Publicada na edição de 11 a 17 de
julho de 2014 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.
Os erros da seleção brasileira e os
acertos dos adversários devem nortear a evolução do nosso futebol
O resultado desastroso – e histórico –
da primeira semifinal da Copa do Mundo 2014, em que o Brasil perdeu de 7 a 1 da
Alemanha, fomentou entre grandes nomes do esporte a discussão de que o futebol
brasileiro precisa ser bastante melhorado. Membros da CBF (Confederação
Brasileira de Futebol) admitiram que mudanças tanto na administração quanto na
forma de jogar futebol precisam acontecer, e que o primeiro passo é o
investimento e a valorização da categoria de base dos clubes.
Nesta Copa, o futebol brasileiro se mostrou
apostar em lances isolados, bolas aéreas para os jogadores da frente e em gols
feitos no susto. Modelo tático completamente oposto ao apresentado pela
Alemanha, Argentina e Holanda, as outras três semifinalistas. Perto do apresentado
por elas, o futebol brasileiro pareceu ter parado no tempo.
Tática
e flexibilidade
No jogo entre Holanda e Argentina o que
mais se viu foi posse de bola e o trabalho dos meio-campistas. Futebol parecido
será visto na final. Vendo o tempo se esgotando e um 0 a 0 perigoso, os
técnicos de ambas as equipes alteraram parte do seu esquema tático para buscar
a vitória.
Quando necessário, na ocasião da
eliminação do Brasil, Felipão não demonstrou tal flexibilidade ou ter alternativas
táticas para cenários adversos. Ao escalar Dante e Bernard, a comissão optou
por colocar David Luiz, que joga bem pela esquerda, para jogar na direita, e
por colocar Hulk, que joga bem na direita, para jogar na esquerda.
Concentração
e imprensa
Contrário ao modelo de concentração
alemão e holandês, os jogadores brasileiros tiveram pouco contato com
familiares e amigos durante o Mundial, seguindo um método tradicional e rígido.
Em contraponto, a imprensa nacional produziu diversos quadros de entretenimento
com os jogadores dentro da Granja Comary. Tanto ou mais do que apresentar um
bom futebol, os responsáveis pela seleção brasileira se preocuparam em exibir
um clima de festa, mesmo quando não havia o que festejar.
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