sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Está chegando a Black Friday brasileira

Publicada na edição de 22 a 28 de novembro de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.

É o dia de queima de estoques e de promoções na maioria das lojas. Atente-se para as compras de final de ano

A iniciativa é inspirada em uma tradição norte-americana em que, uma semana após o feriado do Dia de Ação de Graças, acontece o que nós brasileiros conhecemos como uma grande “queima de estoque”. A mesma data, 29 de novembro, será utilizada no Brasil para a nossa Black Friday – expressão que, adaptada ao português, remete a um “apagão” nos preços.
Essa será a terceira edição do evento, que ainda tem maior participação de lojas online do que de lojas físicas. Para aqueles que estão acostumados ou desejando fazer compras pela internet, está é uma ótima oportunidade de comprar itens mais baratos nas principais vitrines virtuais do país. Já para os varejistas, a ação representa a chance de limpar os estoques para receber os produtos para o Natal.
Espera-se que neste ano a iniciativa seja mais bem sucedida que a do ano passado, quando houve inúmeras queixas no Procon (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) em relação a má fé dos vendedores.

Fraudes em 2012
Muitas empresas elevaram os preços dos seus produtos dias antes da Black Friday, para então poder oferecer falsos descontos. O site especializado Reclame Aqui recebeu mais de 8 mil reclamações contra lojas que declararam os valores habituais dos produtos como sendo promocionais. A má fama fez com que o evento ganhasse o apelido Black Fraude (#blackfraude) nas redes sociais.
O idealizador da versão brasileira do evento, Pedro Eugênio, afirmou em nota que a organização está tomando medidas para coibir fraudes neste ano. Entre as ações, haverá filtros comparativos, distribuição de selos de autenticidade e a possível instituição de um código de ética.
Segundo levantamento realizado pela ClearSale, em 2012 a data possibilitou a arrecadação de R$ 217 milhões para o comércio eletrônico, mais do que o dobro de 2011, que foi cerca de R$ 100 milhões.

Compre o necessário
O educador financeiro Reinaldo Domingos alerta que os consumidores não se deixem levar pelo consumismo exagerado. "As pessoas são estimuladas a comprar e acham que é normal gastar mais do que podem. Assim, para arcar com estes gastos, contam com os parcelamentos e com o crédito, que nada mais são do que formas de endividamento", explica.
Dias antes de se dedicar as compras, vale a pena escrever uma lista com os itens necessários e/ou desejados, para não correr o risco de comprar mais do que deve. “Se antecipe à Black Friday, pesquisando, pessoalmente ou online, os preços dos produtos que realmente deseja comprar e observe se os descontos são interessantes. Se for presentear, estipule com antecedência o quanto pretende gastar”, indica Reinaldo.

Vai presentear?
Se quiser adiantar as compras dos presentes de Natal, mas estiver em situação financeira problemática, a dica é priorizar as crianças. “Será mais fácil explicar aos adultos e aos jovens o motivo de não receberem presentes. Além disso, é importante conversar e conhecer os reais desejos das pessoas. Às vezes se gasta dinheiro com coisas caras, sendo que presentes mais baratos seriam bem vindos” indica o educador financeiro.
No dia da Black Friday, se prepare para ir às compras com tempo e com roupas confortáveis. “E leve uma dose extra de paciência”, brinca Reinaldo Domingos.

Nos Estados Unidos 
Lá, todo o comércio participa da tradicional data, e não apenas algumas lojas. Há diversas promoções e os preços dos produtos são reduzidos em mais da metade. Por ser esse um dia inteiro voltado às compras, de madrugada até a noite, a organização precisa ser e é assertiva. O professor de dança Vinicius Serinhano esteve na Black Friday norte-americana no ano passado e nos conta detalhes.

“As pessoas não furam as filas, nem correm nas lojas. Todas recebem senhas, são bem atendidas e conseguem comprar o que querem. Nas ruas também há tranquilidade, pois o transporte público funciona de maneira impecável e a segurança é garantida. Assim, quem comprou televisores, computadores e videogames, por exemplo, vai pra casa despreocupado, sem sentir medo de ser assaltado. O Brasil pode e deve manter essa iniciativa, mas precisa rever alguns pontos da sua infraestrutura primeiro”, acredita o jovem.

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