Publicada na edição de
07 a 13 de fevereiro de 2014 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC
Comunicações Ltda.
Ser torcedor não é
sinônimo de ser agressivo – inclusive quando o time passa por má fase
Rayane Santos
Episódios recentes vêm
assustando torcedores e não torcedores. Após algumas derrotas consecutivas do
Corinthians no Campeonato Paulista, criminosos invadiram o CT (Centro de
Treinamento) do clube. Nos estádios, torcida organizada, torcedores comuns e
policiais se enfrentam de maneira violenta.
Caso
de polícia
O CT do Corinthians
foi invadido por dezenas de pessoas no último sábado, 1º, que protestavam
contra o mau momento do time. De acordo com nota da direção, durante a invasão
alguns funcionários foram agredidos, objetos foram roubados e o patrimônio do
clube foi violado.
Um dos jogadores “procurados”
por esses invasores era Alexandre Pato. Na quarta-feira, 5, o Corinthians entrou
em acordo com o São Paulo e trocou Pato pelo meia Jadson por um prazo de dois
anos. E a diretoria do clube garantiu que o atacante não enfrentará o
Corinthians nesse tempo – na intenção de tentar garantir a sua segurança. Infelizmente,
atitudes técnicas passam a ser tomadas no futebol não para melhorar o
desempenho dos times, mas sim para evitar selvageria.
Problema
social
O pesquisador Felipe
Tavares explica que a violência que envolve torcedores de futebol vem, desde o
final da década de 80, sendo tratada pela imprensa como um problema social. “Afinal,
não se pode associar que ser violento seja uma característica natural de
torcedores”.
Como uma reação, repressões
policiais acontecem sem que haja qualquer reflexão crítica sobre o problema.
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