segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Violência não ganha jogo

Publicada na edição de 07 a 13 de fevereiro de 2014 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.

Ser torcedor não é sinônimo de ser agressivo – inclusive quando o time passa por má fase

Rayane Santos

Episódios recentes vêm assustando torcedores e não torcedores. Após algumas derrotas consecutivas do Corinthians no Campeonato Paulista, criminosos invadiram o CT (Centro de Treinamento) do clube. Nos estádios, torcida organizada, torcedores comuns e policiais se enfrentam de maneira violenta.

Caso de polícia
O CT do Corinthians foi invadido por dezenas de pessoas no último sábado, 1º, que protestavam contra o mau momento do time. De acordo com nota da direção, durante a invasão alguns funcionários foram agredidos, objetos foram roubados e o patrimônio do clube foi violado.
Um dos jogadores “procurados” por esses invasores era Alexandre Pato. Na quarta-feira, 5, o Corinthians entrou em acordo com o São Paulo e trocou Pato pelo meia Jadson por um prazo de dois anos. E a diretoria do clube garantiu que o atacante não enfrentará o Corinthians nesse tempo – na intenção de tentar garantir a sua segurança. Infelizmente, atitudes técnicas passam a ser tomadas no futebol não para melhorar o desempenho dos times, mas sim para evitar selvageria.

Problema social
O pesquisador Felipe Tavares explica que a violência que envolve torcedores de futebol vem, desde o final da década de 80, sendo tratada pela imprensa como um problema social. “Afinal, não se pode associar que ser violento seja uma característica natural de torcedores”.
Como uma reação, repressões policiais acontecem sem que haja qualquer reflexão crítica sobre o problema.

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