entre grandes nomes do esporte a discussão de que o futebol brasileiro precisa ser bastante melhorado. Membros da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) admitiram que mudanças tanto na administração quanto na forma de jogar futebol precisam acontecer, e que o primeiro passo é o investimento e a valorização da categoria de base dos clubes.
Nesta Copa, o futebol brasileiro se mostrou apostar em lances isolados, bolas aéreas para os jogadores da frente e em gols feitos no susto. Modelo tático completamente oposto ao apresentado pela Alemanha, Argentina e Holanda, as outras três semifinalistas. Perto do apresentado por elas, o futebol brasileiro pareceu ter parado no tempo.

Tática e flexibilidade
No jogo entre Holanda e Argentina o que mais se viu foi posse de bola e o trabalho dos meio-campistas. Futebol parecido será visto na final. Vendo o tempo se esgotando e um 0 a 0 perigoso, os técnicos de ambas as equipes alteraram parte do seu esquema tático para buscar a vitória.
Quando necessário, na ocasião da eliminação do Brasil, Felipão não demonstrou tal flexibilidade ou ter alternativas táticas para cenários adversos. Ao escalar Dante e Bernard, a comissão optou por colocar David Luiz, que joga bem pela esquerda, para jogar na direita, e por colocar Hulk, que joga bem na direita, para jogar na esquerda.

Concentração e imprensa

Contrário ao modelo de concentração alemão e holandês, os jogadores brasileiros tiveram pouco contato com familiares e amigos durante o Mundial, seguindo um método tradicional e rígido. Em contraponto, a imprensa nacional produziu diversos quadros de entretenimento com os jogadores dentro da Granja Comary. Tanto ou mais do que apresentar um bom futebol, os responsáveis pela seleção brasileira se preocuparam em exibir um clima de festa, mesmo quando não havia o que festejar.

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