Publicada na edição de 22 a 28 de novembro de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.
É o dia de
queima de estoques e de promoções na maioria das lojas. Atente-se para as
compras de final de ano
A iniciativa é
inspirada em uma tradição norte-americana em que, uma semana após o feriado do
Dia de Ação de Graças, acontece o que nós brasileiros conhecemos como uma
grande “queima de estoque”. A mesma data, 29 de novembro, será utilizada no Brasil
para a nossa Black Friday – expressão que, adaptada ao português, remete a um “apagão”
nos preços.
Essa será a
terceira edição do evento, que ainda tem maior participação de lojas online do
que de lojas físicas. Para aqueles que estão acostumados ou desejando fazer
compras pela internet, está é uma ótima oportunidade de comprar itens mais
baratos nas principais vitrines virtuais do país. Já para os varejistas, a ação
representa a chance de limpar os estoques para receber os produtos para o
Natal.
Espera-se que
neste ano a iniciativa seja mais bem sucedida que a do ano passado, quando houve
inúmeras queixas no Procon (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) em
relação a má fé dos vendedores.
Fraudes
em 2012
Muitas empresas elevaram
os preços dos seus produtos dias antes da Black Friday, para então poder oferecer
falsos descontos. O site especializado Reclame Aqui recebeu mais de 8 mil
reclamações contra lojas que declararam os valores habituais dos produtos como
sendo promocionais. A má fama fez com que o evento ganhasse o apelido Black
Fraude (#blackfraude) nas redes sociais.
O idealizador da
versão brasileira do evento, Pedro Eugênio, afirmou em nota que a organização
está tomando medidas para coibir fraudes neste ano. Entre as ações, haverá filtros
comparativos, distribuição de selos de autenticidade e a possível instituição
de um código de ética.
Segundo
levantamento realizado pela ClearSale, em 2012 a data possibilitou a
arrecadação de R$ 217 milhões para o comércio eletrônico, mais do que o dobro de
2011, que foi cerca de R$ 100 milhões.
Compre
o necessário
O educador
financeiro Reinaldo Domingos alerta que os consumidores não se deixem levar pelo
consumismo exagerado. "As pessoas são estimuladas a comprar e acham que é normal
gastar mais do que podem. Assim, para arcar com estes gastos, contam com os parcelamentos
e com o crédito, que nada mais são do que formas de endividamento", explica.
Dias antes de se
dedicar as compras, vale a pena escrever uma lista com os itens necessários
e/ou desejados, para não correr o risco de comprar mais do que deve. “Se antecipe
à Black Friday, pesquisando, pessoalmente ou online, os preços dos produtos que
realmente deseja comprar e observe se os descontos são interessantes. Se for
presentear, estipule com antecedência o quanto pretende gastar”, indica Reinaldo.
Vai
presentear?
Se quiser
adiantar as compras dos presentes de Natal, mas estiver em situação financeira
problemática, a dica é priorizar as crianças. “Será mais fácil explicar aos
adultos e aos jovens o motivo de não receberem presentes. Além disso, é
importante conversar e conhecer os reais desejos das pessoas. Às vezes se gasta
dinheiro com coisas caras, sendo que presentes mais baratos seriam bem vindos”
indica o educador financeiro.
No dia da Black
Friday, se prepare para ir às compras com tempo e com roupas confortáveis. “E
leve uma dose extra de paciência”, brinca Reinaldo Domingos.
Nos
Estados Unidos
Lá, todo o
comércio participa da tradicional data, e não apenas algumas lojas. Há diversas
promoções e os preços dos produtos são reduzidos em mais da metade. Por ser esse
um dia inteiro voltado às compras, de madrugada até a noite, a organização precisa
ser e é assertiva. O professor de dança Vinicius Serinhano esteve na Black
Friday norte-americana no ano passado e nos conta detalhes.
“As pessoas não
furam as filas, nem correm nas lojas. Todas recebem senhas, são bem atendidas e
conseguem comprar o que querem. Nas ruas também há tranquilidade, pois o
transporte público funciona de maneira impecável e a segurança é garantida.
Assim, quem comprou televisores, computadores e videogames, por exemplo, vai pra
casa despreocupado, sem sentir medo de ser assaltado. O Brasil pode e deve
manter essa iniciativa, mas precisa rever alguns pontos da sua infraestrutura
primeiro”, acredita o jovem.
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