terça-feira, 30 de abril de 2013

Um bom momento para comprar

Publicada na edição de 26 de abril a 2 de maio de 2013 do Jornal do Trem e Folha do Ônibus da FLC Comunicações Ltda.



Os preços, que não paravam de subir, se estabilizaram neste começo de ano. Especialistas aconselham fechar negócio

Imóveis são bens que têm seus preços constantemente valorizados, mas foi constatado que nos três primeiros meses deste ano os valores cresceram menos do que no mesmo período nos anos anteriores. É o que indica o FipeZap, índice que acompanha os preços dos imóveis a venda em todo o país. Em São Paulo a alta no primeiro trimestre foi de 0,87% este ano, contra 1,27% em 2012 e 1,89% em 2011.
“O cenário está interessante para a compra de imóveis residenciais, considerando as altas nos preços dos aluguéis. Em muitos casos a parcela do financiamento se aproxima do valor do aluguel, tornando a compra vantajosa”, explica Gustavo de Carvalho, diretor executivo da G9 Investimentos Consultores Associados.
“Esse é um bom momento para investir no mercado imobiliário, mas sempre tomando os devidos cuidados e contando com o auxilio de um profissional capacitado e regulamentado no Conselho Regional dos Corretores de Imóveis”, recomenda Odirlei Gonçalves, membro da Brasil Consultoria Financeira.

Histórico
A pesquisadora da FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) Priscila Fernandes, que trabalha com o índice FipeZap, diz que é difícil fazer uma previsão para o futuro, mas é possível analisar o que vem acontecendo.
"Nos últimos anos houve um crescimento bastante acelerado nos preços dos imóveis, principalmente por três motivos: a melhoria nas condições de crédito e nos prazos de financiamento, o aquecimento no mercado de trabalho, que gerou melhoria na renda da população, e a alta procura. Mas, agora, a taxa de crescimento dos preços está mais lenta e isso torna o cenário menos instável para o consumidor que pensa em adquirir um imóvel”, explica.
A pesquisadora alega também, que com a estabilidade dos preços, “os consumidores podem se planejar melhor e analisar se o pagamento das parcelas do imóvel cabe no seu orçamento, presente e futuro".

Alta procura
“Acredito que a partir de agora não haverá aumentos expressivos nos preços, exceto em casos pontuais. A alta observada nos últimos anos foi muito superior ao aumento médio da renda dos consumidores, o gerou uma grande quantidade de imóveis em estoque”, alega o consultor Gustavo de Carvalho.
O balanço do mercado de imóveis comprova que a atual situação está estimulando os consumidores: a cidade de São Paulo encerrou fevereiro deste ano com 1.927 unidades de residências comercializadas, contra as 848 de janeiro. Apenas nesses dois meses o crescimento das vendas foi de 127,2%.
“O sonho de possuir a casa própria acompanha um grande número de brasileiros. Os motivos são vários: sair da casa dos pais, deixar de dividir o ambiente com parentes e, principalmente, parar de pagar aluguel”, explica Reinaldo Domingos, presidente do Instituto DSOP de Educação Financeira.

De olho na localização
Segundo o índice FipeZap em janeiro deste ano o preço do metro quadrado em São Paulo esteve mais barato nos bairros de Guaianazes, Vila Curuçá, Grajaú, Jaraguá e Vila Carmosina, enquanto os bairros com o preço do metro quadrado mais caro foram Vila Nova Conceição, Jardim Paulistano, Jardim Europa, Ibirapuera e Itaim.
"A zona Oeste de São Paulo tem se tornado a menina dos olhos da maioria dos investidores desse setor, principalmente nas cidades de Osasco, Barueri, Santana de Parnaíba e região. Todos os dias pelo menos três novas empresas se instalam na área, o que gera cerca de 100 novos empreendimentos por mês. O mercado imobiliário paulista vem passando por transformações. É importante estar atento à situação das localidades e saber onde investir melhor o seu dinheiro", alega o consultor Odirlei.






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